Cavaco é um Mito.
Este mito existe devido a três factos distintos:
1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção.
2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo.
3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995.
Cavaco Silva não foi o Primeiro-Ministro extraordinário que a sua imagem apresenta e uma parte importante dos Portugueses acreditam. Aliás, a crise que hoje vivemos é apenas o resultado de más decisões e estratégias erradas, tomadas durante os seus governos.
1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção.
2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo.
3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995.
Cavaco Silva não foi o Primeiro-Ministro extraordinário que a sua imagem apresenta e uma parte importante dos Portugueses acreditam. Aliás, a crise que hoje vivemos é apenas o resultado de más decisões e estratégias erradas, tomadas durante os seus governos.
O primeiro grande erro estratégico foi o de ter apostado em Portugal como um paraíso de mão-de-obra barata na comunidade europeia. Visão de curtíssimo prazo, aproveitada por inúmeros grupos económicos estrangeiros que depois de explorarem a mão-de-obra nacional, embolsarem milhões em fundo europeus, abandonaram o país, deixando milhares de desempregados, sem qualquer qualificação apreciável.
Em 1986, o destino de uma indústria têxtil baseada na produção por subcontrato estava já traçado. Quem entendia alguma coisa deste sector industrial, pensaria que os fundos europeus seriam canalizados para os sectores de distribuição e marcas, em detrimento da produção. Os governos de Cavaco assim não pensaram, milhões e milhões foram enterrados nas fábricas do Vale do Ave, onde pontificavam membros do próprio governo nas estruturas dirigentes.
Em 1986, o destino de uma indústria têxtil baseada na produção por subcontrato estava já traçado. Quem entendia alguma coisa deste sector industrial, pensaria que os fundos europeus seriam canalizados para os sectores de distribuição e marcas, em detrimento da produção. Os governos de Cavaco assim não pensaram, milhões e milhões foram enterrados nas fábricas do Vale do Ave, onde pontificavam membros do próprio governo nas estruturas dirigentes.
Hoje em dia o Vale do Ave mantém hoje em dia a mesmíssima estrutura industrial que há 30 anos atrás.
Desde 1986 que se ouve ecoar que a população Portuguesa não possui as qualificações profissionais, nem o nível educacional necessário para poder dar o “salto em frente”. Ao contrário de apostar na reactivação das escolas industriais e comerciais, a Formação foi vista como um mero negócio, ou melhor, como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. No Vale do Ave davam-se “cursos de formação” a trabalhadores quase analfabetos, cujas “aulas” se limitavam a uma mera recolha de assinaturas. Passados 20 anos, os desempregados desta zona do país possuem exactamente as mesmas habilitações que outrora, Apenas sabem dar nós em fios.
Neste últimos 20 anos, não faltou quem alertasse para a situação, não faltou quem apontasse caminhos. Porter disse-o, pouca gente o quis ouvir. O sector vinícola escutou-o atentamente e hoje em dia é dos poucos sectores competitivos da agricultura, até mesmo da economia, nacional.
É certo que nem tudo se pode apontar a Cavaco, por parte do PS nunca houve a mínima disposição de se efectuar um pacto de regime, como aconteceu em Espanha.
Cavaco esteve 10 anos com maioria absoluta e nunca teve uma estratégia que se visse. Porque é que agora, passados 10 anos a terá?
Eu não acredito!
Desde 1986 que se ouve ecoar que a população Portuguesa não possui as qualificações profissionais, nem o nível educacional necessário para poder dar o “salto em frente”. Ao contrário de apostar na reactivação das escolas industriais e comerciais, a Formação foi vista como um mero negócio, ou melhor, como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. No Vale do Ave davam-se “cursos de formação” a trabalhadores quase analfabetos, cujas “aulas” se limitavam a uma mera recolha de assinaturas. Passados 20 anos, os desempregados desta zona do país possuem exactamente as mesmas habilitações que outrora, Apenas sabem dar nós em fios.
Neste últimos 20 anos, não faltou quem alertasse para a situação, não faltou quem apontasse caminhos. Porter disse-o, pouca gente o quis ouvir. O sector vinícola escutou-o atentamente e hoje em dia é dos poucos sectores competitivos da agricultura, até mesmo da economia, nacional.
É certo que nem tudo se pode apontar a Cavaco, por parte do PS nunca houve a mínima disposição de se efectuar um pacto de regime, como aconteceu em Espanha.
Cavaco esteve 10 anos com maioria absoluta e nunca teve uma estratégia que se visse. Porque é que agora, passados 10 anos a terá?
Eu não acredito!
Publicado também em "O Eleito"
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