31 de maio de 2005

640 730 822 €

Este número, de acordo com o Orçamento Geral do Estado para 2005, e postado na Grande Loja, representa a dotação orçamental dos gabinetes dos ministros acrescidos dos gabinetes dos ministros da República da Madeira e Açores
A divisão percentual desta verba, é a seguinte:
32.9% - Gabinete do Ministro da República dos Açores;
32.1% - Gabinete do Ministro da República da Madeira:
24.9% - Gabinete do Ministro da Defesa;
11.1% - Gabinetes dos restantes ministérios
Nesta rubrica entram as variadas rúbricas de entre as quais:
Para tudo isto e mais alguma coisa, tem os Srs. Ministros da República dos Açores e Madeira, mais de 200 000 000 € (Duzentos milhões de Euros - 40 Milhões de Contos dos Antigos)?????
Acho que estão a gozar com a minha cara e a de milhões de Portugueses também.
A unica coisa que eu desejo é conseguir fugir ao pagamento de Impostos, pois já estou farto de dar para este peditório

"Ter espirito patriótico"

VAI-TE CATAR!

29 de maio de 2005

Descendo à Terra

Hoje, eu e mais os restantes milhões de Benfiquistas (6, 10, 14...) descemos todos à terra, com a justa derrota das papoilas saltitantes perante os salmonetes do Sado.
O Setúbal, que já não ganhava a Taça desde 1967, conseguiu também que os murcões celebrassem ruidosamente, e pela primeira vez, uma vitória genuínamente Moura. Centenas de Lagartos foram vistos ao fim-da-tarde a dirigirem-se para a princesa do Sado, travestidos de salmonetes.
Eu, no final do jogo pensei que me estava reservado um melão gigante. Azar!!!! Os melões gigantes estão esgotados desde o passado fim-de-semana, foram devorados por Lagartos e Dragões.

28 de maio de 2005

Há 79 anos


Cada ano que passa fica mais longe, apesar de a nossa classe politica fazer tudo para que, cada ano que passa a aproximar mais

Torres de Refrigeração

No mesmo postal que o BOS escreveu sobre o nuclear, fizeram-se comentários sobre torres de refrigeração, como sendo uma característica intrínseca de uma central nuclear. Nada de mais errado.


Na figura está representada um esquema de funcionamento de uma central térmica(Clicar para aumentar). Este esquema é independente do combustível utilizado para gerar o calor (Carvão, Fuel, Gás natural, Urânio enriquecido). A água é aquecida numa caldeira/reactor, passa ao estado de vapor sobreaquecido, que depois é expandido numa turbina. Esta expansão impulsiona a turbina, a qual está acoplada a um gerador de corrente alterna. Após a passagem na turbina, o vapor passa por uma serpentina e condensa, sendo então água bombeada para a caldeira, reiniciando-se o ciclo. Esta água é destilada/desmineralizada e não sai do sistema, as suas perdas (Pequenas) são compensadas com água nova injectada antes da caldeira.
A água usada para a condensação, é captada no meio envolvente (Mar, Rio) e bombeada para a serpentina de condensação. Nesta operação a água de refrigeração aquece (60-70º) e a legislação impede que seja deitada imediatamente ao meio de onde foi captada, pois a sua temperatura mataria a fauna. Por este motivo passa por uma torre de refrigeração, que possui um esquema assaz simples de funcionamento.

A torre, estrutura de betão armado em forma parabólica assenta em pilares e esta aberta na sua base, é completamente oca no seu interior, o vento ao passar no topo da torre, provoca uma depressão no seu interior, criando assim uma corrente de ar ascensional que puxa o ar do exterior, na sua base. A cerca de 10 metros de altura, a água quente é pulverizada em chuveiro e o encontro desta com a corrente de ar frio em ascensão, arrefece água quente, ocorrendo a libertação de vapor de água para a atmosfera, o qual sai pelo topo da torre. A água arrefecida é encaminhada para o meio de onde foi captada.
A entrada do ar frio pela base da torre é feita naturalmente, no caso do Pego do Altar, ou por ventiladores no caso da nova termoeléctrica do Ribatejo, no Carregado. O motivo desta última opção prende-se com o facto de com ventilação natural, as torres teriam que ter o dobro da altura, e no Carregado isso não é possível devido às servidões aéreas da Ota, Alverca e Portela.
O tamanho das torres está dependente da potência de uma central. Apenas recentemente a tecnologia das centrais térmicas convencionais permitiu a construção de centrais tão potentes que não podiam dispensar este tipo de refrigeração. A central do Carregado, que é a mais antiga em funcionamento arrefece a água de refrigeração através de umas cascatas ao ar livre. A central de Sines, a mais potente do país, como possui muito espaço, usa lagoas para esta operação. As centrais térmicas convencionais e nucleares na antiga Europa de leste, são construídas no meio de povoações e a água é usada no aquecimento das casas (A legislação ambiental ocidental proíbe esta solução em grandes centrais, estando esta solução limitada a mini centrais térmicas).

A torre de refrigeração está associada à energia nuclear pois estas foram as primeiras centrais com uma elevada potência eléctrica que não podiam dispensar este tipo de equipamento.

Na foto acima, a cúpula visível no edifício é o reactor nuclear

25 de maio de 2005

Nuclear? Não, obrigado! (2ª Parte)

O principal problema da opção nuclear, reside na persistência da radioactividade por vários milhares de anos. A eliminação dos resíduos era feita até à 15 anos atrás, através da sua colocação no fundo do mar, perto das nossas costas e longe dos países produtores. A União Europeia, por proposta espanhola quis fazer um depósito subterrâneo na margem esquerda do Douro, em frente a Miranda do Douro. A oposição de Portugal, tendo por bandeira a nossa não opção pelo nuclear, fez a EU recuar. Neste momento existem três maneiras de armazenar os resíduos nucleares:
Armazenados nas próprias centrais – mas o espaço é finito.
Pagar a um ditador corrupto de um pais Africano e enviar às escondidas, os resíduos dentro de um contentor para serem abandonados nesse país.
Fazer ogivas de granadas para serem disparadas no Iraque, Bósnia ou qualquer outro país, numa guerra, inventada ou não, mas sempre longe do país de origem. – Solução usada pelos Estados Unidos com grande sucesso.

Ou seja neste momento não existe solução viável e segura para manter os resíduos em local seguro durante os milhares de anos necessários.

Mas a persistência da radioactividade é o verdadeiro búsilis da questão. Nos anos 70, quando se começou a planificar o fim-de-vida das centrais nucleares, os planificadores e técnicos aperceberam-se da verdadeira bomba relógio que criaram. No caso de uma central térmica, uma vez terminado o seu ciclo de vida, basta uma máquina de Oxi-Corte para a desmontar e ela desaparece em três tempos. No caso de uma central nuclear, não! O reactor e o seu núcleo só podem ser abertos e acedidos, uma vez dissipada a radiação. Tal facto só acontece passados 20 000 anos.
Falando claro, uma central nuclear, só pode ser desmontada ao fim de 20 000 anos de existência, durante esse tempo todo, o edifício tem de ser mantido em condições óptimas, pois um fissura coloca em risco a zona envolvente num raio de 100 Km.
Os edifícios mais antigos do mundo (As pirâmides) possuem 4 500 anos, e não se encontram em boas condições, a engenharia mundial, não sabe, neste momento, como garantir que um edifício se mantenha em boas condições durante este tempo.

A solução realizada em Tchernobyl – Sarcófago de Betão – não resolve, apenas adia. Este sarcófago apresenta, passados 15 anos, fracturas preocupantes, obrigando a um trabalho constante de manutenção. Um sarcófago de betão bem feito apenas adia o problema por 70 – 100 anos.
Um outro aspecto técnico que os engenheiros nucleares não contavam, é o estado do revestimento interior dos reactores nucleares. Estes ao serem construídos em metal, necessitam de um revestimento de protecção anti-corrosiva (Vulgo Pintura). Os Materiais usados, são tintas à base de Siloxanos, que conferem uma garantia à corrosão de 25-30 anos, sendo os períodos de reparação de pintura de cerca de 50 anos.
Só que no caso dos reactores nucleares, a repintura não é possível – e passados 50-100 anos após o seu encerramento, os reactores podem colapsar devido à corrosão, colapsando assim o edifício da central, criando uma fonte de emissões radioactivas para a atmosfera.
Estas situações fizeram com que no final dos anos 70 o planeamento e a construção de novas centrais fosse suspensa no mundo ocidental, suspensão essa que ainda dura, pois estes problemas técnicos ainda não têm solução.
Ao optar pela energia nuclear, Portugal vai, novamente, apostar numa óptica de curto-prazo, pois dá dinheiro fresco a construtores-civis (espanhóis, muito provavelmente) financia os fornecedores estrangeiros de tecnologia nuclear (Americanos e franceses), dá emprego de trolha a muitos cidadãos nacionais e fica bem no retrato europeu, ao atingir as metas de poluição definidas por um qualquer “burrocrata” de Bruxelas.
Problemas!!!. Isso é coisa para os nossos netos e bisnetos eles que se amanhem.

Nuclear? Não, obrigado! (1ª Parte)

Este meu grande amigo discorreu, a propósito de um postal de um amigo comum, sobre os benefícios de uma aposta portuguesa na energia nuclear.
Em vários aspectos concordo com a sua postura, mas BOS, licenciado em Direito, desconhece, tal como a grande maioria, incluíndo os "ecologistas", os verdadeiros motivos que levaram à suspensão da construção de centrais nucleares no mundo ocidental (Na realidade, hoje em dia, apenas quem quer ter armas nucleares é que investe nesta tecnologia) e tais motivos tiveram pouco a ver com as pressões dos ecologistas e restante sociedade civil, o problema é técnico e neste momento ainda não tem resolução.
Mas vamos primeiro aos benefícios.
É certo que a operação normal de uma central nuclear é ambientalmente menos poluente que as outras formas de geração de energia, seja a geração térmica convencional ou hidroeléctrica, solar ou eólica, não têm, nem terão grande expressão.
Uma central nuclear no campo do Gerez, com a mesma potência do sistema hidroeléctrico do Cavado-Rabagão – 450 MW (Barragens da Caniçada, Salamonde, Venda Nova, Paradela, Alto-Rabagão, Alto-Cávado e Vilarinho das furnas), teria menor impacto ambiental que as 7 barragens, cujas albufeiras alteraram drasticamente o clima da região, para já não falar no impacto na fauna piscícola dos três rios (Cavado, Rabagão e Homem).
A substituição das centrais térmicas (+50% da electricidade gerada) e sobretudo as que funcionam a carvão (Sines e Pego do Altar) – responsáveis por 30% da energia gerada em Portugal, permitiria diminuir assustadoramente os níveis de poluição emitida por Portugal para a atmosfera. As Poluição emitida pela central de Sines, para a atmosfera em 2002 foi de:
Dióxido de carbono – CO2 – 8 530 000 ton.
Óxidos de Enxofre – Sox – 39 400 ton
Óxidos de Azoto – Nox – 21 400 ton
Partículas – 1 740 ton
Monóxido de carbono – CO – 870 ton
Metais pesados (Cádmio, Chumbo, Mercúrio, Níquel, etc) – 1000 Ton
Valores estes que a transformam no estabelecimento mais poluidor da Europa, em termos absolutos. (fonte: European poluttion emissions register)

O BOS, erra clamorosamente na questão da circulação automóvel, esta é tal como ele diz, a principal fonte de poluição atmosférica (70% – 80%), mas misturar circulação automóvel com geração de energia eléctrica, é profundamente incorrecto, pois são eventos totalmente independentes, pois o investimento em centrais nucleares não tem qualquer reflexo na circulação automóvel.

23 de maio de 2005

6 000 000



CAMPEÃO

Pinto da Costa chora, não por o Benfica ter ganho, mas sim porque hoje se provou que, de facto, existem 6 000 000 (6 Milhões) de Benfiquistas.

SLB, SLB, SLB, SLB, GLORIOSO SLB

19 de maio de 2005

De Partida

Bem, está na altura de ir para o Aeroporto apanhar o Avião para a terra do bar do Rick's e depois para Ouarzazate.
Estarei de volta no Domingo pelas 23h30, só então saberei quem ganhou o campeonato, torcendo eu pelo Benfica, claro está.
Espero que os jogadores façam juz ao seu hino "com orgulho muito seu/as camisolas berrantes/ que nos campos a vibrar/são papoilas saltitantes" e venham do Bessa com uma vitória.
Bom fim-de-semana a todos. Divirtam-se

It's still the same old story
A fight for love and glory
A case of do or die.
The world will always welcome lovers
As time goes by.

Oh yes, the world will always welcome lovers
As time goes by

"As time goes by", letra e música de Herman Hupfeld

18 de maio de 2005

Santiago (des)Codificado

Fez ontem um ano que se iniciou o Blogue, o Código de Santiago. Este Blogue é da autoria de uma senhora que é "gaja", mas com nível, chamada AS.
Para comemorar o facto será realizada uma "festa" no Teatro Taborda (Costa do Castelo) às 23h59 (Adoro esta precisão) do próximo dia 21 de Maio.
Infelizmente não poderei estar presente (É verdade, vou mesmo passar o fim-de-semana no desero do Sahara) para lhe dar um beijinho e desejar-lhe que este Código continue por muitos e bons anos. Por este motivo envio-lhe os parabens por este meio.

A Palavra e o Acto que define "Liberdade"

A Palavra é “NÃO
O Acto é “RECUSA

Só se é livre quando se pode dizer “NÃO”.

Só se é livre quando podemos “RECUSAR” aquilo que não desejamos.
A hipótese de podermos dizer que “NÃO” a uma coisa e “RECUSAR” algo, indica a existência de uma OPÇÃO. E só existem OPÇÕES em LIBERDADE.

Quando não há OPÇÕES estamos numa DITADURA.

É por isso que vou votar "NÃO" á constituíção europeia, pois Portugal deixa de ter a OPÇÃO de RECUSAR e dizer NÃO a uma lei feita em Estrasburgo.

José Pacheco Pereira inaugurou hoje o "Sítio do Não". Este Blogue pretende reunir os apoiantes do NÃO, sejam quais forem os seus motivos, para tentarem contrariar a ofensiva do sim, liderada por aquele que gosta de se chamar "de todos os Portugueses", mas que mostra todos os dias ser "só de alguns".

Encontrei

Seguindo os conselhos de um comentador deste blog, descobri o sítio ideal para estar calmo e descansado durante o Boavista-Benfica.
Zarpo amanhã à noite e volto Domingo à mesma hora.

Nota: Não é no Dubai

17 de maio de 2005

Feliz Aniversário Almocreve

Hoje é o segundo aniversário de um Almocreve nada "peteiro", que da Lusa-Atenas nos informa e lembra, de todos aqueles que se estão guardados nas prateleiras, que se encontram nos sótãos da nossa memória. Não esquecendo nunca de descer à terra, pois este Almocreve também é um "Bom chefe de família"
Por dois anos de preciosas informações, sobre livros e os seus autores, destaco uma que foi importante para entender certos acontecimentos, passados em Coimbra no ano de 1913, e objecto de tratamento no meu outro Blog Cartas Portuguesas, que anuncio, aliás, o seu retorno para breve.

O tal tenente da guarda
Nem já pensa no banzé,
Anda a ver se deita a garra.
Ao larápio do boné.

Ó Floro, ó comissário
Não sejas tão inclemente,
Entrega o boné roubado
Ao desgraçado tenente.

16 de maio de 2005

Coração aos Saltos

O nervoso miudinho que me acompanha sempre que o Benfica joga, não é nada bom para o meu coração.
Penso até que, as papoilas saltitantes, devem ser sócios de uma clínica de cardiologia.

Tenho de encontrar um lugar onde possa passar o próximo Domingo descansado.

14 de maio de 2005

O Tombo aos Tombos

Na passada semana o director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo demitiu-se devido à falta de verbas concedidas pelo governo. A partir do final do mês não tem mais dinheiro para pagar as despesas mais elementares, como a água, a luz e os telefones. Em situação similar encontram-se também todos os museus de Portugal.
A Ministra da Cultura afirmou laconicamente à imprensa que, Devido há falta de verbas a gestão dos museus e arquivos nacionais terá que ser imaginativa, e quem não conseguir gerir com imaginação será despedido. Ou seja a Sr.ª Ministra oferece uma frigideira e exige uma omoleta sem ter que fornecer os ovos. Desde que assumiu funções, a nóvel ministra está mais preocupada em contribuir para a não reeleição de Rui Rio, que com o estado da nossa cultura, sobretudo da nossa memória.

A Torre do Tombo e os arquivos distritais que tutela, é um pilar da nossa existência, como nação e como pátria. Nela estão depositados desde os documentos fundamentais da História de Portugal até aos registos paroquiais das freguesias de Portugal, que permitem a qualquer Português traçar a sua árvore genealógica dos nossos dias até pelo menos aos meados Século XVI. Qualquer cidadão nacional pode ter acesso aos seus registos, se bem que os documentos mais importantes estejam em acesso reservado, o que é compreensível. Na Torre do Tombo somos atendidos por uma equipe técnica, extremamente simpática, disponível e conhecedora de todo o complicado sistema de arquivos existentes, que presta um serviço de elevada qualidade a qualquer pessoa que a ela se desloque, dando uma imagem de profissionalismo que julgávamos estar ausente do funcionalismo público Português.
É por isso que a recente demissão e a recusa da ministra em reconhecer os problemas não são bons augúrios para a memória nacional.

A História do Arquivo da Torre do Tombo é um pouco o reflexo do desleixo nacional pela sua memória Histórica.

O Arquivo nacional esteve depositado durante séculos numa das torres do Castelo de São Jorge. Ao contrário do que a maioria dos Portugueses pensa o arquivo não se chama “do tombo” devido ao facto da queda da torre onde estava depositado durante o terramoto de 1755. O Termo “Tombo” representa aquilo que hoje chamamos de “registo predial”.

Na definição de Alberto Carlos de Menezes, superintendente da agricultura e Juiz desembargador da relação do Porto, no seu livro “A prática dos Tombos“ – Lisboa Impressão Régia - 1819, no parágrafo 1º do Capitulo I diz que um Tombo é: “É um procésso forense constituído pelo Catálogo, descripção, ou relaçãode fazendas, propriedades, direitos, património Morgados, Commendas, e Almoxarifados, designando o local, confrontações, limites, estremas e marcos com a sua medição; documentando os títulos da sua adquisição originária, ou secundariamente com provas do Domínio, e posse legal por Instrumentos reconhecidos em pública forma.”

Após o terramoto de 1755, o arquivo foi mudado para o então convento de São Bento da Ave-Maria, hoje o Palácio de São Bento, sede do Parlamento Nacional, transportando consigo o nome da sua localização original, que nunca mais perdeu. Até há perto de dez anos atrás o arquivo esteve depositado em São Bento em condições atrozes.

Apenas no final dos anos 80, as entidades governamentais acabaram com séculos de incompetência e iniciaram uma nova política de arquivos, que se traduziu na construção do actual edifício, seguindo normas de engenharia apertada, que permite ao edifício resistir a grandes cataclismos tais como terramotos e explosões nucleares. Paralelamente foi iniciada uma política de investimento maciço nos arquivos distritais, fazendo com que Portugal, se possa orgulhar do seu sistema de arquivo da História, caso a Ministra se decida a realmente a ser “da Cultura”.
Por outro lado eu estou confiante, a Torre do Tombo sobreviveu a um dos maiores terramotos da história da humanidade, sobreviveu a dois séculos de esquecimento e de abandono, também sobreviverá incólume a esta era de políticos “anões”.

Postal publicadono Café Expresso

Proverbio do dia

Quem tem telhados de vidro, não atira pedras ao vizinho

12 de maio de 2005

Não há coincidências

Sobre a investigação ao Grupo Espírito Santo, a TSF noticia que:

"Esta investigação está a ser liderada pelo procurador Rosário Teixeira e pelo investigador da PJ Gonçalves Pica, dupla que esteve envolvida nas investigações à Universidade Moderna"

Grande coincidência, poderão pensar os meus caros leitores.
Mas estão enganados isto não é nenhuma coincidência, nem tampouco uma investigação.

Isto que se está a passar, não é mais que uma mera NOTA DE DÉBITO em cima da secretária de Ricardo Salgado.

11 de maio de 2005

Tráfico de influências

O Ex-ministro do Ambiente, Nobre Guedes e o tesoureiro do CDS, foram hoje constituídos arguidos numa investigação sobre tráfico de influências relativo à aprovação do condomínio privado de interesse público em Benavente.
A medida é extraordinária, pois nunca antes um governo tentou responsabilizar criminalmente um ex-governante de um Partido da Oposição.
Se o caso for para a frente é sem dúvida uma boa noticia, pois o precedente criado levará a que os actuais governantes tenham especial cuidado com as suas decisões pois assim que o PS deixar de ser governo, o ou as forças politicas que lhe sucederão, certamente que irão espiolhar toda a acção governativa anterior para acusarem quem quer que tenha pisado o risco.

Esta questão do condomínio privado de interesse público não vai morrer aqui, este blog seguirá aos desenvolvimentos com atenção pois há um pormenor que me faz pensar estarmos perante uma mera demonstração de "show-off", e numa altura de distracção do país, os sobreiros de Benavente serão cortados para darem lugar ao empreendimento turístico, pois quem neste momento se encontra a "arder" com a
decisão do Ministro da agricultura é o Grupo Espírito Santo.
Este grupo tem no governo um delegado seu, Manuel Pinho de seu nome, que nas horas vagas, quando não está a defender os interesses dos seus antigos patrões, se ocupa da pasta da economia. Apesar de "oficialmente" já não pertença ao Grupo BES, sabe-se que quando "saiu" levou como "prenda", uma casa no centro de Lisboa (onde morreu Almeida Garret) que pretende destruir para edificar um novo edifício.
Ora, Manuel Pinho não deve estar a cumprir com a sua função, pois o caso dos sobreiros do Benavente não foi o primeiro revés que o importante grupo económico sofreu às mãos do jovem governo Sócrates. O Sistema de comunicações adjudicado pelo anterior governo e prontamente anulado pelo actual também lesou o “Espírito-Santo”. Ou Manuel Pinho esqueceu a mão que o ajudou a crescer, ou o Sr. Eng.º acha que já tem o poder suficiente, para mostrar quem manda. Talvez por isso se entenda a recente mensagem do Manuel da Grande Loja:
uma última palavra para o Ministro Manuel de Pinho. Já começou a contagem decrescente do processo que levará inexoravelmente à sua remodelação do actual elenco governativo […] alguém, apresentado como gurú do programa económico deste governo, pai (?) dos choques todos e mais algum...”

Mais leituras sobre o mesmo tema:

Condomínio privado de interesse público I
Condomínio privado de interesse público II
Condomínio privado de interesse público III
Condomínio privado de interesse público IV
Aleluia


E já agora! A casa do Cyber-Secretário de Estado, José Magalhães, construída na serra da Arrábida, sem qualquer autorização camarária e dentro de uma zona de reserva ecológica nacional ainda está de pé?

8 de maio de 2005

Fantochada

É incrivel que os comentadores de pacotilha que temos, ainda tem a vergonha na cara de dizer que o Benfica está a ser levado ao colo. Hoje foi o que se viu (Apesar de os jogadores se terem portado como amadores), e até houve espancamento de adeptos Benfiquista a pedido do gatuno de serviço.

E os lagartos que não deitem foguetes, pois quem vai ganhar o campeonato é o FCP, com o Major novamente a pôr e dispôr, até o murcão-mor já manda arrogantes postas de pescada.

5 de maio de 2005

2 anos Abruptos

Hoje faz dois anos que José Pacheco Pereira iniciou o seu Abrupto. Quer se goste ou não, temos de concluir que a História da blogoesfera Portuguesa se divide em AA (Antes do Abrupto) e DA (Depois do Abrupto).
Sem o Abrupto a blogoesfera não se teria desenvolvido como se desenvolveu.
Sem o Abrupto, certos bloguistas não escreveriam actualmente em Jornais de referência.
Sem o Abrupto, a blogoesfera existiria também, mas seria uma espécie de comida sem sal.
Por isso, apesar de às vezes me espantar e muitas vezes me adormecer, mando daqui votos de parabéns a José Pacheco Pereira.

Totobola

Para quem quer vencer

Uma Tripla é a única aposta ganhadora

2 de maio de 2005

Saudades de Salazar?

No passado dia 28, cumpriu-se mais um aniversário do nascimento do Dr. Oliveira Salazar.
Desconheço quantos admiradores de Salazar existem em Portugal, mas devem existir o número suficiente para que uns americanos, sempre atentos a nichos de mercado, fabriquem e vendam uma série de produtos "Salazar", disponiveis online no Café Press.

Para quem tem saudades do Estado Novo e quer mostrar o seu orgulho Português, pode escolher entre 19 produtos diferentes, dos quais destaco os seguintes:


Tanguinha Salazar – nothing says seduction like salazar.

apenas USD 8.00

Babete Salazar - nothing says yummy for baby's tummy like salazar!


Apenas USD 6.00

T Shirt Baby doll Salazar – salazar is love. and repression. what about you?

apenas USD 17.00

1 de maio de 2005

Inquérito Literário

Quando vi esta corrente, comecei a assobiar para o lado, procurando passar despercebido, quase que o ia conseguindo, mas quis o amigo FG Santos, saber o que se passa comigo em termos literários. Pois aqui vai:

1.- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Como tenho boa memória adoraria ser a trilogia de John dos Passos (Paralelo 42; USA 1919 e O Grande desejo )

2.- Já alguma vez ficaste perturbado/apanhado por uma personagem de ficção?
Pelo Major Alvega, mas tudo ruiu quando soube que era uma personagem inventada pelo Anthímio de Azevedo
3.- O último livro que compraste?
Uma casa em Portugal” de Richard Hewitt; “A escrita da História – Teoria e métodos” de José Matoso e “Sem Nome” de Hélder Macedo.

4.- Os últimos livros que leste?
A vida de Jesus” de Ernest Renan, “Código Da Vinci” de Dan Brown (A ser objecto de uma crítica brevemente) e "O Único e sua propriedade” de Max Stirner.

5.- Que livros estás a ler?
Sem nome” de Hélder Macedo; “Esta voz é quase o vento” de José Agostinho Baptista, “Tradição e Revolução – 2º Volume” de José Adelino Maltez e “Memórias do General” de Isabel Pestana Marques.

6.- Que livros que levarias para uma ilha deserta?
A última edição de “O livro de Pantagruel” de Bertha Rosa Limpo, O Manual de Sobrevivência, edição da Europa-América, Uma dessas Enciclopédias da Saúde (Deve dar jeito), varias cópias de "O código Da Vinci" porque é necessário Papel Higiénico e para finalizar "A Biblia" porque é um livro que necessita de tempo para ser lido e meditado, e nada melhor que uma ilha deserta para o fazer
7.- Três pessoas a quem vais passar este testemunho e porquê?
Ao Rui Ornelas do O céu sobre Lisboa, ao Paulo do
Blogville, e à Maura do Diário de Lisboa (edição de Florianópolis), porque gosto dos seus blogues e estão, tal como eu estava, a assobiar para o lado, esperando que esta moda passasse sem que os tocasse.