30 de abril de 2005

O mundo de Hitler à beira da concretização?

Via Grande loja, cheguei a este artigo da Associated Press sobre manipulações genéticas com genes humanos e animais.
Esta é uma boa maneira de celebrar o sexagésimo aniversário da morte de Adolph Hitler, cujos "Cientistas" tentaram nos campos de concentração, sem sucesso, a criação do "Homo Aquaticus", o ser humano que respirasse debaixo de água.
Será que a ciencia genética dos nossos dias vai demonstrar que os "Nazis", na realidade, estavam muito avançados no tempo?

Um Abril de águas turvas (2ª Parte)

Na semana passada falei da situação catastrófica dos esgotos industriais de Portugal, 31 anos depois do 25 de Abril. Hoje vamos ver a situação naquele sector que em tempos a ignorância da situação real fez com que fosse considerado a maior vitória da Revolução de Abril – As autarquias locais.
Nos últimos 30 anos as autarquias locais apresentaram-se ao país como o expoente do dinamismo dos tempos da democracia. No caso da rede eléctrica, de abastecimento de água e vias de comunicação assim foi, pois a visibilidade e a mais valia destes investi-mentos traziam muitos votos para a reeleição. Assim que estas infraestruturas básicas forma construídas, as autarquias continuaram o seus trabalho numa óptica de visibilida-de por votos, o que se traduziu na construção de verdadeiros palácios autárquicos, fon-tes luminosas gigantes, e uma infinidade de rotundas.
Aquilo que não se vê, não merece por parte das autarquias quaisquer investimentos, dentro desta categoria encontram-se os esgotos urbanos.

A figura representa o estado das principais bacias hidrográficas no que respeita ao tratamento dos esgotos Urbanos. Este gráfico foi publicado na revista Única do Jornal Expresso do passado dia 19 de Fevereiro, num artigo prosaicamente chamado “Portugal que funciona”
O retrato é alarmante, cerca de três quartos dos esgotos domésticos de Portugal são despejados directamente nos rios sem qualquer tratamento e não existe uma bacia hidrográfica com mais de 30% de esgotos tratados. Isto tudo após pelo menos 15 anos de as autarquias terem tido à sua disposição milhões de euros a fundo perdido.
Mesmo quando uma autarquia investe numa ETAR, fá-lo numa perspectiva meramnete eleitoral. Conheço casos caricatos de uma autarquia ter gasto milhões numa ETAR para esta ser inaugurada com pompa e circunstância num Sábado, véspera de eleições autár-quicas, sem que as canalizações de alimentação dos esgotos e de saída da água tratada existissem, mesmo em projecto. Apenas dois anos mais tarde é que estas canalizações foram construídas, podendo então a ETAR entrar em funcionamento, não sem que antes ter gasto mais uns milhares de euros, em novos equipamentos que substituíram os que se danificaram por terem estado inactivos.

O Estado Português está obrigado pela EU a cumprir determinadas metas no campo do saneamento básico. Estas metas eram em 1998 de 100%. O gráfico acima dá um retrato da nossa desgraça. Dispensam-se comentários
Como corolário destes anos todos de irresponsabilidade do estado, autarquias e demais agentes económicos o resultado é que rios não poluídos em Portugal não existem. 30% deles estão fracamente poluídos e 70% estão fortemente poluídos.

31 anos após o 25 de Abril, está por se realizar a revolução no que diz respeito ao meio-ambiente, pois neste últimos anos estivemos e estamos nas mão de políticos e agentes económicos irresponsáveis, cujos resultados das suas politicas fariam de corar de vergonha o inexpressivo Dr. Salazar.
Também publicado no Café Expresso

As leis são para se cumprir

Um alegado "cineasta" drogado português foi preso no Dubai há cerca de 3 semanas. Sempre que é apresentado ao tribunal vai dentro de uma gaiola e atado de pés e mãos.
A esquerdalhada do Bloco já está a ladrar que se farta. Se o alegado "cineasta" tivesse sido preso por reazar um pai nosso e uma avé-maria (motivo de prisão no Dubai), de certeza que a matilha do Bloco ladraria a pedir a sua prisão perpétua.
Entretando esta ganzado, que segundo dizem está numa prisão com condições péssimas, apesar de telefonar directamente de lá para o telejornal! já obrigou o estado a gastar uns milhares de euros dos impostos que nós Portugueses a muito custo pagamos na tentativa de o libertar.
Faço votos para que os arabes revelem alguma ombridade e que obriguem este ganzado, que conspurcou a imagem do nosso país, a cumprir a pena prescrita pelas suas leis.

28 de abril de 2005

A Bolsa dos Cromos

Imagem: Tabacaria.org

A minha aprendizagem do sistema capitalista começou muito cedo, logo na Escola Primária.
Na escola do Adro, em Matosinhos, quando tocava a intervalo, reunia-se a bolsa dos cromos, na qual se realizavam transacções. Nestas transacções não havia dinheiro envolvido (Na altura, anos 70 também não havia). Existia um complicado sistema de cotações estabelecido com base na dificuldade em obter o cromo pela via normal (Saquetas com 4, ou rebuçados no caso dos futebolistas). Assim sendo o cromo 210 da colecção do Vickie, o Viking, chegou a ser transaccionado por 50 cromos dos mais fáceis. Os valores mais exorbitantes eram alcançados quando o cromo pretendido fechava a colecção.
Em 1974, tive que dar uma equipa completa do Leixões e do Benfica (Dos rebuçados Universal), para obter o cromo do “Big-Boy da Union Pacific” que completou a minha colecção dos comboios. Mas valeu a pena, como fui o primeiro da escola a completar a colecção, a minha caderneta circulou por todos os alunos da escola. Senti-me como o Oliveira se sentiu após ter comprado a PT multimédia.

Nada de novo na Ocidental Praia Lusitana

Marques Mendes recusou dar o apoio do PSD à candidatura do Tio do Taxista suíço. Neste momento não sei se irá tomar a mesma atitude em relação ao inenarrável Major Valentim.
Esta personagem é a partir de ontem, o auto-proclamado paladino das vítimas do sistema de justiça português, tendo voltado a ocupar o seu lugar na liga e metro do Porto (Presidente) fazendo discursos acintosos para a Polícia e Magistrados, sem que ninguém tenha feito algum reparo sequer, e como nós sabemos, quem cala consente.
Valentim Loureiro é a figurinha que melhor representa uma certa classe política local, que age como proprietário do seu concelho, chegando mesmo a condicionar a política nacional do seu partido. O problema é que a raça do Major tem os seus clones nos outros Partidos, tal como Ferreira Torres no PP, Narciso, Felgueiras e Edite Estrela, no PS, só para citar alguns. Infelizmente não se vislumbra no horizonte um Portugal sem estes cromos.

24 de abril de 2005

Licenciamentos e inspecções

Relativamente ao comentário do Raul no último postal, o problemas não está nas aprovações de projectos industriais. O Processo, se bem que lento, funciona bem. O problema reside no facto de quando um industrial decide investir na sua empresa, ao colocar um projecto de licenciamento está automáticamente a entrar na lista das empresas a ser objecto de inspecção por parte da Inspecção-Geral do Ambiente. Geralmente um projecto destes demora tempo a implementar. No caso da empresa onde trabalho e sou responsável, entre outras áreas, pela área do ambiente e licenciamentos, estou a terminar um processo que dura desde 2001 e onde foram investidos cerca de 1,5 milhões de contos, apenas para cumprir-mos integralmente as leis ambientais. No meio deste processo fomos inspeccionados de que resultou uma coima de 25 000 contos, por não dispormos de licença de descarga de águas residuais. O caricato da questão é que não estavamos a poluir, apenas nos faltava o papel. A autorização foi pedida em 1998 e apenas foi concedida em 2004 (6 anos depois), a inspectora, completamente deslocada da realidade, apenas disse que nesse caso teriamos de ter as portas fechadas enquanto não nos tivessem concedido a licença, ignorando o facto de em 1998, a minha empresa ter 100 trabalhadores e em 2004, 750.
Caso não tivessemos realizado o avultado investimento nunca teriamos sido inspeccionados.
Outra situação caricata, do meu conhecimento, foi uma empresa da região de Leiria, que foi inspeccionada durante um dia inteiro e no final foi multada por não possuir um papel, chamado "Registo trimestral de óleos usados". Os óleos usados eram adequadamente tratados, enviados com todos os registos, para empresas devidamente licenciadas para os receber, apenas falatava o registo trimestral. Acontece que o inspector elaborou o seu relatório enquanto, pela janela, admirava a paisagem da zona que abarcava a ribeira dos milagres, com o cheiro nauseabundo das descargas efectuadas pelas suiniculturas.
No caso do vale do Ave/Cávado, a questão é mais grave. Para as empresas têxteis poderem aceder aos fundos europeus sem terem que realizar os investimentos ambientais obrigatórios, foi criada uma figura chamada sistema integrado de tratamento de esgotos industriais, no qual várias empresas de uma região se comprometiam a ligar os seus esgotos industriais a uma ETAR comum, a ser construídano futuro. Poucos destes sistemas foram construídos, e os que foram muito provavelmente não recebem a totalidade dos efluentes industriais, pois como as empresas têm que pagar por metro cubico enviado, a tentação de colocar um By-pass para o rio, aliado a uma fiscalização inoperante é demasiadamente tentadora.
No que respeita aos serviços do ministério da economia, apesar de muito lentos, os técnicos são pessoas responsáveis, que conhecem as dificuldades reias das empresas, e sabem ver quando um industrial realmemte se esforça para dar cumprimento ao quadro legal, ou não. As autoridades ambientais (CCDR) é que funcionam bastante mal, e nem sequer é por incapacidade dos técnicos é simplesmente por falta de meios humanos e de financiamento adequado. Quanto à inspecção-geral, o que acima descrevi diz tudo.

Um Abril de Águas Turvas

No passado dia 19 de Fevereiro o Expresso publicou na Revista “Única”, e inserido num artigo com o título “Portugal que Funciona” um retrato catastrófico dos recursos hídricos Portugueses.
O gráfico seguinte mostra a percentagem de empresas industriais que possuem estação de tratamento de águas industriais (ETAR), depois de vários anos em que milhões de euros foram colocados à disposição das empresas e autarquias para o investimento em sistemas de controlo ambiental, nomeadamente as tão faladas ETAR.

No vale do Ave e Cávado apenas cerca de 7.5% das empresas tratam as suas águas industriais. A indústria maioritária nesta zona é a indústria têxtil. Por este motivo é possível conhecer antecipadamente cor da moda na próxima estação através de uma mera observação da cor das águas destes dois rios. Nas bacias hidrográficas do Douro e Vouga, a situação é também confrangedora. Apenas na bacia hidrográfica do Tejo a maioria das empresas trata os seus efluentes industriais. Mesmo assim não deixa de ser uma situação medíocre.

No entanto este gráfico não nos dá apenas o estado das nossas bacias hidrográficas, ele mostra um retrato regional da indústria Portuguesa. Uma empresa que gera efluentes líquidos altamente poluentes e não os trata é uma empresa que possui uma gestão deficiente, virada para o lucro fácil e rápido, sem respeito pelo meio-ambiente e muito provavelmente sem respeito pelos seus próprios trabalhadores. Em muitas empresas a salário pago é muitas vezes inferior ao salário mínimo nacional. Esta prática configura uma prática de “Dumping” social e ambiental, onde as primeiras vítimas são as poucas empresas (7.5%) que investiram em sistemas de controlo ambiental, que investiram também em equipamentos de tecnologia de ponta e provavelmente possuem uma melhor gestão de recursos humanos. A existência de uma Inspecção-geral do Ambiente que ignora a existência das empresas, inspeccionando apenas as empresas cumpridoras, faz com que as empresas prevaricadoras não sintam qualquer incentivo em investir em sistemas de controlo ambiental que onerariam a sua estrutura de custos.

No vale do Tejo, o número de empresas que possuem ETAR (53%) é medíocre, apenas nos diz que no cômputo global do país, é nesta região onde estão as empresas industriais de ponta e com os melhores métodos de gestão. Em média, os ordenados pagos no vale do Tejo são superiores aos que são pagos nas restantes regiões industriais.
Postal publicado no Café Expresso

23 de abril de 2005

Mailing-List

Afinal, a tão propalada lista dos agentes e informadores da PIDE era apenas uma "Mailing List". A Lista foi entregue, um dia depois do conclave de Roma, ao arquivo da Torre do Tombo, pelo curruptor-mor da República.

Quer ver que o António "Mentiroso" Arnaut e seus capangas, acreditaram mesmo que D. José Policarpo iria ser eleito Papa?

22 de abril de 2005

O Choque

Cuidado com o Choque Tecnológico

Inspeccione as suas tomadas!

Enterrar a cabeça na areia

Caro J. Sarto

Eu sei que os nossos pontos de vista sobre o Papa Bento XVI são diametralmente opostos. Você acha-o progressista, eu considero-o um imobilista face aos grande desafios que a igreja católica tem pela frente.
Ratzinger é o responsável pelos pontos mais negativos do pontificado de João Paulo II. O seu conservadorismo, sobretudo no que diz respeito ao excesso de zelo que representou a perseguição implacável à teologia da libertação, teologia essa, que necessitava, é certo, de certas correcções na rota, mas nunca a sua completa desautorização e excomungação. Esse facto fez com que a Igreja Católica se imobilizasse na América latina (onde vivem a maioria dos católicos no mundo), perdendo o estatuto de defensora dos pobres, excluídos e ostracizados das suas sociedades o que escancarou as portas às religiões evangélicas, que a troco de “milagres” a feitio e paraísos por dez reis de mel coado, conseguiram que últimos 25 anos a igreja católica Brasileira passasse de uma implantação de 98% para 75%, o que correspondeu a uma perda de cerca de 50 milhões de fiéis. Isto tudo aconteceu durante o pontificado de João Paulo II, que foi o Papa mais carismático do Século XX, possuidor de uma dicção envolvente e carinhosa, que arrastava multidões de crentes, e não só, atrás de si.
Bento XVI não é carismático, a sua voz fina é o oposto da voz quente e envolvente de João Paulo II, os evangelistas da América latina devem dar graças a deus, pois muito provavelmente conseguirão que o Brasil deixe de ser um país maioritariamente católico numa curto espaço de tempo.
Mas não é só na América Latina que a Igreja Católica se depara com um futuro pouco promissor. Apesar de João Paulo II ter conseguido difundir um enorme entusiasmo entre a juventude europeia, sobretudo nas suas viagens, verificava-se que apesar de genuinamente católicos, esses jovens europeus frisavam bem que eram “católicos à sua maneira”. Ou seja, não secundavam o Pontifice em muitas das suas determinações. O que explica a abrupta queda nas vocações e a diminuição na frequência nos serviços religiosos verificada no último quarto de século.
Mas o desafio europeu não está só na juventude. A Europa é um continente perdido, completamente entregue a uma laicidade dominante, e aqueles que não se revêem nesta laicidade não procuram a igreja católica, procuram o Islão, ou nos países em que o Islão está praticamente ausente, os evangelistas Sul-Americanos.
Hoje no Público (sem direito a link), Tymothy Garton-Ash, coloca o dedo na ferida:
“Entretanto, tanto a imigração como o projectado alargamento da União Europeia estão a transformar o Islão na fé mais dinâmica e com maior crescimento na Europa. Em Berlim, por exemplo, o Islão é a segunda maior confissão activa depois dos protestantes mas antes dos católicos.
Joseph Ratzinger tem todo o conservadorismo de João Paulo II, sem nenhum do carisma. Pode ser encantador, arguto e convincente no debate intelectual. Mas para uma audiência mais ampla a sua voz suave e muito colocada e os seus tranquilos gestos professorais não conseguem comparar-se com os dotes comunicacionais do grande actor que foi o seu predecessor.
(Bento XVI) pode viver para ver como será a UE em 2015. Esta Europa será seguramente mais islâmica nas suas regiões mais pobres e mais laica nas suas regiões mais ricas. Se será uma Europa melhor é outra questão.”


Partilho a visão de Garton-Ash sobre a Europa de 2015, mas eu não tenho dúvidas, essa Europa será uma Europa infinitamente pior.
Esperava que os cardeais do conclave tivessem tido isso em conta, infelizmente em vez de avançar para o futuro, aproveitando o grande trabalho de João Paulo II, que apesar de criticar certos pontos do seu pontificado, considero o maior Papa do Século XX, preferiram fazer como a Avestruz.
Perdem eles, perdemos todos nós.

19 de abril de 2005

Não perdem tempo

Habemus Papam

Foto: CNN

Ratzinger Papa????

Bento décimo sexto????

Os gajos Passaram-se?????

18 de abril de 2005

Para o Avental Saridon

O anónimo cobarde que se esconde sob o pseudónimo "Saridon" escreveu este comentário no post anterior:

"Desculpa la...podes ter a tua razão..que a tens..mas não fui eu que escrevi a mensagem acima..não faço ameaças a ninguem...tenho a minha opinião e coloco-a..mas não provoco para a arruaça. Não tenho culpa que se permita a utilização de nickes de uns e outros...se quiser tambem posso entrar como luis bonifacio e colocar tudo ao contrario..clar que não o vou fazer..ms pode-se fazer...como fazem com o saridon..é assim. Como podes vêr na minha mensagem ao balbino..não o provoco..digo-lhe o que penso dele com correção"

este comentário pretendia ser um desmentido ao comentário assinado pelo Sr. "Saridon" colocado às 15h04 e que rezava assim

"Este Bonifácio tá a pedi-las, ó se tá. Leva com uma esfregona nas ventas que fica logo a saber o queé pertencer à quadrilha do Babuíno. 04.18.05 - 3:04 pm"

Pelo menos uma coisa é certa, o anónimo "Saridon" não é uma pessoa versada em Informática, pois se o fosse saberia que quando se deixa um comentário, fica sempre um rastro. Este rastro chama-se número IP e representa o número da ligação net do PC onde foi escrito o comentário.
O IP da mensagem das 15h04 é IP: 212.113.164.102
O IP do comentário deixado às 21h26 é: IP: 212.113.164.102

isto quer dizer que ambas as mensagens foram originadas no mesmo PC, pelo que o desmentido das 21h26 é uma absoluta mentira, destinada a lançar areia para os olhos dos leitores do meu blogue.

Agora meu caro "chihuahua que ladra mas não morde" "Saridon", se leu alguma coisa do meu blogue, saberá que eu sou uma pessoa que defendo os meus ideais sem nunca ter a necessidade de ameaçar quem não concorda comigo, aliás a maior parte dos meus amigos bloguistas nem sequer concorda comigo, mas não me obrigue a fazer uns telefonemas, para saber a que morada e a quem pertence o IP: 212.113.164.102.

Aconselho-o que hoje á noite se lembre das lições de boa educação que os seus pais lhe deram, e que você na altura não ouviu. Antes tarde que nunca!

17 de abril de 2005

Sol Português

Em Portugal o sol quando nasce não é para todos.
António Caldeira está a ser alvo de um processo por ter publicado excertos de peças em segredo de justiça do processo Casa Pia. As peças estavam em segredo de justiça para o nome das testemunhas não podesse cair no domínio público.
António Caldeira publicou as peças omitindo sempre o nome das testemunhas, mesmo assim Souto de Mouro ordenou a abertura de um inquérito, inquérito esse que terminou recentemente com a acusação de António Caldeira.
Tudo estaria bem neste jardim à beira-mar plantado se não andasse por este mundo virtual uma personagem sinistra, de nome Van Krieken, que publica, impunemente, peças processuais (escutas) com a indicação clara do nome das tetemunhas, numeros telefónicos inclusivé. Neste último caso, a justiça mantém-se muda e queda, Souto de Moura não revela, em relação a Van Krieken, a mesma preocupação que teve com António Caldeira.
Enfim,todos os Portugueses são iguais mas quem tem "avental" (Ou para eles trabalha) é mais igual que outro.

16 de abril de 2005

Ontem e hoje

No século XVII e XVIII, flui para Portugal, vinda do Brasil, uma fortuna sob a forma de ouro e diamantes. Toda essa fortuna foi gasta em obras faraónicas, compradas sobretudo nos paises estrangeiros, e o pouco que foi bem investido, desapareceu nas invasões napoleónicas. Desse tempo restam apenas Palácios, Conventos, Igrejas e Aquedutos. As enormes fortunas ganhas nessa altura, desaparecerampouco depois. Quem se lembra hoje em dia de Farrobo, de Henrique Burnay, etc...

Hoje em dia, desde há 20 anos atrás, flui para o nosso país uma fortuna, vinda da Europa, sob a forma de fundos Europeus (Em quantidade bastante superior ao ouro do Brasil em valores actuais). Toda esta fortuna foi gasta em obras faraónicas, centros culturais enormes, industria que já se sabia não ser viável, bens de equipamento estrangeiro. Os pouco empresários que os usaram para efectivamente melhorar as suas empresas, apenas o fizeram para as venderem por um bom preço, ao primeiro espanhol que viram.

Tal como há 200 anos atrás arriscamo-nos a que no futuro, apenas subsistam o Centro Cultural de Belém, a casa da músico, uns quantos estádios, umas pontes e auto-estradas.

Texto publicado no Café Expresso

13 de abril de 2005

Lição 20 - Mais nenhuma ambição territorial (Keine Weiteren Territorialen Forderungen)

A Saga dos 3600 nomes

Eu, tal como uma grande parte do país assistiu incrédulo e surpreendido com a notícia em que se entrevistava o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano e este anunciava a descoberta de uma lista com 3600 nomes de ex-agentes da PIDE/DGS, seus informadores e, como o Buíça-mor bem frisou, de Padres informadores da PIDE.

A notícia, na realidade não é notícia nenhuma, é pura e simplesmente um acto de chantagem. Contra quem? Não sei! Mas o chantageado já sabe.

Outra coisa não seria possível. Sendo a maçonaria uma organização que funciona com um elevado grau de secretismo, vem anunciar que, numa das suas raras cerimónias públicas, um dos seus membros anuncia alto e bom som, que possui essa sensível lista!!!

Mas os Buiças acham que nós somos uns lorpas ingénuos para acreditarmos nesta patranha?????

Quem será o objecto desta chantagem?
Quem é que está a incomodar os Buiças? Ou quem é que num futuro muito próximo poderá ascender a um alto cargo, cargo esse bastante incomodativo para a expansão dos “ideias” do G.O.L.

9 de abril de 2005

Bolinando

Bolinar é a arte de navegar contra o vento. A Caravela Portuguesa foi o primeiro navio de médio porte a conseguir fazê-lo, e esse facto abriu as portas da era dos descobrimentos, o qual foi o ponto de partida para uma epopeia humana, que teve o seu ponto mais alto em Julho de 1969, com a chegada do primeiro homem à lua, mas que ainda não terminou.
Iniciei com este texto sobre a volta da mina - Uma "bolina" histórica" a minha participação no Café Expresso, um blogue semanal que congrega um grupo de amigos que se conheceram na Blogoesfera, dos mais diversos quadrantes geográficos (Norte, centro, sul até Paris de França) e politicos, desde o Pedro Guedes até à fadista Valéria Mendes (que pareçe ser a favorita do
Buiça) deste jardim à Beira-Mar plantado.

Os redactores do Café expresso, para além de mim, são:

Zé do Telhado do
Tá de Chuva
Francisco Nunes do
Planicie Heroíca
Golfinho do
Golfinhu2
José Gonçalves do
Bloquisto
Manuela do
Passo a Passo
Maria do
Puta de Vida
Paulo Querido do
O Vento lá fora
Pedro Guedes do
Ultimo Reduto
Inês F do
Teacher
Raúl do
Congeminações
Thita do
ABC dos Miúdos
Valéria Mendes do
Fadista Valéria Mendes
Vitriólica do
Internet para as domésticas já
Wind do
Webclub

8 de abril de 2005

Do lado certo da Barricada

O meu amigo e colega da Blogoesfera, António Caldeira viu ser contra si, deduzida acusação relativa à publicação no seu blogue, de peças processuais relacinadas com o processo casa pia, que se encontravam em segredo de justiça, motivado pela necessidade de protecção da identidade das vítimas.
Esta celeridade no sistema de justiça português é verdadeiramente estranha, e pouco tem a ver com a eficiência do Tribunal de Alcobaça, como a celeridade do processo Farfalha em Ponta Delgada tem mais a ver com a ausência de arguidos "de peso" ou que usam aventais fora da cozinha, que propriamente com o sistema de funcionamento do Tribunal de Ponta Delgada em si mesmo.
O mais estranho disto tudo é que António Caldeira não divulgou nada que já tivesse sido divulgado anteriormente. António Caldeira omitiu sempre o nome das testemunhas acusadoras, exactamente ao contrário de um alegado jornalista, personagem sinistra de nome Van Krieken, que publicou as peças processuais indicando claramente o nome das testemunhas, o que permitiu aos seus amigos “Buiças” e outros biltres, exercerem coação e ameaças sobre as mesmas.
Van Krieken nunca foi acusado de nada e continua impunemente, pois de tão boa protecção goza, a publicar peças asquerosas em defesa dos importantes pedófilos que se encontram neste momento, a contas com a justiça.

António Caldeira é o primeiro bloguista em Portugal a ser objecto de uma acusação que procura cercear o inegável direito de liberdade de expressão bem como o direito que qualquer cidadão nacional tem, de fazer todo o que lhe é humanamente possível para que esta sociedade em que vivemos seja um pouco mais justa e deixe de estar às ordens de uma mão cheia de Banqueiros, Advogados e Aventais.

A luta de António Caldeira é uma luta que diz respeito a todos os membros da Blogoesfera, pois a liberdade de expressão que aqui se respira está a incomodar muitos interesses instalados e é fundamental que eles não ganhem nem mais uma vez.

O verdadeiro Problema

Li num editorial do Jornal de Negócios, escrito pelo sempre incisivo Sérgio de Figueiredo.
Citando Krugman - «Pop Internationalism»
«Os EUA foram ameaçados quando a Coreia começou a produzir melhores carros, não por ter perdido quota no mercado automóvel, mas por os americanos terem passado a pagar mais caros os pijamas que compravam aos coreanos».
e
O problema português é que ainda fabrica pijamas a mais e automóveis a menos.”
Sérgio Figueiredo – Jornal de Negócios
A frase de Sérgio Figueiredo, apesar de ser uma evidência de La Palisse, não é 100% correcta, pois o Problema Português é que há mais de 20 anos sabia que tinha de fabricar menos pijamas e mais automóveis e pouco, ou nada, fizemos (Governo e agentes económicos) para resolver isso.

Distinta Lata

Li com espanto a entrevista do ex-bastonário da ordem dos advogados ao Jornal de negócios. Abri a minha boca de espanto, pois nunca em 30 anos de democracia, e já agora em 48 de ditadura, assisti a tamanha chantagem e desfaçatez por parte de um mero elemento da sociedade civil, é preciso ter lata, e já agora umas “costas bem quentes”. Há perto de 40 anos, um ministro da justiça de um governo do Dr. Oliveira Salazar (Soares Martinez), assinou sem saber a sua demissão, quando escreveu “A lei está na ponta da minha caneta

Aconselho a leitura destes postais, um de José Adelino Maltez e outro do Manuel da Grande Loja
E Sócrates Fica-se?

5 de abril de 2005

3 de abril de 2005

Sandálias do Pescador

Morreu ontem João Paulo II, provavelmente o maior Papa do Século XX, conjuntamente com João XXIII.
Não concordei com todo o seu longo pontificado, não concordei com a protecção dada à organização sinistra chamada "Opus Dei" e à perseguição feita à Teologia da Libertação e à rigidêz de opiniões relatimvamente ao uso do preservativo numa é poca em que a Sida grassa em todo o mundo.
Mas João Paulo II foi um campião da liberdade, principal obreiro da queda das ditaduras comunistas do leste europeu e por arrastamento de uma onda de liberdade que varreu todo o mundo, com particular destaque na América Latina, que o fim do bloco de leste também libertou dos ditadores de opereta protegidos por Washington.
João Paulo II foi o papa do diálogo ecuménico, o primeiro pontifice a ser convidado a entrar numa mesquita e na própria catedral de Cantuária, desde que Henrique VIII inventou a igreja anglicana para se poder divorciar.
João Paulo II foi o papa que pediu desculpa pelos excessos passados do catolicismo e sobretudo ao povo judaico. Também foi o Papa que ao fim de 300 anos, indultou Galileu da sua condenação pelo Santo Oficio.
Por tudo isto e muito mais João Paulo II deixou uma marca na História que será lembrada para todo o sempre.
Que descanse em Paz

1 de abril de 2005

Execrável

EXECRÁVEL, é o que me apetece dizer do arraial jornalístico que se vive hoje na Praça de São Pedro em Roma, onde hordas de jornalistas se acotovelam para poderem reclamar o título de ser o primeiro a dar a notícia da morte do Santo Padre. Hoje entre as 18 e as 20h, a CNN anunciou por duas vezes a sua morte, prontamente repetida pelo seu papagaio de Chelas como costuma acontecer por estas ocasiões.