31 de dezembro de 2005

Feliz Ano Novo

DESEJO A TODOS OS
MEUS AMIGOS E LEITORES
UM NOVO ANO DE 2006
CHEIO DOS MAIORES
SUCESSOS E FELICIDADES

Jaz morta e apodrece

A rejeição das candidaturas de cidadãos independentes cheira a esturro.
Esta rejeição, motivada por "Falta de certificados de eleitor", documento emitido pelas Juntas de Freguesias, traz-nos à memória o pior da 1ª república, onde as juntas de freguesia só emitiam atestados de residência (Documento necessário para o recenseamento eleitoral) a quem pertencesse ao partido que a controlava.
Nunca nesta 3ª Republica, um cidadão não comprometido com o Polvo Partidário, conseguiu que ver uma candidatura sua aceite pelo Tribunal Constitucional.

É estranho.
É imoral.
É uma farsa.
E poderá muito bem vir a ser letal

Pobre República que Jaz morta e apodrece.



Publicado também em "O Eleito"

Habemos GALP?

O Ministro da Economia exultou com o acordo obtido com a ENI.
Graças à entrada de Américo Amorim, o Ministro da Economia anunciou que a Galp estará em mãos nacionais.
Conhecendo o amor que Américo Amorim nutre pela Pátria é inversamente proporcional ao amor que tem pelo dinheiro, ficamos a aguardar uns tempos para sabermos que empresa espanhola se esconde por detrás do corticeiro de Paços de Brandão.

29 de dezembro de 2005

Planeamento Avançado


Ontem passou por aqui um leitor Iraniano, à procura dos Ficheiros do Aeroporto da Ota.

Ostracizado mas não esquecido



Chamo a atenção a uma excelente sintese biográfica sobre uma das mais importantes personalidades da segunda metade do Séc. XX português - O Professor Marcello Caetano, escrita no Portugal Contemporâneo.

Para nos apercebermos da grandeza intelectual deste homem, basta dizer que em 30 anos de Democracia ninguém o conseguiu suplantar no Direito administrativo, cujo livro que escreveu continua a ser a biblia de quem quer entender alguma coisa sobre esta área do Direito.
Para além do Direito, Marcello Caetano dedicou-se também à história medieval Portuguesa, sendo os seus escritos sobre as cortes de 1254 e 1385, obras de referência a nível mundial.
Marcello Caetano morreu em 1980 no Brasil, votado ao ostracismo pelo estado Português, e sobretudo por aqueles que hoje não seriam ninguém, a quem Marcello deu a mão no inicio das suas carreiras.

27 de dezembro de 2005

Pequenas reflexões sobre eleições em Portugal

"[...] No Parlamento não está a representação nacional, está a representação oficial; não está uma representação espontânea, nobre e sentida, está uma representação ensinada e assalariada. O governo pode contar com essa, porque a educou, e porque a afeiçoou a si; o governo a maioria são como duas figuras duma tragédia, que se falam e replicam, de há muito ensaiadas nos bastidores [...] Aquela representação não é nacional, é ministerial: não representa o povo que a rejeita e que a censura, representa simplesmente os homens que lhe dão os cargos opulentos e os estipêndios largos; a maioria é o corpo diplomático do governo; ele trá-la ostentosa e bem fardada, e engorda-a com a magreza do povo ..."
[Eça de Queiroz, in Distrito de Évora, 14 Março de 1867]

Não podia estar em maior desacordo com a aplicação deste texto de Eça de Queiroz, à actual situação de Portugal. As situações não são comparáveis.
No Portugal de Eça, o Voto era masculino e censitário (Quem pagava impostos), e a lei eleitoral mudava a cada eleição. Quem dominava era o cacique local que influenciava o resultado eleitoral de modo a garantir a eleição do Partido que nesse momento mais o beneficiava.
Apesar disso em 1894 o recenseamento eleitoral incluía 950 000 eleitores que correspondiam a 85% da população masculina de Portugal maior de 21 anos, a única com direito a voto.

Na primeira República o panorama foi muito pior, o recenseamento era mais restrito. Nas eleições de 1913 apenas existiam 400 000 eleitores recenseados (menos de 50% que em 1894, para uma população 50% superior) e a taxa de abstenção foi de 62.5%, (150 000 votos expressos) nas restantes eleições o número de cidadãos recenseados nunca ultrapassou os 600 000, excepção feita ao consulado de Sidónio Pais em que o número de cidadãos recenseados chegou aos 900 000, com uma taxa de participação de 57% (510 000 votos expressos) – mas convém referir que nesta eleição, os boletins de voto apenas continham uma única opção, Sidónio Pais!
Nada mau para um regime que gritava: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Durante o Estado Novo, foi o que se sabe, as eleições eram uma fantochada, em tudo semelhante às eleições da 1ª República.

Até ao 25 de Abril, o texto de Eça, escrito em 1867 assenta como uma luva (No Parlamento não está a representação nacional, está a representação oficial […] Aquela representação não é nacional, é ministerial: não representa o povo que a rejeita e que a censura, representa simplesmente os homens que lhe dão os cargos opulentos e os estipêndios largos)

A partir de 1975, o panorama mudou totalmente, o recenseamento eleitoral não possui qualquer restrição (apenas a da idade) é obrigatório por lei, e as eleições são inteiramente Livres.

A partir de 1975 o Parlamento eleito, é-o por todos os Portugueses sem excepção. Quem não se dá ao trabalho de se deslocar às assembleias de voto, para exercer o seu direito, não pode vir depois criticar, que os Deputados são preguiçosos, não fazem nenhum, são de péssima qualidade, etc. e tal.
Isto não quer dizer que o sistema seja perfeito, longe disso!
A representatividade actual não é a ideal, certas figuras de cartaz, são-no até ao dia das eleições, pois a seguir rumam aos seus postos bem remunerados e deixam a cadeira a algum funcionário partidário desconhecido.
O sistema actual gerou Políticos incompetentes, mas nós Portugueses, continuamos eleição atrás de eleição, a votar nesses mesmos incompetentes, dizendo entre dentes “eles são todos iguais”, e suspirando que num dia de nevoeiro, alguém caia de pára-quedas e tome as medidas há muito ansiadas, mas nunca desejadas pela Nação.

O que se pode ainda dizer é:
No Parlamento está a representação nacional, mas esta representa simplesmente os homens que lhe dão os cargos opulentos e os estipêndios largos!

No próximo mês de Janeiro ninguém vai cair de pára-quedas.

Publicado também no "O Eleito"

26 de dezembro de 2005

O Dito-por-não-dito

Quis o destino que o anúncio da confirmação da decisão da construção da barragem do Sabor caísse nos ombros da mesma pessoa que a havia tão fortemente atacado, quando era oposição.
Quando a Barragem do Sabor foi aprovada pelo governo de Barroso, o PS, através de Pedro Silva Pereira, protestou, alegando que "a construção da barragem atentava contra o ambiente e desprezava os pereceres do Instituto de Conservação da Natureza." Nessa altura, Pedro Silva Pereira arvorava-se em defensor das causas do ambiente, puxando dos galões que ganhou no ministério presidido por José Sócrates. Hoje guindado aos píncaros do poder socialista, meteu as causas ambientais na gaveta, pois estas já cumpriram o seu dever de escada de assalto.
O dano no entanto já está feito. O “dito-por-não-dito” de Silva Pereira é apenas mais um de entre muitos, que a nossa classe politica nos tem habituado. Este tipo de comportamento irresponsável é uma das principais causas do seu próprio descrédito

23 de dezembro de 2005

NATAL

Descanso na fuga para o Egipto - Federico Fiori Barocci (1570) - Pinacoteca do Vaticano
O NOVA FLORESTA
DESEJA A TODOS OS SEUS LEITORES
VOTOS DE
UM SANTO E FELIZ NATAL

15 de dezembro de 2005

Fotografias Potemkine

Crianças numa Aldeia junto ao Lago Branco

Via Abrupto cheguei a esta verdadeira pérola da história da Fotografia.
A página assinalada por Pacheco Pereira é referente a uma
exposição da colecção Prokudin-Gorskii, exposta na Biblioteca do Congresso em Washigton.

Prokudin-Gorskii

Prokudin-Gorskii foi fotógrafo da corte russa e entre 1907-1911 tirou centenas de fotografias a cores, pelo processo “Autochrome”, da Rússia.

Termas de Ekaterinburgo

As fotografias, destinadas a mostrar ao Czar Nicolau II, o seu próprio país, seus súbditos e seu desenvolvimento, apresentam a Rússia como um pais desenvolvido, em paz social e harmonia entre as classes,

Ponte ferroviária - Transiberiano

Apanha do Chá - Chavka (Crimeia)

As fotos foram tiradas entre 1907-1910, ou seja, poucos anos antes da revolução Bolchevique destruir a Santa Rússia, são a versão fotográfica da “Aldeia Potemkine”, pois mostravam ao Czar, que se mantinha fechado no Hermitage de São Petersburgo ou em Tsarkoie-Selo, um país faz-de-conta, pois debaixo da aparente serenidade que irradia das espectaculares imagens de Prokudin-Gorskii, escondia-se uma miséria social que chocou o ovo da serpente Bolchevique.

Aldeia de Kolchedan (Urais)

O termo “Aldeia Potemkine “, teve a sua origem numa Visita à Crimeia que a Czarina Catarina II, a grande, realizou em 1787.
Reza a história que o Principe Potemkin, na altura Primeiro-ministro e líder da campanha militar que conquistou este território para o Império Russo, mandou erigir dezenas de povoações, cujas casas se limitavam a fachadas aparentemente ricas, ao longo das margens inóspitas do rio Dniepr, com o objectivo de a Czarina acreditar na grande riqueza do novo território e assim engrandecer Potemkine aos seus olhos.
Hoje em dia, os modernos historiadores, duvidam que isto tenha realmente acontecido.
No entanto, esta história entrou para os mitos urbanos e o termo “Aldeia Potemine” usada em contexto político, refere-se a qualquer construção falsa, física ou figurativa, destinada a esconder uma situação pouco edificante ou potencialmente danosa para alguém ou a transmitir uma imagem completamente oposta à realidade.

13 de dezembro de 2005

Smoke

Fotografia Satélite do sul de Inglaterra tirada no passado Domingo, 11 de Dezembro, às 11h35, pelo Satélite Terra da MODIS - Rapid Response System

12 de dezembro de 2005

Um filme pouco POP

Quando ontem ouvi na rádio que Mário Soares tinha sido “vítima” de uma agressão em Barcelos, veio logo à lembrança, a “agressão” da Marinha Grande. Facto determinante, em 1986, para a sua eleição.
Vendo a fotografia, publicada na TVI, a “agressão” não passou afinal de um mero toque no ombro do candidato.
Sabendo do desespero que grassa ente as hostes de Soares, pensei em que esta cena seria apenas uma mera encenação, feita na esperança de poder inverter a tendência de derrota que se pressente. Mas acho que não. O acontecimento foi mesmo fortuito e não obedeceu a qualquer encenação. Caso o fosse Soares sairia de Barcelos, à frente das câmaras a deitar sangue pelo nariz, a qual seria a única maneira de fazer passar a imagem de vitima (em 1986, chegou mostrar um segurança com cabeça ensanguentada).
Se fosse um acontecimento encenado, com certeza que os seus planeadores se lembrariam de assuntos mais recentes e não recorreriam a histórias com mais de 30 anos, e ainda por cima erradas, pois o dinheiro do assalto à Figueira da Foz, não foi para os “Turras”. O Dinheiro foi integralmente gasto pelo Gangster Palma Inácio, Mário Soares e a sua corte em Meninas, cabarets e Champanhe, tal como bem o demonstra uma reportagem do Jornal Expresso por ocasião da passagem dos 25 anos do assalto.

Naturalmente que os operacionais da campanha vão explorar este sucesso até à exaustão, mas pelo menos não teremos encenações desta estirpe no resto da campanha.
Publicado n' O Eleito

9 de dezembro de 2005

Dr. Viegas e Mr. Hide

O Porto, quer os seus habitantes queiram ou não é uma cidade em decadência cultural, a tão propalada Capital Europeia da Cultura limitou-se a uma mera injecção de betão e ao dinheiro a ele associado.
A casa da música poderá ser qualquer coisa boa, mas neste momento apenas podemos afirmar “Poderá”.
Apenas Serralves e o Seiva Trupe se salvam no desastre cultural portuense.
Uma das principais provas deste desastre, é o facto de que o pior “alinhador de rimas” que a língua portuguesa conheceu, Carlos Tê, é considerado o “Poeta do Porto”.

A nível dos homens com exposição pública, a cidade também pouco ou nada oferece.
Nos últimos anos o Porto, entregou a sua representação a verdadeiros “Pitecantropos Erectus”, tal como Manuel Serrão ou o inclassificável Tino das Rãs, para gaúdio dos empedrenidos lisboetas, que murmuram “Estão a ver que temos toda a razão, aquilo não passa de uma paisagem selvagem”. Se englobarmos os comentadores do pontapé na bola, então teremos um bando de “Australopitecus aferensis

Neste deserto cultural salva-se Francisco José Viegas (FJV), Homem de Letras Portuense que consegue passar uma imagem diametralmente oposta aos homens da pré-história, seus conterrâneos.
O que espanta é que até FJV, de quando em vez, é atacado pelo vírus da “Andradite Aguda”, e adopta uma postura mais digna de um “Guarda Abel” que de eminente homem de letras que efectivamente é.
Sinceramente, FJV seria o último adepto do FC Porto que eu imaginaria a celebrar com uma garrafa de espumante uma derrota europeia do Benfica.
Eu sei que ser afastado das competições europeias, por uma equipa com nome de gabinete de design de comunicação, é duro, mas não justifica a “Andradite aguda”.
Nestes maus momentos é melhor lembrar que já aconteceram coisas piores, como ser afastado na primeira eliminatória por uma equipa da 4ª Divisão de Inglaterra. Pelo menos o Artmédia era da 1ª Divisão.

Ou será que isto era apenas número e FJV se encontra a escrever uma versão moderna, lusitana e portuense do romance de Stevenson, “Dr. Jekill and Mr. Hide

5 de dezembro de 2005

Ouro do Brasil - A Abelha Rainha

Somos constantemente bombardeados com cantores brasileiros. Mas estes, com poucas excepções como Marisa Monte, só enviam para cá o seu refugo. Pseudo cantoras como Joana, cantoras produzidas em linha de montagem como Daniela Mercury, Ivette qualquer coisa, ou intérpretes que pararam há mais de 30 anos, como Maria Bethânia ou Gal Costa é o que atravessa o Atlântico.

A senhora da fotografia, chama-se Paula Töller e canta em terras de Vera-Cruz há mais de 20 anos e não é apenas fogo de vista, a qualidade da sua voz é proporcional à sua beleza.

Clique na seta para ouvir

4 de dezembro de 2005

25 anos

Faz hoje 25 anos que Francisco Sá Carneiro foi assassinado, conjuntamente com a sua Companheira, Snu Abecassis, Adelino Amaro da Costa, Patricio Gouveia e os dois pilotos.
Muito se tem dito e escrito sobre o crime de camarate, o mais fantástico é estarem todos a olhar para meia dúzia de zés-ninguém, tentando fazer-nos crer que uns micróbios urdiram toda esta teia.
A verdade é muito mais tenebrosa.
E a chave do mistério não está em quem colocou a bomba, está sim em quem bem elaborou uma enorme operação de encobrimento, este é o verdadeiro mandante dos assassinos.
Para saber quem foram os assasssinos é necessário procurar uma organização com tentáculos tão grandes que consiguiu amordaçar as autoridades aéreas, as forças armadas, a policia de segurança pública, a policia judiciária, os magistrados do ministério público, os juizes, os jornalistas e toda a classe política.

Volta Gabi, que estás perdoado!

Desculpa Gabriel por todas as vezes que eu disse mal de ti.
Tens de compreender que até então, não tinha aparecido ninguém pior que tu.
E eu que vomitava de nojo, aquelas pérolas da lingua portuguesa aplicadas à filosofia Futebolística tais como:
"O Benfica está em excelente forma, a jogar num 3x4x3x3"
"Está uma humidade relativa, muito superior a 100%"
"O futebol húngaro nos anos 50, era tão mágico, tão mágico, que até era conhecido como futebol magiar"
"Juskowiak... a vantagem de ter duas pernas!"
"No campeonato germânico jogam muitos jogadores alemães"
"E agora vamos transmitir o jogo Costa do Brasil - Marfim"
"E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha"
Diz-me Gabriel, como poderia eu pensar que em Portugal existiria alguém, que te eclipsaria, como o pior comentador desportivo de História de Portugal!
Como poderia eu imaginar que os comentadores desportivos que relatam os jogos na TVI, sejam "tão substantivos que nem sequer podem ser adjectivados".
Volta depressa Gabi, estás perdoado!

Modorra

Ou é de mim que sou monárquico, ou a pré-campanha para chefe da coisa, é um desinteresse total?

Entre o já insuportável "Todos contra Cavaco, porque sim!", a luta entre duas facções para controlar o PS, o combate entre dois garnizés, para ver que lidera a esquerda, os silêncios de Cavaco "alexandrino" Silva e os velhos e já gastos lugares comuns que todos debitam, nada consigo aproveitar. É uma "Seca" de todo o tamanho.

Em suma, lá para Janeiro diremos

Tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes


PS (Post Scriptum): Pelo menos, seria bom que o próximo chefe da "coisa", não fizesse tristes figuras a condecorar corruptos condenados

Publicado também no O Eleito

2 de dezembro de 2005

A República Portuguesa no seu melhor

Palavras para quê? É a Republica Portuguesa no seu Melhor

José Maria Duarte Júnior, natural da Guia e empreiteiro da construção civil, , foi agraciado pelo Estado com as insígnias do grau de comendador da Ordem de Mérito Civil, em Setembro de 2003.
A cerimónia de condecoração foi presidida pelo chanceler das Ordens de Mérito Civil, padre Vítor Melícias, que na ocasião, e em nome do Presidente da República, Jorge Sampaio, afirmou que o condecorado representava “o agradecimento de Portugal ao homem, ao cidadão e ao benemérito que dedicou toda a sua vida ao trabalho, à família, à sua terra, a Portugal e àqueles que na comunidade mais necessitam”.

Que palavras tão bonitas! Até fiquei comovido.

Mas quem é José Maria Duarte Júnior?

Profissão: Empreiteiro
Não pagou Imposto de Sisa em 1992 e 1993;
Não pagou o IRS em 1995, 98, 99 e 2000;
Foi condenado por CORRUPÇÃO ACTIVA em 1996 (Juíz - Ricardo Cardoso)

Em 1997, um ano após a sua condenação, foi agraciado a medalha de ouro da Câmara de Pombal pela sua acção de beneficência.
Medalha de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Albufeira.
Nova penhora de bens em 2005 para pagamento de dívidas ao fisco.

Leia a notícia completa no
Correio da Manhã

Oh não! É Natal outra vez

E Dezembro chegou! É impossível entrar num centro comercial ou num hipermercado, sem o risco de ser atropelado por hordas de consumidores desenfreados a “pilhar” o mostruário dos telemóveis, crianças à luta pela posse do último boneco do inocente Nody. Tudo isto entremeado com alguns parvalhões a apelar ao fim do consumo!!!!! (Sem estarem em greve de fome).
Mas tudo isso é suportável. O que é deveras insuportável é a música ambiente que nos persegue até nas ruas.
Já vomito pelos olhos o “Frostie, the snowman, ou o “Santa Claus is coming to town” e pelos ouvidos o Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras, que ao desejar “A todos um bom Natal”, liberta em mim instintos infanticidas

1 de dezembro de 2005

Vivam os Heróis da Restauração da Independência

PORTUGUESES, celebremos
O dia da redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a nação
A fé dos campos de Ourique,
Que coragem deu valor
Aos famosos de quarenta
Que lutaram com ardor

P'ra frente
P'ra frente
Repetir saberemos, as proezas de Portugal

Ávante
Ávante
E a voz soará triunfal

Ávante Mocidade de Portugal

(Hino da Restauração)

Hoje pelas 16h00, na Praça dos Restauradores realizar-se-á a tradicional homenagem aos Heróis da Restauração da Independência de Portugal.

Aproveite enquanto for permitido!



29 de novembro de 2005

French Kyss

João Morgado Fernandes, o bloguista (não confundir com João Morgado Fernandes, jornalista, director do Diário de Notícias) retornou à actividade blogoesférica, agora no "French Kissin", com comentários e tudo!

Um regresso que se saúda.

28 de novembro de 2005

Correio Electrónico enviado à Sr.ª Ministra da Educação

Exma. Srª. Ministra da Educação

Venho por este meio expressar a minha profunda indignação pela perseguição de carácter Nazi, que você e os serviços do seu ministério decretaram à Igreja Católica Apostólica Romana, pilar da nação Lusitana e da civilização ocidental, matriz fundamental da sociedade de liberdade e paz na qual nós vivemos.

Não basta fundamentar a sua acção numa qualquer lei, esta é uma questão de princípio e de justiça.
O ministério que você dirige tem vindo, desde há muitos anos a destruir sistematicamente o nosso sistema educativo, fazendo com que hoje em dia, os níveis de escolaridade e literacia da população Portuguesa sejam uma autêntica anedota de mau gosto, quando comparados com os restantes países da União Europeia.

Você e o ministério que dirige estão a colocar a nossa própria existência, como país, como pátria e como cultura em perigo!

Você esconde-se cobardemente, justificando a vil acção com base em queixas. Mas quem é que se queixa? Porque é que você não leu ao país, aquilo que esse mísero grupo de biltres frustrados, a que você abedece, escreve?

Se não sabe eu transcrevo aqui alguns extractos da mensagem de ódio que exalam

Esta é sobre a impressionante Procissão que Lisboa inteira assistiu recentemente:

Estes são apenas dois pequenos excertos que mostram que estes animais dizem dos crentes católicos, aquilo que Adolf Hitler e seus seguidores nunca disseram do povo Judeu.

A senhora devia ter vergonha na cara, em estar às ordens desta corja de canalhas, que compõe este clubezeco e não à ordem do povo Português, que elegeu o seu governo.

Não venho pedir para colocar crucifixos em cada sala de aula, venho apenas chamá-la à razão, pois se você tivesse um mínimo de dignidade e bom senso, pura e simplesmente diria ao país que é indiferente que uma sala de aula tenha ou não um crucifixo é apenas um critério da própria escola.

Luís Bonifácio

27 de novembro de 2005

Combate!

Este é o endereço de correio electrónico do Gabinete da Ministra da Educação, que não dá quaisquer meios para ser proceder a uma efectiva educação e retira os poucos que existem, mas que está muito preocupada em exigir a retirada de crucifixos das salas de aula
Vamos inundar esta caixa de correio com mensagens de protesto contra esta pérfida atitude dos seguidores do biltre Afonso Costa

VÁVÁ

Anda meia blogoesfera a falar numa auto-biografia escrita por uma tal de Maria Filomena Mónica.

Apetece-me dizer:

NÃO LI E NÃO GOSTEI!
Penso que deve a Maria Filomena Mónica que escreve umas coisas no Expresso ou noutro jornal qualquer.
Mas o que é que esta senhora faz na vida para além de tomar café no Vává?

Umbiguismo

Pelo que não me admira nada que o segundo maior céliniano da blogosfera (segundo porque o primeiro sou eu)

"Presunção e água benta, cada um toma a que quer"

26 de novembro de 2005

Triste Fado o nosso

Primeiro proibiram as reprovações;
Depois, riscaram os Heróis das páginas da nossa história;
Agora querem retirar os crucifixos, simbolo primeiro da nossa cultura ocidental.

Os governantes aceleram a fundo, rumo à destruição da nossa pátria, destruíndo o sistema de ensino, fazendo com que as escolas despejem fornadas de inocentes ignorantes, que mais não servem para servir às mesas os estrangeiros que nos visitam. Triste destino que a classe política Portuguesa traçou para todos nós, há muitos anos a esta parte.
A primeira imagem é um desenho feito por uma criança da Escola Primária de Panque (Barcelos)
A fotografia representa a uma sala de aula da Escola EB1 de Valhelhas (Distrito da Guarda). Esta escola básica possui uma professora (Mónica Matos) e uma auxiliar educativa (Maria Estela Nunes Rocha).
Cheguei à página Web desta pequena escola primária, via imagens do Google e para além de me chamar a atenção que uma única professora dá conta de tudo, numa turma com 12 alunos e 4 classes distintas, a página relativa às "actividades" contém um retrato do estado de destruição a que chegou o nosso sistema de ensino, o qual passo a transcrever:
O que é mais triste é a chamada de atenção de que este texto é "Informação não facultada pela Professora", o que pode indiciar um certo clima de intimidação por parte das autoridades educativas.
Para a canalha do ateísmo e da Associação da "Merda" com laicidade, com os seus filhos em boas escolas, não quer saber disto para nada, o importante é deitar para o lixo o Crucifixo!

24 de novembro de 2005

Deixem falar quem percebe do assunto

Perante o péssimo serviço que os sr. jornalistas estão a fazer na guerra de sondagens que hoje se disputa, aconselho vivamente a leitura destes dois postais de Pedro Magalhães no seu blogue sobre sondagens - Margens de erro.
Importa frizar que sendo a "sondagem" uma ferramente técnica complexa, necessita, a maior parte das vezes, de ser analizada por peritos com conhecimentos e não por jornalistas, que não têm lições de aritmética desde os 15 anos de idade.
Publicado também do "O Eleito"

23 de novembro de 2005

The OTA Files

Foi ontem apresentado com pompa e circunstância, a nova produção da empresa NAER, realizada por Mário Lino, de acordo com um argumento de "Produções Sócrates".
A produção tem o nome "AEROPORTO 2013" e até há bem pouco tempo pensou-se que nunca seria levada à vante, pois dizia-se que o argumento tinha sido perdido para sempre, mas num passe de mágica, o realizador Mário Lino, resgatou o argumento do poço do esquecimento e revelou ao país que não existe um, mas 69, constituindo os chamados "OTA FILES" ou o "Mistério dos 69 pdf's".
Para todos os leitores que ainda duvidam da existência dos "OTA FILES" aqui vai a sua lista.

Ausente em Parte incerta

Foi ontem a enterrar o Sargento Roma Pereira, morto em combate nas ruas de Cabul. Roma Pereira morreu longe de casa, suficientemente longe para que muitos aproveitem para interrogar os motivos de sua morte. Estes são, de uma maneira geral, pessoas de pouca visão, que ignoram que no Afeganistão se trava um combate entre as forças das trevas e as forças da civilização humanística, de que Roma Pereira e todos nós, fazemos parte.
A reacção de Francisco Louçã não é, por isso, de admirar. O que é de admirar é que a pessoa que ocupa o mais alto cargo da nação e por inerência a chefia suprema das Forças Armadas não comparecesse ao Funeral do Bravo Sargento, por estar "Ausente em parte incerta..."

16 de novembro de 2005

Apanhados!!!

No site de SIC, um fabuloso conjunto de "apanhados" protagonizados pelos "Bandidos" das Autárquicas 2005.

De realçar o último video, onde ao Bandido da estrada marginal, a boca lhe foge para a VERDADE.

Um Ano de Cartas

Faz hoje um ano que iniciei a publicação do Blogue "Cartas Portuguesas" com a uma perspectiva da 1ª República Portuguesa (1920-1926) através da correspondência recebida por duas figuras do mesmo regime, General José Augusto de Simas Machado e Coronel Raimundo Enes Meira.
Um ano passado e publiquei cerca de uma centena de textos com Cartas que cobrem o periodo 1911-1914, 3 anos em um e ainda faltam cerca de 500 cartas (1915-1928).
Este é um trabalho enorme, mais do que havia previsto e se já era dificil quando acumulava o hobbie de historiador com a minha vida profissional, mais ainda quando acumulo a minha vida profissional com a frequência, até agora bem sucedida, de uma pós-graduação.
Apesar da falta de tempo, farei os possíveis para manter uma cadência de dois textos por semana.
Um abraço especial para alguns bloguistas que me incentivaram a levar por diante este projecto:
Bruno do "Nova Frente"
Adelino Maltez do "Sobre o tempo que passa" e em particular do seu site "Respublica", valiosa fonte de informação.
O "desaparecido" Clark do "Claque Quente"
Almocreve do "Almocreve das Petas"
Marco Oliveira do "Antigamente" e "Povo de Bahá"
Manuel Correia do "Egas Moniz"

14 de novembro de 2005

NOVA FLORESTA ERROU!

E ESTOU FELIZ DA VIDA COM ISSO!

António Caldeira do "do Portugal Profundo" foi absolvido.

Como podem ter lido aqui, eu estava particularmente com pouca fé na sua absolvição, pois apesar de me parecer a única explicação lógica. (Na realidade o caso nem sequer deveria ter passado a fase de inquérito), a ultima sessão do julgamento parecia que a condenação era mais que certa, por muito absurda que parecesse.

PARABÉNS ANTÓNIO

Leia a sentença aqui.

Recomendo particularmente este postal do Manuel da Grande Loja.

13 de novembro de 2005

A minha Visão da França – Experiência Pessoal

Em 1989, ao abrigo do programa Erasmus, passei um semestre na Université d’ Haute-Alsace em Mulhouse.
Na Universidade era frequentada por muitos estudantes descendentes de várias comunidades, incluindo a Francesa. Os estudantes de origem Magrebina, filhos e netos de estrangeiros estavam perfeitamente integrados na Sociedade, com hábitos civilizacionais idênticos aos dos Franceses e mantinham na mesma a sua religião e cultura maometana, sem qualquer espécie de problema. Respeitavam as mulheres da mesma maneira que um Francês e isso não constituía qualquer fonte de conflito com a sua cultura árabe. Em suma nada os distinguia dos seus colegas franceses de várias gerações.
Isto representava um bom exemplo de integração, na pior região de França para um magrebino – A ALSÁCIA*

Seria bom que a generalidade dos meios de comunicação e da classe política tratasse o problema com que a França se debate, com o realismo necessário, pois os confrontos de rua em França são a luta das Trevas contra a civilização da Luz. É uma ameaça que não afecta só a França, mas sim toda a Europa Ocidental e a sua civilização de Liberdade.

* - O Termo “Pied-Noir”, com que a sociedade francesa apoda os Franceses expulsos da Argélia após a independência desta, não é um termo francês, na realidade é um termo criado pelos árabes no século XIX para designar os colonos Franceses. Estes sobretudo a partir de 1870 eram constituídos, na sua esmagadora maioria por refugiados Alsacianos que fugiam à ocupação alemã da sua terra. O traje tradicional Alsaciano, caracteriza-se por uma bota preta usada tanto pelos homens como pelas mulheres, daí o nome “Pied-Noir" (Pés Pretos) com que foram chamados pelos árabes.

A minha Visão da França – A (des)integração Muçulmana

A generalidade dos meios de comunicação tem vindo a papaguear que a guerrilha urbana em França foi provocada pela não integração da comunidade de origem árabe e muçulmana. De acordo com estes meios de comunicação, esta responsabilidade pertence por inteiro à França, Branca e Católica, sendo os muçulmanos considerados uns pobres inocentes.

Este tipo de afirmação é profundamente redutor e a sua consequência é o aumento da simpatia pelas ideias de Le Pen na classe média que se sente insultada pelos meios de comunicação e demais classe política.

É certo que de uma maneira geral, os Franceses são “Chauvinistas” e não vai muito “à bola” com estrangeiros. Mas haverá algum país que não o seja, sobretudo aqueles de onde os emigrantes são oriundos?

Portugueses em Bidonvilles (Anos 60)

A própria comunidade Portuguesa em França foi, no início ostracizada, mas esse ostracismo existiu apenas enquanto os Portugueses ocuparam a escala mais baixa do tecido social francês. A partir de meados dos anos 70, a progressiva melhoria da sua condição económica, a sua diluição no meio das urbes de França e a melhoria das capacidades no domínio da língua francesa integraram-na completamente na vida francesa. Para ajudar ainda mais a sua integração, os seus filhos eram baptizados com nomes franceses, sendo hoje plenos cidadãos do hexágono, com provas de cidadania dadas, não sendo tratados de maneira diferente dos franceses de várias gerações.

Portugueses em Bidonvilles (Anos 60)

A comunidade islâmica, na sua grande maioria, adoptou o percurso inverso. Guetizaram-se, rejeitaram a cultura Francesa e hoje a 3ª geração continua a chamar-se Abdel, Moahmed e Aziz, numa clara recusa da integração na sociedade Francesa.

A praga do Multiculturalismo ajudou, e muito, ao problema que hoje se vive. Esta perniciosa ideologia cultural desculpabiliza todo e qualquer comportamento menos próprio de qualquer comunidade não branca e não cristã (O inverso já não acontece), permitindo a continuação de práticas medievais, atentatórias da própria cultura do país de acolhimento, tais como a negação de direitos às mulheres.

Afirmar, como afirmam os meios de comunicação, que todos os muçulmanos são vitimas, é reveladora de uma enorme cegueira e não faz mais que atirar gasolina para uma fogueira.

12 de novembro de 2005

Assim vai a Justiça em Portugal (II)

Caso: Joana Cipriano
Data do Crime: Algures em Setembro de 2004
Arguidos: Leonor e João Ciprinano
Condição social dos arguídos: "Zé-Ninguém"
Amigos dos arguídos: Inexistentes
Início do Julgamento: 12 de Outubro, às 09h30, no Tribunal de Portimão
Fim do Julgamento: 11 de Novembro de 2005, às 15h00, no Tribunal de Portimão

Sentença:
Leonor Cipriano - 20 anos e quatro meses de prisão;
João Cipriano - 19 anos e dois meses de prisão.

E se a mãe da Joana se chamasse Ana Gomes, como seria feita Justiça?

Vem aí o Açaime

ATENÇÃO BLOGUISTAS O PODER JÁ ARRANJOU UM AÇAIME PARA NÓS!

ASSEMBLEIA DA
REPÚBLICA
Lei n.º 53/2005de 8 de Novembro
Cria a ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social,
extinguindo a Alta Autoridade para a Comunicação Social

Artigo 6.º
Âmbito de intervenção
Estão sujeitas à supervisão e intervenção do conselho regulador todas as entidades que, sob jurisdição do Estado Português, prossigam actividades de comunicação social, designadamente:

a)
As agências noticiosas;
b) As pessoas singulares ou colectivas que editem publicações periódicas, independen-temente do suporte de distribuição que utilizem;
c) Os operadores de rádio e de televisão, relativamente aos serviços de programas que difundam ou aos conteúdos complementares que forneçam, sob sua responsabilidade editorial, por qualquer meio, incluindo por via electrónica;
d) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem ao público, através de redes de comunicações electrónicas, serviços de programas de rádio ou de televisão, na medida em que lhes caiba decidir sobre a sua selecção e agregação;
e) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem regular-mente ao público, através de redes de comunicações electrónicas, conteúdos submetidos a tratamento editorial e organizados como um todo coerente.
Esta coisa do "Todo Coerente" tem muitas interpretações possíveis.
Por causa das dúvidas, caros leitores não se admirem se de vez em quando aparecerem aqui uma fotos de môças peladas. Isto não é uma estratégia de aumentar audiências mas porque ao colocar postais completamente descabidos dos restantes este blogue perderá o seu "todo coerente" e assim saírá fora da alçada da lei do açaime.

Profissão de Fé

Neste momento Lisboa assiste a uma gigantesca demonstração de fé.
A imagem de Nossa Senhora de Fátima desfila em procissão entre a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e a Praça dos Restauradores. Nesse precurso não cabe nem mais uma agulha. É impressionante.

A vista destas imagens já está a pôr os cabelos em pé aos cães raivosos jacobinos, que remetidos ao exercício da escrita, ainda não perderam a "esperança" de mandar umas bombas para dentro de Igrejas e procissões como estas, como era costume no tempo em que mandava o seu "Santo Protector", o porco Afonso Costa.

A canalha Jacobina está, neste dia 12 de Novembro, assanhada como cães raivosos e babam esta escrita nojenta, que abaixo transcrevo, própria para ser escrita em papel higiénico, pois só assim lhe poderiamos dar alguma utilidade.

"[...]Hoje, a Senhora de Fátima está em Lisboa, rodeada de padres, bispos e outros ociosos, à espera de a levarem a percorrer o caminho das prostitutas, proxenetas e carentes sexuais que arriscam a SIDA, a hepatite, a blenorragia e a sífilis.[...]

[...]O patriarca Policarpo vai consagrar Lisboa à Virgem Santíssima como quem adjudica uma ilha tropical para oferecer à amante. Consagrando-lhe a cidade, oferece-lhe crentes e ateus, virgens e delambidas, polícias e ladrões, drogados e passadores, igrejas e lupanares, casinos e escolas, como se a cidade fosse uma coutada da ICAR e as pessoas os animais de um jardim zoológico de que a diocese fosse a proprietária.[...]

[...]Um destes dias o xeique Munir sai desembestado da mesquita para consagrar a cidade a Maomé e, se a moda pega, solta-se da sinagoga um rabino que consagra Lisboa a Yavé.[...]

Mas que prosa raivosa de alguém que não tem fé, mas mantém "esperança" no seu nome.

11 de novembro de 2005

Assim vai a Justiça em Portugal (I)

Fazendo fé na notícia divulgada pelo Diário de Notícias. Os meritíssimos Juízes desembargadores do Tribunal da relação de Lisboa, decidiram despronunciar o “cidadão” Paulo Pedroso, dos inúmeros crimes de pedofilia e abuso sexual de menores, devido a:

"em tribunal penal (...) exige-se o afastamento de toda a dúvida sobre os factos e as respectivas autorias e culpabilidades". Percorrendo o processo, os desembargadores depararam-se, segundo dizem, com "uma dupla e insanável dúvida quanto à veracidade das imputações feitas ao arguido e quanto à pretendida inocência deste". E, citando Figueiredo Dias, defendem que "avançar para a pronúncia (julgamento), com as ditas incertezas", constituiria "um ataque ao bom nome e reputação do acusado".

Os desembargadores da Relação de Lisboa consideraram o reconhecimento fotográfico feito pelos jovens que dizem ter sido abusados por Paulo Pedroso, ou visto o ex-deputado em casas onde ocorreriam abusos, muito frágeis. Para além de entenderem que as declarações desses jovens são pouco "credíveis", "fantasiosas", "inquinadas"

Até aqui tudo bem! Faz tudo sentido. Mas quem não é versado nestes temas de jurisprudência tem de usar o seu senso comum e comparar com outras sentenças sobre crimes similares.

O Tribunal da Relação de Coimbra publicou em 9 de Março último e assinado pelos meritíssimos juízes Belmiro Andrade, Oliveira Mendes e Elisa Sales, um acórdão relativo a crimes sexuais, do qual destaco as seguintes passagens:

(Tal como os seus colegas de Lisboa, os Desembargadores de Coimbra também se apoiam em Figueiredo Dias)
"[...]É certo que, em matéria de apreciação da prova em julgamento vigora o princípio in dubio pro reo. Significando que “em caso de dúvida razoável” após a produção de prova, tem de actuar em sentido favorável ao arguido - formulação de Figueiredo Dias, Direito Processual Penal, Ed. de 1974, pág. 215, citando a doutrina nacional e estrangeira no mesmo sentido[...]"

No entanto não se limitaram à formulação de Figueiredo Dias, velha de 30 anos. Consultaram também outra jurisprudência Nacional e assim:
"[…]A própria dúvida está sujeita a controlo, devendo revelar-se conforme á razão ou racionalmente sindicável, pelo que, não se mostrando racional, tal dúvida não legitima a aplicação do citado principio” - cfr. Ac. STJ de 04.11.1998, BMJ 481º, pág. 265[…]"
e

"[…]Sendo cedo que, como refere o Ac. STJ de 02.02.2004 citado na resposta “Nos crimes sexuais o depoimento da vitima é muitas vezes a única prova directa, por se tratar de factos cometidos na intimidade de um numero limitado de pessoas… podendo, de per si, fundamentar uma condenação» […]"

Os Desembargadores de Coimbra decidem assim o seu acórdão:

[…]Assim, sendo o depoimento da assistente credível e corroborado em aspectos periféricos por outros meios de prova, mantendo-se em audiência, com amplo contraditório e com base na imediação, a condenação do arguido surge como muito provável, ou em todo o caso mais provável que a absolvição. Devendo por isso o ser pronunciado."

Apenas acrescento que o arguido de Coimbra, é um comum mortal, tal como eu ou os meus caros leitores, enquanto que em Lisboa o arguido era um politico com poder e protegido pela maçonaria.
O texto do acórdão de Coimbra pode ser lido na Colectânea de Jurisprudência, Tomo 2, 2005 e na Grande Loja (de onde eu pesquei os excertos).

Assim vai a nossa Justiça, Vergonha de Portugal

Correlação perfeita

Na Semana Passada:

PJ Investiga Millenium. Possível fraude no IVA com negócios de imóveis

Esta Semana:

Millenium vai transferir Fundo de Pensões para a Segurança Social. Déficite pode baixar 3 % com esta operação.

Qual o coeficiente de correlação entre estes dois factos?

1.00 - Correlação perfeita

Assim vai Portugal, onde quem tem dinheiro pode perfeitamente "comprar" a sua impunidade a um estado onde tudo procura "$acar o $eu".

10 de novembro de 2005

De Cavalo para Burro

Há dois anos e meio, o mundo via Portugal como um país ao nível de qualquer país desenvolvido e com um sistema de justiça que tratava os poderosos como simples cidadãos iguais aos outros.
Hoje, o mundo vê Portugal como um país ao nível de um Burkina Faso, uma Birmânia ou um Congo. Com um sistema de justiça que merece menos respeito como um poio de merda e com "diplomatas" que querem ver criminosos à frente do país.

9 de novembro de 2005

Necrologia

Hoje é um dia negro para Portugal. O Colectivo de juízes da relação, nomeados pelo Grande Oriente Lusitano, despronunciou o Avental Paulo Pedroso. Os restantes tubarões que estão a ser julgados, estavam eufóricos, já vislumbram a luz ao fundo do seu túnel e a choruda indemnização que os Juízes de Avental rapidamente lhes irão atribuir.
Os pobretanas, Bibi, Pedro Inverno e outros que não têm onde cair mortos, têm o seu destino já traçado, nada os conseguirá livrar da Prisão. Prisão essa que em Portugal está vedada aos ricos e aos poderosos.
A Justiça em Portugal morreu! Resta saber se alguma vêz chegou a nascer!

Numa Escola de Lisboa

Se tivesse ido "Prá Igreija" não teria a falta justificada!

7 de novembro de 2005

O Verdadeiro IGnobel!

Harold Pinter - 04/11/2005 no Novo México
Quantos minutos de vida teria Harold Pinter num país muçulmano como o Irão?

RE:RE: Cavaco! Eu não acredito

Eu sei, como a maioria dos portugueses sabe, que ele não foi um Primeiro-Ministro perfeito. O problema não é esse. O problema é que há um outro candidato que ainda fez pior.

Penso que se refere a Mário Soares. Mas não se pode comparar Mário Soares - Primeiro-Ministro, com Cavaco Silva - Primeiro-Ministro. Mário Soares, sobretudo no governo do Bloco central, teve de governar com o país na bancarrota. Conseguiu equilibrar minimamente as finanças e conseguiu a nossa entrada na CEE. Bem ou mal era a única estratégia e o único rumo possível para Portugal. É certo que nem tudo se deve a Soares, o governo do Bloco central, foi constituído pela nata de Portugal. Nunca mais houve um governo em Portugal com tantos ministros competentes.NOTA: Para quem tem lido o meu blogue poderá ficar surpreendido com o tom deste ultimo parágrafo, mas confesso que me sabe a sapo. Nutro e continuo a nutrir pela família Soares/Barroso um ódio de estimação.Cavaco que tanto criticou o triunfo da má moeda esquece-se que esta ultima começou a sua ascensão ao poder nos seus próprios governos.
Além disso você aponta dois erros a Cavaco Silva: 1- de ter uma estratégia errada 2- de não ter estratégia. Como sabe A não pode ser A e não A.
Em termos de resultados, neste momento é indiferente a má estratégia ou a não existência de estratégia. Eles estão à vista - São os mesmos.
É sempre fácil dizer a posteriori afirmar que essa era a estratégia errada e que o dinheiro devia ter sido tirado de A e em vez de ir para B ir antes para C.
Nos dois casos que apontei, não o estou a afirmar “a posteriori”, foi afirmado e muito divulgado, por muita gente competente, ainda antes de se terem tomado as más decisões. Cavaco e o seu governo é que pareceram não querer ouvir. Sobretudo um certo ministro, deputado por Aveiro, que era membro da administração de mais de 250 empresas ao mesmo tempo! (a má moeda)
No meu caso particular, sou licenciado em Engenharia Têxtil, refiz, após acabar o curso, a minha estratégia profissional e hoje em dia, 10 anos após sair da indústria têxtil, não tenho preocupações com o futuro, ao contrário de muitos colegas meus que não sabem se estarão a trabalhar no próximo ano, e sobretudo, não tenho a sensação de apenas ser competente numa área profissional em vias de extinção.
"1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção"RE: por esta ordem de ideias Durão Barroso seria o candidato ideal, foi o Primeiro-Ministro num momento económico particularmente difícil.
Isso nem pensar, apesar de ser o chefe de governo em período difícil (nada comparado com o período 83/85), foi um PM medíocre, apenas não demos por isso, pois veio Santana logo a seguir.
"2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo"RE: por esta ordem de ideias nenhum Primeiro-Ministro da III República mereceria ser PR, pelo simples facto de Cavaco, apesar de ter sido mau, foi apesar de tudo, o melhor!
Correcto! Porque é que iram ser bons Presidentes (no nosso quadro constitucional) se não valeram nada como Primeiro-Ministros. Se o nosso quadro constitucional fosse como o alemão, qualquer cidadão português com mais de 35 anos e que soubesse ler, escrever e contar, o poderia ser, bastava ser simpático e diplomata! Por falar nisso quem é o presidente da Alemanha? Alguém sabe o nome dele?"3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995"RE: por esta ordem de ideias o seu candidato ideal seria Santana Lopes, ao menos esse, sempre andou por aí...Se Cavaco fosse tão interventivo nestes 10 anos, como o foi Soares, com certeza que as sondagens seriam outras!
Publicado também em "O Eleito"

Cavaco. Eu não acredito!

Cavaco é um Mito.
Este mito existe devido a três factos distintos:
1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção.
2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo.
3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995.

Cavaco Silva não foi o Primeiro-Ministro extraordinário que a sua imagem apresenta e uma parte importante dos Portugueses acreditam. Aliás, a crise que hoje vivemos é apenas o resultado de más decisões e estratégias erradas, tomadas durante os seus governos.
O primeiro grande erro estratégico foi o de ter apostado em Portugal como um paraíso de mão-de-obra barata na comunidade europeia. Visão de curtíssimo prazo, aproveitada por inúmeros grupos económicos estrangeiros que depois de explorarem a mão-de-obra nacional, embolsarem milhões em fundo europeus, abandonaram o país, deixando milhares de desempregados, sem qualquer qualificação apreciável.

Em 1986, o destino de uma indústria têxtil baseada na produção por subcontrato estava já traçado. Quem entendia alguma coisa deste sector industrial, pensaria que os fundos europeus seriam canalizados para os sectores de distribuição e marcas, em detrimento da produção. Os governos de Cavaco assim não pensaram, milhões e milhões foram enterrados nas fábricas do Vale do Ave, onde pontificavam membros do próprio governo nas estruturas dirigentes.
Hoje em dia o Vale do Ave mantém hoje em dia a mesmíssima estrutura industrial que há 30 anos atrás.

Desde 1986 que se ouve ecoar que a população Portuguesa não possui as qualificações profissionais, nem o nível educacional necessário para poder dar o “salto em frente”. Ao contrário de apostar na reactivação das escolas industriais e comerciais, a Formação foi vista como um mero negócio, ou melhor, como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. No Vale do Ave davam-se “cursos de formação” a trabalhadores quase analfabetos, cujas “aulas” se limitavam a uma mera recolha de assinaturas. Passados 20 anos, os desempregados desta zona do país possuem exactamente as mesmas habilitações que outrora, Apenas sabem dar nós em fios.

Neste últimos 20 anos, não faltou quem alertasse para a situação, não faltou quem apontasse caminhos. Porter disse-o, pouca gente o quis ouvir. O sector vinícola escutou-o atentamente e hoje em dia é dos poucos sectores competitivos da agricultura, até mesmo da economia, nacional.

É certo que nem tudo se pode apontar a Cavaco, por parte do PS nunca houve a mínima disposição de se efectuar um pacto de regime, como aconteceu em Espanha.

Cavaco esteve 10 anos com maioria absoluta e nunca teve uma estratégia que se visse. Porque é que agora, passados 10 anos a terá?

Eu não acredito!

Publicado também em "O Eleito"

5 de novembro de 2005

Como se cria um monstro

Em França a Moirama seguidora de Mafoma, resolveu abdicar das suas horas de sono e ajudar o seu país de acolhimento a construir uma AUTO-ESTRADA.
Usando de métodos de trabalho revolucionários
A Auto-Estrada está a ser construída a uma velocidade recorde
Que deixa as autoridades Francesas surpreendidas
Bem como a própria Moirama trabalhadora
Mas não consigo perceber tanto afã para construir esta AUTO-ESTRADA que vai acabar no Eliseu, para ser utilizada apenas por uma unica pessoa.....

3 de novembro de 2005

Mais Cartas Portuguesas

Após uma paragem de cerca de um mês, motivada pelo facto de para além do emprego, acumular a frequência de uma pós-graduação, deixa pouco tempo para o desenvolvimento deste meu trabalho.
Assim sendo tentarei, na medida do possível manter um fluxo constante de pelo menos dois postais por semana.
Hoje publiquei um pequeno texto sobre o governo de Victor Hugo de Azevedo Coutinho, mais conhecido pela "Adega do Braga"

Ontem, Hoje e Amanhã

Ontem: PROFISSIONAL

Hoje: INTERMITENTE

Amanhã: AMADOR?

31 de outubro de 2005

Al Carajo!

Cartoon de Quesada, publicado hoje (31/10) no Jornal "El Faro de Vigo"
Julgo dispensável qualquer tradução

Vergonha ou mera encenação

Na Grande Loja, Manuel indigna-se com a eleição para presidente da Assembleia Municipal de um apoiandte de Fátima Felgueiras, que naquele orgão se encontrava em franca minoria.
Pois, Palavras para quê, é uma politica portuguesa e não consta que use pasta medicinal Couto, consta sim, que abandonou o PS, mas isso é apenas uma mera cena de mau teatro, tal como era a dança da cadeira, no anúncio do dentífrico portuense.
Não esperava esta ingenuidade do Manuel que parece acreditar que Fátima Felgueiras se demitiu, ou foi demitida, do PS. Ela continua a ser uma militante do PS e espera apenas a mais que provável absolvição, ou anulação do seu Julgamento para que o Movimento Sempre Presente se "dissolva" e volte ao Partido de onde nunca saiu, O PS. Partido esse que a acolherá de braços abertos num "remake" da recepção a Paulo Pedroso, só espero que desta vez tenham mais cuidado e não partam a mesa.

Profissão: Político

Mário Soares deu mais um tiro no pé. Desta feita usou um canhão de 18 polegadas.
Em tom exaltado, Mário Soares disse que Cavaco era um político profissional por receber uma reforma respeitante aos dez anos que ocupou o lugar de Primeiro-Ministro.

Esta frase é reveladora do estado confrangedor do cérebro de Mário Soares, coloca aos outros os seus próprios defeitos.

É um facto que Cavaco Silva foi um politico profissional desde o Congresso da Figueira da Foz até à noite das eleições presidenciais de 1995. Daí para diante, Cavaco foi o que sempre foi. PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, manteve a sua filiação no seu partido, e apenas interveio publicamente algumas vezes, menos que os dedos de uma mão.

As afirmações de Soares ainda são mais descabidas, pois se em Portugal existe um político profissional, esse político é Mário Soares. Originariamente um advogado de barra, Soares já não exerce esta profissão desde o longínquo ano de 1974. Desde há 31 anos que Mário Soares vive única e exclusivamente da política. Tudo o que tem foi-lhe dado pela política, incluindo a sua fundação, paga com o dinheiro de todos nós.
Caro Dr. Soares, para seu bem “desampare a loja”, caso contrário, você que até hoje foi o “vencedor” da política Portuguesa, arrisca-se a ter como epitáfio “O Derrotado”, mercê do copiosa derrota que você e os seu apoiantes parecem dar o tudo por tudo para acontecer.
Publicado também em "O Eleito"

30 de outubro de 2005

Com apoiantes deste Calibre....

Sábado foi publicado no Expresso, um artigo de opinião assinado por Maria Helena Correa (sem i), membro da “Comissão de honra da candidatura de Mário Soares”, com o título de “Alegre, ou as voltas que um político dá...”. Todo o artigo de opinião é um chorrilho de inverdades e após o ler por completo, uma dúvida me ficou. Ou Maria Helena Correa (sem i) não lê jornais ou vê os telejornais há mais de 5 anos, ou dedilha neste artigo, a velha prática jacobina de reescrita da história.

O artigo está cheio de prosas deste estilo:

É ESPANTOSO que […] Manuel Alegre diga e desdiga […] as palavras que disse sobre se era ou não candidato à presidência […]

Recordo muito bem, tê-lo ouvido numa noite, lá para os lados de Viseu, dizer que sim, mas que não […]"

Acho ESPANTOSO que Maria Helena Correa (sem i) se recorde tão bem das hesitações de Alegre, mas que sofra de amnésia total perante o anúncio, com pompa e circunstância ainda não fez um ano, da passagem à reforma do agora candidato a presidente, de que é apoiante.

Pergunta ainda Maria Helena Correa (sem i).
Que leva Manuel Alegre a estar contra o seu amigo Mário Soares

Não quero ser moralista, mas ser amigo é avisar antecipadamente este, que está interessado a candidatar-se ao mesmo lugar e não fazê-lo por interpostas pessoas ou pelos meios de comunicação social, fazendo de conta que o amigo nunca existiu.

A certa altura, porém, a escrita de Maria Helena Correa (sem i) fugiu-lhe para a verdade ao escrever que:
[…] o candidato escolhido pelo seu próprio partido, Mário Soares.[…]

A candidatura de Mário Soares não é, ao contrário do agora apregoado, uma iniciativa independente do Partido, pois tal como o mesmo disse na cerimónia de apresentação da candidatura, “Só avancei quando soube que o meu partido me apoiava”.
Apesar de todos os candidatos apregoarem que as suas candidaturas são 100 % independentes dos partidos, nesta corrida apenas Alegre o é. Mesmo Cavaco Silva, também o pode, em certa medida, afirmar a sua independência, mas no seu caso isso deve-se unicamente ao estado de orfandade em que deixou o PSD.

Maria Helena Correa (sem i), termina o seu texto com palavras verdadeiramente execráveis sobre Manuel Alegre:

[…] Lamentável esta queda do Poeta. Lamentável, e, afinal, previsível, ou não. Lamentável este fim de carreira, porque vaticino com esta forma de conduta um final com uma história sem história […]

Cara Maria Helena Correa (sem i), o poeta não vai cair, pois o Poeta só agora se levantou e com a sua decisão deixou o buraco de Vate oficial do regime e passou a ser um poeta de Portugal. A sua postura e a sua pose de cavaleiro, não a pose de D. Quixote, cavaleiro da triste figura, mas o paladino da decência, da honra e da amizade, que ao cortar as grilhetas que o amarravam ao anquiloso PS faz com que hoje em dia seja mais respeitado, à esquerda e à direita, que alguma vez o foi. Manuel Alegre passou a ser de todos, evitando desta maneira o triste destino de José Afonso, para sempre agrilhoado nas masmorras dos amanhãs que cantam.
Espero que no próxima dia 9 de Janeiro, as ultimas palavras de Maria Helena Correa (sem i) se apliquem ao candidato que diz ser apoiante, Mário Soares, que com apoiantes deste calibre dispensa qualquer adversário.
Publicado também em "O eleito"

29 de outubro de 2005

Dois anos ao serviço da cultura e conhecimento

O Rua da Judiaria cumpriu no passado dia 27 dois anos de existência.
Durante estes dois anos o blogue do Nuno Guerreiro divulgou e divulga aspectos essenciais da cultura judaica, tão desconhecida em Portugal, país que no passado ocupou um ponto central na diáspora deste povo tão incompreendido.

Apenas temho um pequeno reparo a fazer.

O Lema do Rua da Judiaria é uma frase de Ben Zoma - "Quem é sábio? Aquele que aprende com todos".
Eu acho que esta pergunta pode ter ainda mais uma resposta - Aquele que procura ensinar a todos.

Parabéns Rui.

Que esta Rua cresça sem parar.

Justiça à Portuguesa

Hoje prestei as minhas declarações como testemunha de defesa no Julgamento do processo que o ministério público colocou a António Balbino Caldeira. O facto de ser um dos primeiros a ser chamado permitiu-me conhecer com mais detalhe os factos que se encontravam em julgamento.
O processo de António Caldeira é uma verdadeira amostra de como um sistema pesado perde tempo com investigações e que no final leva a julgamento um cidadão cumpridor com base em factos que, na minha opinião de leigo, apenas chegavam para concluir ao fim de 5 minutos de investigação que António Caldeira nunca desobedeceu a coisíssima nenhuma.

Os factos eram apenas os que a seguir vos conto, na linguagem de leigo em matéria jurídica:

Algures no ano transacto um tribunal emite uma ordem que proíbe a divulgação de peças em segredo de justiça. Ao que parece esta ordem foi emitida antes da publicação por parte de António Caldeira de peças processuais relativas ao caso Casa Pia.
Qualquer ordem de um tribunal tem de ser comunicada aos interessados, se estes forem a Opinião Pública em geral, a ordem é publicada nos jornais de grande circulação.
Ora no caso de António Caldeira nada disto se passou. Nem António Caldeira foi formalmente notificado, nem o tribunal publicou qualquer informação nos jornais.
Para aumentar a Kafkianidade deste processo, o advogado de António Caldeira solicitou ao tribunal uma certidão relativa a esta ordem. A resposta que recebeu foi de que essa peça processual (A ordem que proibia a publicação de peças processuais da Casa Pia) não poderia ser fornecida, pois a mesma encontrava-se SOB SEGREDO DE JUSTIÇA!!!!!

Resumindo, António Caldeira foi acusado de ter desrespeitado uma ordem do tribunal, ordem essa, que por lei, nunca lhe poderia ter sido comunicada.

Um caso assim montado num país decente nunca chegaria a tribunal. Em Alcobaça, Portugal no ano da graça de 2005 chegou.

Julgado por uma juíza visivelmente imberbe e uma delegada do MP que mais parecia uma múmia paralítica, de tão muda e queda que esteve durante toda a sessão. Esta última apenas do seu torpor nas suas alegações finais, nas quais debitou um texto visivelmente preparado antes da audiência.
Com uma prestação desta ordem, com certeza que serão classificadas com “Muito Bom” na próxima inspecção, feita sem controlo pelos seus próprios colegas de profissão.

Assim vai a justiça em Portugal. Mais de vinte pessoas que perderam uma manhã e uma tarde de suas vidas, mais umas dezenas de quilos de papel gasto, centenas de horas de trabalho do sistema judicial e milhares de contos de despesa pública, que poderia ter sido empregue noutros casos com maior utilidade para o nosso país.

A António Caldeira, o nosso “Primus inter paris” a ser levado a julgamento, envio daqui o meu fraterno apoio que estarei sempre disposto a lhe prestar.