Penso que se refere a Mário Soares. Mas não se pode comparar Mário Soares - Primeiro-Ministro, com Cavaco Silva - Primeiro-Ministro. Mário Soares, sobretudo no governo do Bloco central, teve de governar com o país na bancarrota. Conseguiu equilibrar minimamente as finanças e conseguiu a nossa entrada na CEE. Bem ou mal era a única estratégia e o único rumo possível para Portugal. É certo que nem tudo se deve a Soares, o governo do Bloco central, foi constituído pela nata de Portugal. Nunca mais houve um governo em Portugal com tantos ministros competentes.NOTA: Para quem tem lido o meu blogue poderá ficar surpreendido com o tom deste ultimo parágrafo, mas confesso que me sabe a sapo. Nutro e continuo a nutrir pela família Soares/Barroso um ódio de estimação.Cavaco que tanto criticou o triunfo da má moeda esquece-se que esta ultima começou a sua ascensão ao poder nos seus próprios governos.
Além disso você aponta dois erros a Cavaco Silva: 1- de ter uma estratégia errada 2- de não ter estratégia. Como sabe A não pode ser A e não A.
Em termos de resultados, neste momento é indiferente a má estratégia ou a não existência de estratégia. Eles estão à vista - São os mesmos.
É sempre fácil dizer a posteriori afirmar que essa era a estratégia errada e que o dinheiro devia ter sido tirado de A e em vez de ir para B ir antes para C.
Nos dois casos que apontei, não o estou a afirmar “a posteriori”, foi afirmado e muito divulgado, por muita gente competente, ainda antes de se terem tomado as más decisões. Cavaco e o seu governo é que pareceram não querer ouvir. Sobretudo um certo ministro, deputado por Aveiro, que era membro da administração de mais de 250 empresas ao mesmo tempo! (a má moeda)
No meu caso particular, sou licenciado em Engenharia Têxtil, refiz, após acabar o curso, a minha estratégia profissional e hoje em dia, 10 anos após sair da indústria têxtil, não tenho preocupações com o futuro, ao contrário de muitos colegas meus que não sabem se estarão a trabalhar no próximo ano, e sobretudo, não tenho a sensação de apenas ser competente numa área profissional em vias de extinção.
"1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção"RE: por esta ordem de ideias Durão Barroso seria o candidato ideal, foi o Primeiro-Ministro num momento económico particularmente difícil.
Isso nem pensar, apesar de ser o chefe de governo em período difícil (nada comparado com o período 83/85), foi um PM medíocre, apenas não demos por isso, pois veio Santana logo a seguir.
Isso nem pensar, apesar de ser o chefe de governo em período difícil (nada comparado com o período 83/85), foi um PM medíocre, apenas não demos por isso, pois veio Santana logo a seguir.
"2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo"RE: por esta ordem de ideias nenhum Primeiro-Ministro da III República mereceria ser PR, pelo simples facto de Cavaco, apesar de ter sido mau, foi apesar de tudo, o melhor!
Correcto! Porque é que iram ser bons Presidentes (no nosso quadro constitucional) se não valeram nada como Primeiro-Ministros. Se o nosso quadro constitucional fosse como o alemão, qualquer cidadão português com mais de 35 anos e que soubesse ler, escrever e contar, o poderia ser, bastava ser simpático e diplomata! Por falar nisso quem é o presidente da Alemanha? Alguém sabe o nome dele?"3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995"RE: por esta ordem de ideias o seu candidato ideal seria Santana Lopes, ao menos esse, sempre andou por aí...Se Cavaco fosse tão interventivo nestes 10 anos, como o foi Soares, com certeza que as sondagens seriam outras!
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