31 de dezembro de 2007

Para todos os leitores

É o meu desejo.

27 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto (1953-2007) - Uma Mulher de Armas

Hoje foi assassinada uma grande mulher. Benazir Bhutto, herdeira política do seu pai, Zulfikar Ali-Bhutto. Assassinada tal como os seus dois irmãos, seguindo assim o mesmo destino trágico do seu pai.
Verdadeira mulher sem medo, tinha escapado recentemente a um outro atentado, minutos depois de ter regressado ao Paquistão. Mas essa recepção não a demoveu.
A sua coragem, o seu respeito pela democracia e o seu liberalismo metia medo a muitos, sobretudo àqueles que querem ver a anarquia instalada no Atómico Paquistão. Hoje conseguiram os seus intentos.
O sub-continente indiano (Paquistão, India e Ceilão) caracterizou-se por um poder dominado por dinastias. Isso é uma coisa normal em muitos países, mas o que não é normal é que o comando dessas disnastias tivesse sido sempre assegurado por Mulheres, quando culturalmente os países que governaram fosse dominada por homens.
Benazir Bhutto com Indira Gandhi, também ela assassinada, com Sirimavo Dias Bandaranaike, que assumiu o poder no Ceilão após o assassinato do seu marido e sobreviveu a atentados conjuntamente com sua filha Chandrika Bandaranaike, presidente do Ceilão durante 11 anos.
Estes são exemplos de "Mulheres de Armas", que não cruzaram os braços perante as adversidades culturais e políticas dos seus países.
Um exemplo a seguir num país onde mal consegue eleger uma dezena de mulheres para um parlamento de 230 deputados.

A dança das cadeiras

Completamente alheados da população, o Centrão baba-se por um lugarzito na "Caixa". O facto de Vara, um verdadeiro "Caixa Bancário" promovido a banqueiro por força de uma licenciatura moderna, não parece preocupar nem a oposição, nem a economia, pois o que está em dicussão não é o mérito mas sim o Tacho que este e o outro comissário político deixam em aberto na Caixa Geral.
Agora ficamos a saber que oficialmente existem "acordos de cavalheiros" destinados ao preenchimento de Quotas de lugares. Assim não é necessário saber alguma coisa sobre sistema bancário para gerir o maior banco nacional. O que é preciso é ter o cartão certo.
Tal como diz o Prof. José Adelino Maltez:
E assim vai o país, liderado por uma corja que já nem se preocupa em esconder o saque a que está a submeter o país e de que esta dança de cadeiras é, apenas mais um triste exemplo.
A Dança da Cadeira
Vamos lá, centrão
Correndo em volta do
cadeirão
As mãos para trás, sem ajudar, hein?!
Parou a música, parou, sentou
Cadilhe não sentou, dançou
Essa é a dança da cadeira
E todo centrão vai ganhar
(Vai ganhar! Vai ganhar!)
Dançando em volta da cadeira
Tem que sentar quando a música parar
Seguindo a fila, a gente mexe e se balança
Mas cuidado com a confusão
Pois tem mais gente que cadeira nessa dança
Dias Loureiro, caiu de cú no chão
Óóó, caiu de cú no chão
Cuidado! Sem ajudar com a mão!
Não empurra ninguém
Parou, sentou
Vai! Ôôô, vem, vem, 'bute', continuando...
Ah, saiu, saiu, saiu, saiu, continuando...
Essa é a dança da cadeira
E todo mundo vai ganhar
Olha ali, Catroga, saiu..., saiu voando …
Dançando em volta da cadeira
Tem que sentar quando a música
Quem, quem será, quem será?
e vamos...continuando... [...]
A Dança da Cadeira (Letra original de Vanessa Alves/Maurício Gaetani, cantada por Xuxa Menehgel) - A azul as minhas alterações

24 de dezembro de 2007

Estranho país este!

Num país normal, qualquer Universidade que tivesse entre os seus licenciados um Primeiro-Ministro, ou um administrador do maior Banco nacional, teria milhares de candidatos a um lugar de estudante.
Em Portugal, porém uma Universidade com estes pergaminhos fecha as suas portas por manifesta falta de qualidade e incompetência do seu corpo docente.

23 de dezembro de 2007

Desejo a todos os Leitores um

21 de dezembro de 2007

Achmed

Detesto aqueles shows Norte-Americanos com apresentadores armados em engraçados, tipo Jay Leno, Conan O'brian. Na porcaria safa-se o Jon Stewart.
Pior que os apresentadores são os pseudo-cómicos que por vezes lá aparecem.
No entanto existe sempre uma excepção que confirma a regra. E ainda por cima numa arte na qual nunca consegui achar graça, o ventríloquo. Jeff Dunham criou um um número de rir a bandeiras despregadas com um boneco fabuloso, o expressivo Achmed, o Terrorista morto.



15 de dezembro de 2007

Para Inglês ver

Foi necessário um espirro do ministro da administração interna e do procurador-geral da coisa, a mandar a toque de caixa, policias e procuradores para a invicta cidade do Porto, que o país soube, e com alguma surpresa diga-se, que no Porto havia polícia.
Ontem apareceram, ninguém sabe de onde, 500 deles, e ainda por cima eram os genuínos, a fazer operações stop em barda.
De acordo com o Público, na rede cairam, 18 condutores alcoolizados, 2 guiavam viaturas sem carta, 1 efectuava condução perigosa, 1 desobedeceu às autoridades, 1 tinha em sua posse uma arma proibida e 1 furtou um estabelecimento comercial. Ao todo 24 detenções (1 por cada 20 agentes).
Em relação aos "manganões" que toda a gente conhece o nome e sabe onde moram ... não parecem ter sido incomodados.

12 de dezembro de 2007

Chatices Futuras

Caro João Pedro Henriques, com a inacção policial que se verifica, mais cedo ou mais tarde os mafiosos avançarão para outros "mercados". E ai vão nos chatear com toda a certeza.

7 de dezembro de 2007

Os amigos do Sr. Castanho

O Sr. Castanho tem vindo a demonstrar ser o maior inimigo do Sr. Mugabe. Isto seria um facto pouco criticável, caso o Sr. Castanho fosse coerente consigo próprio e também criticasse o seu grande amigo Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud, Rei da Arábia Saudita, no qual se decapitam pessoas por terem uma cópia do Corão na casa de banho.

The Brother Leader is here

Apesar de Mário Lino garantir que o deserto começava apenas na margem sul do Tejo, o "Brother Leader" veio provar que o Deserto já atravessou o Rio. Pelo menos já chega a São Julião da Barra.

Kadhaffi (Gathaffi ou Qathaffi) em Portugal é uma verdadeira ameaça.
Não para os Portugueses em geral, mas sim para os tudólogos desta Nação. O Homem fala sobre tudo e sobre todos, desde a bola ao Problema da Coreia e de Cashemira, passando pela cimeira da Terra.
O Prof. Martelo, Miguel Sousa Tavares e o Rui Moreira que se cuidem pois está aí a concorrência. E com Mulheres guarda-costas e tudo.

No Santo Sepulcro


Igreja do Santo Sepulcro - Cúpula do Coro Grego
Para um Português, habituado apenas à liturgia católica, o Santo Sepulcro é uma revelação e uma surpresa. A sua planta não se compara com nenhuma outra do mundo cristão. O seu interior é mal iluminado o que o envolve numa penumbra quase fantasmagórica aumentada pelas centenas de peregrinos anónimos que por ele cirandam e oram. Construído sobre uma pedreira, o Santo Sepulcro é um autêntico labirinto com vários níveis, correspondentes a antigas grutas, hoje transformadas em capelas. Todavia o Sepulcro Sírio, nas traseiras da rotunda, continua a ser uma simples gruta de paredes enegrecidas pela luz das velas, onde se encontram vários nichos funerários, característicos do judaísmo de há 2000 anos atrás. O sepulcro sírio é um dos 3 existentes, existe ainda o sepulcro copta, afastado cerca de 1 metro da capela que as restantes confissões consideram ser o local do túmulo de José de Arimateia, onde Cristo foi sepultado.

Igreja do Santo Sepulcro - Entrada do Sepulcro de Cristo
O dia ideal para visitar o Santo Sepulcro é a Sexta-Feira, dia da morte de Cristo. A partir das 4 da tarde, sucedem-se as vias-sacras. A católica é a primeira, e é a única que percorre a totalidade da Via Dolorosa, quando chega à 14ª, a penumbra da rotunda desaparece e fiat-lux, é como se o dia nascesse.

Após as orações a procissão franciscana desaparece e volta a penumbra. Retorna a confusão com o reinício das visitas dos peregrinos. Mas é sol de pouca dura. Subitamente ecoam pela penumbra cânticos numa língua estranha, vindos não se sabe de onde, um grupo de frades liderados por uma figura em vistosos trajes orientais avança em passo apressado. A fechar o cortejo, uma outra figura com trajos de brocado vermelho e dourado com uma tiara na cabeça.

Igreja do Santo Sepulcro - Via Sacra Arménia
São os arménios, representantes do primeiro país que abraçou a fé cristã, 100 anos antes de Teodósio ter decretado o cristianismo como religião oficial do Império romano, atirando para o esquecimento o politeísmo romano. Sempre em passo forçado, fazem a sua via-sacra entoando em cada estação orações cantadas. Desaparecem na penumbra tão rapidamente quanto apareceram.

Igreja do Santo Sepulcro - Gólgota
Seguem-se os gregos. Aqui impera a austeridade. Dois padres de negro vestidos pedem aos peregrinos que se mantenham em respeito. Não entoam cânticos, mas rezas e ladaínhas intermináveis. No Golgotá durante a oração grega chega um grupo de Turistas americanos, falam alto, apontam o dedo quase invadindo o altar. Dos olhos do padre grego sai um olhar de ódio, lentamente e sem nunca a interromper passa a reza ao colega e dirige-se aos Turistas, gritando, num inglês macarrónico “Be quiet, don’t you see this is a holy place”. Onde me encontrava não consegui assistir à cena, apenas pude ouvir um gringo a dizer “This guy is nuts” e o ruído característicos de dezenas de passos a descer apressadamente a escadaria do Calvário. O padre volta, agora com um olhar imperturbável e retoma a oração como nada se tivesse passado.

Foram 5 horas passadas dentro deste lugar santo e ... ainda ficou muita coisa para ver.

6 de dezembro de 2007

Inspector Clouseau regressa



Via Claro

5 de dezembro de 2007

A Igreja do escadote esquecido

O Santo sepulcro, o lugar mais sagrado da Cristandade, não tem a espectacularidade e beleza da cúpula da rocha. Por fora parece uma normal catedral românica num estado de conservação bastante sofrível.

A praça que ocupa o adro é pequena. A primeira coisa que sobressai é o portal de entrada, do lado esquerdo a torre sineira encontra-se coberta de andaimes, por cima da porta, num parapeito junto a uma janela, reparo num escadote, um pouco afastado da zona de restauro.
Longe de mim imaginar que aquele simples escadote, cuja função primária é proporcionar uma “comunicação”, ou num sentido figurado uma “união”, simboliza na realidade a fragmentação, desunião e total ausência de comunicação entre as diferentes variantes do cristianismo que usam o Santo Sepulcro.
Esta Igreja, local mais santo do cristianismo tem sido ao longo dos séculos tem sido um campo de batalha onde Católicos, Ortodoxos Gregos, Russos, Etíopes, Coptas, Arménios e Sírios, lutam por alguns metros quadrados de espaço santificado.
A posse total do Santo Sepulcro, oscilou sempre entre os Ortodoxos Gregos e os Católicos (Franciscanos), posse essa que variava consoante a influência das diferentes igrejas junto do Sultão da Turquia. Ao longo dos séculos sucederam vários confrontos entre as principais confissões, Em 1808 um incêndio destruiu o próprio Sepulcro de Cristo, apesar de não ter afectado o seu interior.
Cansado de tantas lutas e de pagar as reparações, a Sublime Porta de Constantinopla, impôs em 1852 o “Status Quo”, uma espécie de condomínio no qual a propriedade da Catedral ficou atribuída à Igreja Ortodoxa Grega, mas com zonas cedidas às outras confissões e horários de utilização dos respectivos locais santos. O "Status Quo" definiu por fim zonas de utilização comum. O acordo funcionou e ainda hoje é aplicado e respeitado, se bem que de quando em vez ocorram escaramuças. A última ocorreu em 2004 e obrigou à intervenção das autoridades Israelitas, para acabar com cenas de pugilato entre Gregos e Franciscanos.

O Santo Sepulcro numa gravura de 1880

Não se sabe ao certo quando é que o escadote foi colocado no parapeito. Há quem diga que lá estava em 1852, quando o “Status Quo” entrou em vigor, há quem diga que foi colocado posteriormente a essa data. O certo é que gravuras do século XIX (1880) já o incluem. Como o “Status Quo” considerou o parapeito como uma zona de utilização comum, para ser retirado passou a ser necessário a anuência de todas as confissões. No passado dia 9 de Novembro o escadote lá continuava. E lá continuará, até que o caruncho, que não tem religião, se encarregue de o desfazer.

Outra zona de utilização comum é o próprio sepulcro. Este apresenta sinais de grave deterioração desde há várias décadas. Em 1947 e perante as indecisões dos seus utilizadores, as autoridades britânicas mandaram-no cintar com vigas metálicas para evitar o seu colapso. As vigas lá continuam até que as várias igrejas cristãs se entendem quanto à sua recuperação.
No entanto o restauro do Santo Sepulcro pode estar para breve (digamos que meio século). Desde 1960 que se iniciaram os estudos com vista ao restauro integral da Igreja. Pelo menos a torre sineira já está em obras, o que é uma boa noticia para todos os cristãos

3 de dezembro de 2007

Luminária

A suprema luminária que dirige a ASAE deu uma entrevista no passado Domingo ao tablóide Correio da Manhã.
Nesta entrevista a luminária babou-se perante mais um sucesso da sua Agência. Graças a ele, Galinha de Cabidela foi definitivamente riscada das ementas dos restaurantes portugueses.

Pela entrevista pude verificar que a luminária nunca na vida bebeu ginjinha, pois pensa que a Ginjinha de São Domingos tinha sarro no chão e o néctar era servido em copos mal lavados. Sarro foi coisa que nunca vi e quanto aos copos, desde há dois anos que eram de plástico, de usar e deitar fora.

Não haja dúvida que o seu objectivo é acabar com Portugal.

NOTA: No fim-de-semana, comprei uma camisola para mim, apesar de na etiqueta estar bem escrito, que se tratava de uma "prenda" e de "Lana". Mas estas coisas parecem não preocupar à luminária da ASAE.

Para mais tarde recordar