30 de abril de 2006

Passeio de Domingo

Aproveitando este domingo de primavera, desloquei-me até ao Alentejo. Ao fim de 8 anos voltei a visitar as ruínas romanas de São Cucufate, bem próximo da Vidigueira.
Fiquei bem impressionado com o que encontrei.
Há 8 anos atrás as ruinas estavam quase ao abandono, na realidade estacionava-se o carro quase em cima delas.
Hoje em dia, as ruínas esão vedadas e bem protegidas, existindo mesmo salas de apoio à visita com meios audio-visuais bastante completos.
Não existem guias para acompanhar a visita, contudo, existem alguns guardiões de São Cucufate que por meia dúzia de "festas" acompanharão a totalidade da nossa visita.

29 de abril de 2006

Carta aberta

Por ser um problema que se arrasta nesta país há muitos anos, e por, até agora, pouco ou nada se fez, publico aqui a carta aberta ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, enviada por Manuel João Ramos.

Exmo. Senhor
Prof. António Carmona Rodrigues
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Exmo. Senhor.
Como V. Exa. deverá já ter conhecimento, uma menina de 8 anos, de nome Rafaela, foi ontem atropelada mortalmente quando atravessava a Av. de Ceuta, numa passadeira.
Lamentavelmente, esta tragédia não é, nem para nós nem para V. Exa., nem para a maior parte dos lisboetas, surpreendente.

Esta era uma morte temida, mas esperada.

Dir-se-á: o motorista de táxi deveria ter circulado com precaução.
Dir-se-á: é necessário colocar ali radares de controlo da velocidade e criar medidas de acalmia de tráfego.
Perguntamos nós: quem foram os políticos e os técnicos da autarquia de Lisboa responsáveis pela construção de duas urbanizações gémeas cortadas por uma via rápida com mais de 30 metros de largura?
E perguntamos nós ainda: será que os políticos e técnicos hoje responsáveis pela gestão do trânsito da cidade dormiram tranquilamente até hoje, sem ter resolvido urgentemente a situação de absoluta insegurança dos peões que atravessam a Av. Ceuta?


É que não era necessário proceder a estudos de identificação de pontos negros. Os moradores da zona já tinham, por diversas vezes alertado a CML para o perigo daquela travessia. A ACA-M, na sua campanha “Vamos acabar com os pontos negros”, já tinha enviado requerimentos à CML, pedindo a resolução do problema.

É terrível constatar que as autoridades só costumam agir sobre os pontos negros que criam depois de alguém neles falecer e de a comunidade exprimir a sua comoção. Não deveria ser esta a postura dos políticos ou dos técnicos face aos cidadãos que se comprometeram servir.
Mas mais inaceitável é mesmo não agir imediatamente sobre uma situação de risco, para prevenir novas tragédias.


Por isso, quando faleceram duas jovens na Av. 24 de Julho, em Novembro passado, a ACA-M veio pedir celeridade na resolução de um problema criado pela autarquia, ao licenciar bares de divertimento nocturno nas bermas de uma via rápida.

Por isso, vimos hoje pedir assunção de responsabilidades, celeridade na busca de medidas provisórias e coerência na elaboração de medidas definitivas para a resolução do ponto negro que é a travessia entre os Bairros do Cabrinha e do Loureiro.

Neste sentido, vimos convidar V. Exa. a deslocar-se connosco à Av. Ceuta para a atravessar – como peão – na passadeira fatídica, no dia 4 de Maio, às 11 horas, para ficar a conhecer o conjunto de propostas de acalmia de tráfego que pretendemos apresentar nesse dia, numa conferência de imprensa que iremos convocar para o local, e para depositar connosco uma coroa de flores nas imediações do local da tragédia.

Confiantes que V. Exa. será sensível à bondade deste convite, solicitamos que nos contacte, para o n.º 919 258 585, para informar da sua decisão de o aceitar, ou não.

Com os melhores cumprimentos
Manuel João Ramos
Direcção da ACA-M


Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados
Av. 5 Outubro, 142, 1º Dtº
1050-062 Lisboa
PORTUGAL

Tel.217 801 997
Fax: 217 801 998
Telemóvel: 919 258 585
<
aca-m@aca-m.org>
<
www.aca-m.org>
<
www.estradaviva@org
<
www.sobreviventes.org>
Member of the European Federation of Road Victims <
www.fevr.org>

25 de abril de 2006

Evocação

Neste dia 25 de Abril a melhor evocação que se pode fazer não é a da Revolução dos Cravos, é a evocação de Giuseppi Tomasi di Lampedusa (1898-1957).

"É necessário que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma"

22 de abril de 2006

Viagens

Meteora(Grécia) - Vista do Mosteiro de Roussanou- Outubro 1987

A propósito de comentadores e comentários

José Pacheco Pereira, aquele que disserta na blogoesfera sobre o "Papel" e no papel sobre a Blogoesfera escreveu há alguns dias um artigo sobre a "fauna dos comentadores".
Apesar de em alguns pontos até ter razão, nota-se, no seu texto, uma certa raiva inexplicável, tratando todos os comentadores como se fossem profissionais do insulto protegido pelo anonimato. Pelo que leio em muitos blogues, os comentadores "profissionais do insulto" são até uma insignificante minoria. A grande maioria são pessoas que emitem as suas opiniões, válidas ou não consoante os pontos de vista de quem lê, mas a blogoesfera é assim e os comentadores fazem parte dela.
Resumir os comentadores a
é profundamente redutor e revela uma grande desatenção. De uma maneira geral numa discusão na caixa de comentários pode aparecer um ou outro comentador parvo, que cai na definição de JPP, mas de uma maneira geral, estes ficam sempre mal, mesmo entre aqueles que não concordam com a visão do subscritor do postal em discussão.
Este paragrafo é ainda mais estranho, pois das minhas viagens na blogoesfera, assisti a esta situação durante meses, na caixa de comentários do "Do portugal Profundo" de António Caldeira, presumo que JPP também a deve ter assistido. No entanto JPP nunca se referiu a ela em altura própria, e ignorou olimpicamente o julgamento de António Caldeira (Quem cala consente), onde os "comentadores anónimos" compareceram em força a apoiar António Caldeira, mesmo aqueles que com ele discordavam.
JPP incomoda-se com os comentadores da blogoesfera portuguesa, então dedique algum do seu "precioso tempo" a ler estes comentários num blogue de utilizadores de um parque de Brooklin (Lido no Diário de Lisboa), isto sim é uma discussão estúpida, reveladora de que o Politicamente Correcto é o Nazismo do Século XXI, muito pior que qualquer comentador da blogoesfera lusa, mesmo aqueles que insultam.
A história é muito simples e, para uma pessoal normal perfeitamente inócua, mas nos Estados Unidos parece que quem é normal "está à pega". Uma frequentadora do parque (Park Slope)encontrou um chapéu no parque e, diligentemente, colocou o aviso no blogue de utilizadores.
Date: Mon, 20 Mar 2006 12:25:27 -0500 (EST)
Subject: Found: boy’s hat
Hi: Friday, at the corner of 11th street and 8th ave, adorable navy blue or maybe black fleece hat with triangles jutting out ofit of all different colors. Sorry did not post right away. For older child.
Helene
A Helene não chegou a ser fuzilada, mas pouco faltou:
Date: Mon, 20 Mar 2006 17:34:48 -0500
Subject: RE: Found: boy’s hat
Helene,
I’m sorry, I know that you are just trying to be helpful, but what makes this a “boy’s hat”? Did you see the boy himself loose it? Or does the hat in question possess an unmistakable scent of testosterone?
It’s innocent little comments like this that I find the most hurtful…
What does this comment imply about the girl who chooses to wear just such a hat (or something like it)? Is she doing something wrong? Is there something wrong with her?
Lisa.
Os comentários chegaram às centenas, e já existe um grupo de discussão dedicado ao chapéu (ParkSlopeParentsDiscussingBensHat@yahoogroups.com)

21 de abril de 2006

Windows upedaites

Esta pôrra do Windows está a eriçar os meus cabelos!
Agora, sem mais nem porquê, sempre que entro em blogues, aparece-me uma irritante janela a dizer "clique para ativar o controlo ActiveX nesta página web". Só no Nova Floresta aparecem 7!
Como é que eu me vejo livre destes torpedos de Seattle?
E Não se pode exterminá-los?

20 de abril de 2006

Viagens

Meteora(Grécia) - Mosteiro de Roussanou - Outubro 1987

18 de abril de 2006

Alberto Costa - Mediação Imobiliária S.A.

O Governo anunciou que irá retirar as prisões do meio urbano.
Está prevista a alienação dos edifícios da penitenciária de Coimbra, Lisboa e Pinheiro da cruz e sua transferência para locais nas periferias desses “grandes centros urbanos”.

Penitenciária de Lisboa

Se tivermos em atenção os rumores sobre as condições degradantes em que se encontram os presos tanto na penitenciária de Coimbra ou Lisboa, tornando estes estabelecimentos em verdadeiras universidades do crime e em pontos de irradiação de preocupantes doenças contagiosas, até poderemos concordar com a ideia.

Zona da Penitenciária de Coimbra

O lucro será enorme, pois os condomínios a ali serem construídos possuirão uma bela vista, para o parque Eduardo VII e para a Universidade de Coimbra

Mas considerar Pinheiro da cruz como uma penitenciária inserida num meio urbano, é pura e simplesmente chamar aos Portugueses de Parvos. Pinheiro da Cruz é a todos os níveis uma prisão modelo, bem gerida, onde os presos trabalham, contribuindo assim para a sua recuperação, onde se produz um excelente vinho. Pinheiro da Cruz é talvez a única prisão em Portugal onde os primeiros a dizer bem dela são aqueles que lá cumpriram pena.

Pinheiro da Cruz

O Costa da Justiça não tem jeito para ser ministro, para além de achar que uma área densamente povoada é uma floresta, quer esta seja de betão (Coimbra e Lisboa), quer esta seja de Pinheiros Bravos. Isso não interessa! Para o Costa se é floresta, logo é uma área urbana.

Sabíamos que o Costa tem jeito para “dar à língua” e para “carregar malas”, agora ficamos a saber que também tem jeito para mediador imobiliário, anunciando condomínios fechados nas grandes cidades e aldeamentos turísticos na costa alentejana

Fotografias do Google Earth

16 de abril de 2006

Páscoa Feliz

14 de abril de 2006

O Massacre de Lisboa

Tenho acompanhado com particular interesse o debate que por aqui se vai travando acerca do massacre de Lisboa de 1506. Partilho em particular da opinião do Miguel do Tempo dos assassinos, e acho que não vale a pena, hoje em dia, verter lágrimas sobre leite derramado. O que se passou em Lisboa há 500 anos atrás foi fruto de condições específicas da própria época. Época essa dominada pela superstição, por uma interpretação literal dos livros sagrados e pela ignorância analfabeta de mais de 95% da população que a tornava presa fácil de clérigos pouco menos ignorantes que o povo e por uma nobreza com pouco carácter e muito ávida de riqueza alheia.
O que aconteceu há 500 anos não é comparável ao que se passou na Europa Central há 60 anos atrás. Comparar ambos é fazer ponto e contraponto ao mesmo tempo.
Se em Lisboa o massacre se deveu à superstição, religião e ignorância. Há 60 anos, o conhecimento, o desenvolvimento cultural, a ciência e o racionalismo produziram o mesmo efeito, mas muito mais amplificado, para mal de 6 000 000 de pessoas.

O Portugal de Hoje, não é o Portugal de 1500, mas o facto é que ainda vivemos debaixo das consequências do que se passou em 1506. O massacre de Lisboa, foi o ponto de partida para a decadência em que ainda nos encontramos, esta é a cruz que carregamos desde então. É uma cruz extremamente pesada e por isso não vejo porque temos de pedir desculpa.
O massacre dos Marranos foi o massacre de uma elite fundamental do Portugal de 1500, pilar mestre do império marítimo português. Sem as suas capacidades de financiamento e gestão, o império português entrou em decadência. Com o massacre de 1506 lucraram os dois países onde se refugiou a comunidade judaica portuguesa, A Holanda, até então um mísero pântano, ergue em menos de 100 anos um enorme império marítimo o qual perdurou até meados do século passado. O Império Otomano, que atinge o seu apogeu em menos de 100 com Solimão o Magnifico, que apoiado pelos Judeus expulsos de Portugal, quase impôs o seu domínio a toda a Europa central.
A colocar uma vela, colocá-la-ei por Portugal pois ele foi a maior vítima do massacre de Lisboa, tal como a Alemanha foi a maior vítima do Nazismo e irá carregar a sua cruz pelos séculos vindouros, tal como nós carregamos a nossa (basta ler a caixa de comentários do Lutz).
Isto não invalida o excelente trabalho que o Nuno Guerreiro tem feito relativo a este tema. Não nos devemos esquecer das páginas negras da nossa história e daquilo que as causou, pois apenas assim evitaremos repetir os mesmos erros. Pedir desculpa não vale a pena, o tempo não volta para trás, e a sensação de estarmos desculpados é a melhor maneira de não vermos onde erramos.
NOTA: Até houve quem achasse que por de trás da intenção do Nuno, se esconderia qualquer "perfida" intenção. Quem, como eu, acompanha a Rua da Judiaria há mais de dois anos, sabe que a única intenção do Nuno era apenas "não esquecer".
Outras leituras sobre o tema no:

9 de abril de 2006

Um Tesouro Escondido

Lisboa é uma metrópole que não cessa de me surpreender.
São os pequenos recantos das vilas operárias da Graça, são tesouros escondicos em sítios onde passamos todo os dias e que nem suspeitamos o que se passa para lá das suas 4 paredes.

Durante anos admirei este resquicio da arquitectura do século XIX, na zona de Santa Apolónia, mesmo em frente ao museu militar.
Por fora pouco movimento se vê, apenas um painel de azulejo nos informa que ali se situa a Associação Protectora da Primeira Infância.

O nome pouco ou nada nos dis, mas na realidade a APPI é a associação que tutela o bem conhecido Refúgio Aboim Ascenção de Faro.
Neste edificio, porém o tesouro escondido é outro. Um estábulo, onde cerca de 10 vacas leiteiras fornecem todos os dias leite para ser distribuído pelas crianças carenciadas da zona e que se encontram inscritas na APPI.

O estábulo pode ser visitado todos os dias entre as 16h00 e as 18h00, onde se pode assistir à ordenhas das vacas, ou se tiver sorte a assistir ao parto de um bezerro, como aconteceu hoje de tarde.
Convém no entanto apressarem-se, pois o único estábulo no centro de Lisboa, vai encerrar dentro de dois meses, após mais de 100 anos de bons serviços, para dar lugar a um refúgio para crianças abandonadas, similar ao que existe em Faro.

Direcção Única

Aqueles que tão falsamente se julgam iluminados para cantar em público o colectivismo como única solução, das duas uma: ou não sabem o que dizem ou então sabem-no muito bem. Se não o sabem são míopes, e se o sabem são de recear.


[...]A direcção única não é assim uma coisa tão recente como toda a gente o pode imaginar à primeira vista. Muitíssimo antes de haver automóveis, carruagens e carroças, muitíssimo antes mesmo de ter sido inventada a própria roda, já havia no mundo a direcção única.

Ela data já daquele dia memorável em que Deus, depois de ter criado o Mundo, deu a alternativa ao Homem.
Mas entre Deus e o Homem há uma diferença dos diabos.

Entregou Deus ao Homem o nosso planeta inteirinho, com todas as suas maravilhas, com todo o esplendor de todas as suas múltiplas fortunas, e ao confiar-lhe desta maneira todas as riquezas da terra, disse-lhe:
- Toma para ti, tudo isto tem uma direcção única.

E levou ao máximo a sua lealdade de Deus para com o Homem, avisando-o como bom e verdadeiro amigo, de que havia também direcções proibidas e, por conseguinte, que tivesse muito cuidadinho com elas.
[...]
A impossibilidade de pôr a vontade de cada um onde há outras, onde estão todas as vontades do Mundo.

Adão e Eva, e Abel e Caim, ainda não morreram, estão ainda aqui neste mundo, são os nossos nomes próprios, minhas senhoras e meus senhores.

Na humanidade há pelo menos todas as maneiras de ser, de modo que o humanamente lógico é deixar viver todas as maneiras de ser.
Respeitemos a própria realidade. Não raciocinemos contra o próprio raciocínio:
[...]
Referimo-nos lealmente neste momento e alguns sábios (assim lhes chamam ainda os da sua laia) a que vêm a público com uma autoridade, que ninguém sabe como a têm nem quem lha deu, e dizem frases importantes e definitivas como estas:
O individualismo morreu.
Estamos na época colectivista.
Ora, isto é falso. Nem o individualismo morreu nem o colectivismo ganhou. Nem o individualismo pode morrer nunca nem o colectivismo pode jamais sair vencedor por esmagamento do individualismo.

Excertos do Discurso "Direcção única" de Almada Negreiros lido no Teatro D. Maria II em 9 de Junho de 1932.

A ler na íntegra no Portal da História

8 de abril de 2006

Um Conselho

Caro Jorge Nuno!
Eu sei que és mais velho do que eu.
Mas mesmo assim deixa-me dar-te um conselho.
Não sabes tu, que a uma mulher
não se bate, nem com uma flor!


ATIRA-SE LOGO O VASO À CABEÇA!

1 de abril de 2006

Yin e Yang

Para cada Yin tem de existir um Yang, se tal não acontecer ao Yin resta apenas o esquecimento.

Alguém se lembraria deste senhor.

Se este
Não lhe dedicasse um Manifesto?

E hoje em dia, lembra-nos-iamos nós de Almada, se Dantas não existisse?

No ínicio do século XX, Eça, Camilo e até Dantas não eram os escritores que mais vendiam! Esse título ia inteirinho para João Grave a par com Carlos Malheiro Dias.

Hoje em dia Carlos Malheiro Dias não passa de um "caramelo" qualquer, que escreveu uns prefácios para Aquilino Ribeiro.

E João Grave quem é? Perguntam os Leitores!

Haverá por aí algum leitor vivo
?

O que me vem à cabeça a propósito de uma providência cautelar

5 metros



O Vale do Tejo e Sado caso o nivel do mar aumente 5 metros

Informação do Diário de Lisboa, disponivel via googlemaps

Aniversário

Com muito Dolo mas com uma periodicidade pouco eventual, o Dolo Eventual faz hoje um ano (não é mentira).
Parabéns ao Pedro Cardoso, ao David Afonso, à Graça Cardoso, ao Cristóvão Neto, ao Adriano Teixeira e à nova contratação, José Raposo que assim continuem por muito mais tempo.

NOTA: Isto pedia uma jantarada bem regada!