29 de junho de 2006

Espanha no seu melhor!

Imagem recebida por correio electrónico sem a indicação de autor

27 de junho de 2006

Ya se fué

À atenção de certos treinadores de bancada, que já vão na Quarta camisola usada


(imagem roubada com carinho ao "Desblogueador de Conversa"

e encontram-se neste momento a encomendar a Quinta, e faço eu votos para que comprem Sete, a Espanha a tal que tinha "o fantástico Cesc, no trabalho e na magia de Torres “el Niño”, na classe dos passes de Xabi Alonso (ele, que dizia onde era o meio-campo) e de Cesc, na suavidade de Raul, no trabalho de Xavi? [...] E eu gosto." está neste momento "empaquetandolas"

Graças à vitória da França a nossa selecção ganhou mais 35 milhões de Adeptos ferverosos, pois já diz o velho ditado castelhano "Menos mal que nos queda Portugal"

26 de junho de 2006

OPEL



Porque vai a Opel embora?
Porque vai para Espanha e não para o Leste ou para a China?

A General Motors
A GM, proprietária da Opel desde os anos 30, encontra-se a atravessar a maior crise da sua longa história. Espera-se que em 2006 a GM deixe de ser, pela primeira vez em 80 anos, o maior construtor mundial, lugar que vai ser ocupado pela Toyota.
Em 2005 a GM despediu 30 000 trabalhadores nos Estados Unidos, 12 000 na Europa.(695 em Saragoça) Neste ano de 2006, 1000 em Ellsmere Port (Inglaterra), 1000 em São José dos Campos (Brasil). O espectro do encerramento paira sobre Ellsmere Port e Bochum (Alemanha).

Azambuja vs Saragoça
A fábrica da Opel na Azambuja não é, ao contrário da Auto-Europa, uma fábrica vertical integrada. Neste tipo de fábricas, entram rolos de chapa e componentes e saem automóveis completos.
Na Azambuja, não existe sala de prensas, onde é fabricado o corpo do automóvel (Body). A baixa capacidade de produção (200-300 Viaturas) não justifica o avultado investimento necessário. Por este motivo o corpo da viatura fabricada na Azambuja vem de uma outra fábrica. Por este motivo a fábrica da Azambuja é uma fábrica satélite de Saragoça, o modelo fabricado em Portugal é o Opel Combo, que é um derivado do Opel Corsa, fabricado em Espanha e que com ele partilhe pelo menos 95% de componentes.
O corpo da viatura é prensado em Saragoça e enviado conjuntamente com todos os componentes é enviado por camião para ser montado na Azambuja.

A fábrica de Saragoça, tal como todo o grupo General Motors encontra-se em dificuldades e labora abaixo da sua capacidade. Esta fábrica possui 8000 trabalhadores, que faz dela uma fábrica muito grande, mesmo pelos padrões europeus. Para além do Opel Corsa a fábrica de Saragoça monta também o modelo Meriva.

A fábrica de Saragoça é uma das mais produtivas do grupo GM, tão produtiva que a própria GM transferiu a fabricação de um modelo do Brasil para Espanha, modelo este destinado ao mercado Mexicano, e despediu cerca de 1000 trabalhadores em São José dos Campos (SP).
Mesmo assim no ano de 2005, a continuidade da Opel em Saragoça esteve em dúvida, no entanto o governo Espanhol, os sindicatos, a comissão de trabalhadores e a administração da GM sentaram-se à mesa e no final do ano o espectro do emagrecimento desvaneceu-se. A GM vai investir 400 milhões de euros e garante a montagem das novas versões do Corsa e Meriva. Isto foi possível graças a um acordo social no qual, entre outros, os aumentos salariais ficam indexados à inflação (IPC). Postura muito diferente da tomada pela comissão de trabalhadores da Azambuja que, aproveitando uma grande encomenda dos Correios Ingleses de Opel Combos, realizou uma greve de mais de uma semana exigindo 75 € de aumento (>10% para a maioria dos trabalhadores.

É certo que não é só por culpa dos trabalhadores que a fábrica da Azambuja encerrará as suas Portas, mas que a sua postura ajudou, lá isso ajudou.

Por outro lado é triste ver quem no ano passado rejubilou com uma "vitória contra o capital" venha, agora que vê o chão a fugir debaixo dos pés, propor medidas perfeitamente descabidas como comprar uma prensa (que vale milhões e não pode ser amortizada) ou usar equipamentos de uma empresa concorrente mostra a total irresponsabilidade daqueles que tinham por missão defender os interesses de 1200 trabalhadores.

Nem vale a pena comentar as “demarches” de Sócrates e de Manuel Pinho, são tão caricatas quanto a do presidente da comissão de trabalhadores.

22 de junho de 2006

Viva Portugal

Obrigada Sr. Scolari

Cada vitória da Selecção é uma Espinha Cravada

na garganta de Pinto da Costa

18 de junho de 2006

Entregues à bicharada

Assisto incrédulo a um debate na RTP-N onde 4 senhores deputados falam com um ar de quem percebe muito do assunto. O tema é o encerramento da fábrica Opel da Azambuja.
Pobres incrédulos! Se eles soubessem as parvoices que sairam das suas bocas corariam de vergonha. Ninguém, naquela mesa percebe alguma coisa sobre o assunto.
Apenas Carlos Encarnação cofessa não entender como é que mudando a produção para Espanha a Opel consegue poupar mais de 30 milhões de euros.
Não é assim tão dificil entender, amanhã explicarei aqui o porquê!
É a este tipo de ignorantes a quem compete definir o nosso futuro!
Triste sina a nossa!

14 de junho de 2006

Milhões para quê

Competiria ao estado definir, em conjunto com os parceiros sociais, um plano estratégico para o desenvolvimento de Portugal. Este plano deveria definir as apostas a fazer, as quais definiriam, por sua vez, onde gastar os fundos, como os gastar e quanto gastar.

Nada disso foi feito. Os fundos foram olhados como o "Ouro do Brasil II", serviram para betão e alcatrão e milhares de milhões foram enterrados em projectos sem futuro. A produção têxtil por exemplo, que em 1985 já se sabia não ter futuro, recebeu milhões, com resultados práticos confrangedores.
Tal como em 1985, a cor das águas do Ave e Cavado continua a ser a melhor fonte de informação sobre as cores da moda que há de vir. Os operários continuam mal pagos e não sabem mais que atar fios. A indústria continua a laborar no mesmíssimo mercado de antanho, o da sub-contratação ao mais baixo custo.

Os fundos europeus, com muito poucas excepções, não foram mais que umas “quartas de heroína” dadas a um drogado em carência, alivia mas não resolve o problema.

Agora anunciam 19 mil milhões de euros para os próximos 7 anos (2007-2013). Cerca de Um milhão de meio de contos por dia.
Para quê?
Para que alguns políticos do bloco central que são membros de centenas de conselhos de administração ao mesmo tempo, esfreguem as mãos de contente com os milhões que vão garantir às “suas” empresas, as quais por sua vez “financiam” os sôfregos cofres partidários?
Tal como em 1986, não se vislumbra qualquer plano, qualquer estratégia, nenhuma visão de longo prazo. O país, tal como a maioria das empresas, são geridas como um navio em “Navegação à vista”, que, nos dias que correm é a rota certa para o desastre.
Os milhões da Europa são vistos como a luz ao fundo do túnel, é para gastar, depois logo se verá.
Neste deserto de ideias apenas se vê a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDR-N) a pensar o futuro, mas será que existirá alguém suficientemente lúcido para os escutar e compreender?

Não é exercício de futurologia o que o Rui do Blasfémias afirma – “Daqui por seis anos, o mais provável é já termos sido ultrapassados pela quase totalidade dos novos membros da União. Roménia e Bulgária, membros de pleno direito a partir de 1 de Janeiro de 2007, incluídas.” – é que a manter-se o estado actual é o único cenário possível!

13 de junho de 2006

Serviços mínimos

Por motivos de mudança de residência, de Lisboa para o coração da lezíria Ribatejana, este blogue encontra-se em serviços mínimos.

9 de junho de 2006

Temos Hipóteses


A selecção Portuguesa tem, a partir de hoje, fortes hipóteses de ganhar o campeonato do mundo, que começa amanhã na Alemanha.

Pelé em entrevista à RTP afirmou que Portugal dificilmente terá hipóteses de conquistar o campeonato.

Sabendo o triste destino que em campeonatos anteriores tiveram as selecções favoritas de Pelé, temos motivos para estar confiantes

4 de junho de 2006

Festa em Serralves

Confesso que fiquei supreendido com o ambiente de festa que ontem à noite se viveu em no Parque de Serralves, devia estar lá metade da população do Porto, aproveitando uma noite de verão espectacular, com uma temperatura rara por estas paragens.
Sinceramente não estou a ver uma coisa destas a ser organizada em Lisboa, seria impensável ter o clima de civismo que ontem pude verificar em Serralves, com relativamente poucos seguranças, tanto nos jardins como dentro dos edifícios.
A administração de Serralves está pois de parabéns, apenas com um único senão:
Não entendi porque é que deixaram às escuras o jardim de René Lalique em frente da Casa, este jardim merecia estar iluminado pois é demasiadamente bonito para estar numa penumbra mal iluminada pelas lanternas portáteis que eram distribuidas aos visitantes.
NOTA: O sucesso desta iniciativa bem como de outras, demonstra que existe no Porto um enorme mercado ávido por boas iniciativas culturais.
Se não há mais eventos culturais que chamem público é porque os responsáveis não querem ter o trabalho de arregaçar as mangas e trabalhar no duro!
Afinal de contas é bem mais cómodo dizer que a culpa do marasmo portuense é da pérfida Lisboa.
Fotografia: Roubada com amor e carinho à Manuela Vaz - Passo-a-Passo

2 de junho de 2006

In Memoriam - Sílvio Lobo (1912-2006)

Perdi um amigo, daqueles que são quase insubstituíveis.
Silvio Lobo, homem do Norte, da Foz-do-Douro mais precisamente, como sempre frisava, dirigente desportivo do velho Académico do Porto e mais tarde do Clube da Cruz de Cristo, nos seus gloriosos anos 40 do século passado. Homens com a fibra de Silvio, hoje em dia já não há. Era um "bon vivant" na melhor acepção da palavra, musico e fadista amador desde tenra idade e até quase ao fim da vida, teve um vida preenchida, acho que morreu feliz!
Que descanse em paz!