31 de agosto de 2007

28 de agosto de 2007

Euro-Vândalos

Não é para admirar que num país onde o Primeiro-Ministro não sabe a letra do hino e desconhece o motivo subjacente ao seu dia nacional, que os seus diplomatas cometam estes crimes contra o património da humanidade

Via The Skeptic

A ler também:

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/08/27/AR2007082700468.html

http://www.int.iol.co.za/index.php?set_id=1&click_id=68&art_id=nw20070826195325154C636044

Irmãos

Lampedusa

Tomasi di Lampedusa, no seu livro “O leopardo” postula que “É preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma”, a frase diz tudo e aplicou-se, e aplica-se ainda, a muitas situações. Muita gente tentou dizer o mesmo por outras palavras, mas nenhuma conseguiu Ainda suplantar a de Lampedusa.

Porém, de quando em vez aparece uma frase quase tão boa como a de Lampedusa. Manuel Vilaverde Cabral conta esta história, que abaixo reproduzo, numa entrevista ao Diário Económico

[…]”o meu falecido amigo Afonso de Barros, sobrinho de Marcello Caetano, foi casado com uma sobrinha de Adelino da Palma Carlos. Na sua família, o 25 de Abril traduziu-se por o primeiro-ministro deixar de ser o tio dele, para passar a ser o tio dela.” […]

Que descanse em Paz

Confesso que sempre gostei da figura de Eduardo Prado Coelho. O seu aspecto bonacheirão indicavam alguém amigo de patuscadas e dos prazeres da vida, mas no que toca à sua postura intelectual, Prado Coelho padecia dos mesmos males e doenças da sua geração.
Sempre achei insuportável a postura, que transparecia dos seus artigos, de deus do Olimpo a falar para o “Povo” que considerava uma massa informe e abjecta destinada a seguir cegamente os seus “ensinamentos.
Sempre achei insuportável a sua postura de que o universo se restringia aos 20 Arrondissements de Paris, e tudo o que de lá não viesse, ou não fosse lá chancelado, pura e simplesmente não existia.
Este artigo, publicado no “A Baixa do Porto”, por outros motivos é disso um excelente exemplo:

[...]Nada tenho contra La Féria, que tem o enorme mérito de encontrar sempre os pontos de partida mais banalizados e enxaropados para conseguir encher as salas meses a fio. Neste momento em Lisboa, passando por ele no Rossio, podemos até ver uma adaptação do êxito cinematográfico Música no Coração, com uma Julia Andrews mais flausina que imaginar se possa. Agora, custa-me um pouco que Filipe la Féria pense que está a fazer "grande teatro" (como disse ao DN) e que conseguiu reabilitar uma sala que estava decadente e mal apetrechada. E custa-me aceitar que Rui Rio suponha que está a "fazer cultura". Estão, quando muito, a fazer espectáculos de mero divertimento, indo ao encontro do que existe de mais estereotipado nos gostos de uma alta burguesia que não parece inclinada a grandes esforços mentais […].

E o que era, para Prado Coelho, o “Grande Teatro”?

[…] O grande teatro é outra coisa. É aquele que nos põe a pensar e a sentir o que nunca tínhamos pensado e sentido antes; é aquele que nos transforma nesse processo. É aquele que nos altera os traços do rosto e nos deixa no limiar do silêncio. Um espectáculo de Monica Calle num sítio esconso e desabrigado é mais grande teatro do que todos os espectáculos de La Féria.[…].

Bonita frase esta “É aquele que nos põe a pensar e a sentir o que nunca tínhamos pensado e sentido antes. Prado Coelho deve ter visto muito deste “Grande Teatro” e com certeza que o faria integrado no grupo dos que não pagavam bilhete. Acredito que muito desse “Grande Teatro” o deve ter posto a “pensar” e a “sentir coisas que nunca tinha antes sentido”. Mas com certeza que nunca pensou, nem sentiu que o prato do restaurante onde comia, era lavado pela protagonista da peça do tal “Grande Teatro” que tinha acabado de assistir.

Não se trata aqui de defender La Feria, mas tudo é “Cultura”, desde as salas esgotadas de La Féria às salas esconsas de Mónica Calle. Desde o “Chupa Teresa” de Quim Barreiros ao concerto da Orquestra Gulbenkian.

Mas isto não é culpa de Prado Coelho, na verdade ele é apenas mais um na longa lista de “ilustres pensadores” estrangeirados que vivem num limbo completamente desligados do país real.
Quando em meados do Séc XIX, a vanguarda musical europeia descobria as sonoridades e construções musicais da música dita folclórica, em Portugal vivia-se num deserto musical, onde a cultura era uma coisa que desembarcava em Santa Apolónia no Sud-Express. Seria necessário esperar cerca de 100 anos para que Freitas Branco e Lopes Graça fizessem em Portugal aquilo que Brahms, tinha feito no Império Austro-húngaro no Século anterior.

Sempre que comprava o Público lia a Crónica de Prado Coelho. Mas confesso, tudo espremido não retive rigorosamente NADA.O que Prado Coelho escrevia não me dizia rigorosamente nada, o homem não escrevia para mim, talvez o fizesse para uma geração mais velha, que o lia e parecia gostar. Talvez porque para mim e para as pessoas da minha idade, de Paris pouco ou nada veio (nem crianças no bico da cegonha), a única coisa que veio de Paris e me influenciou. a mim e à minha geração foi Boris Vian, personagem maior da Cultura Francesa e sobre o qual, salvo erro meu, nunca Prado Coelho escreveu uma linha.

Apesar disso o desaparecimento de Prado Coelho é uma perda para o país, pois Prado Coelho era, apesar de tudo, uma pessoa genuína. O problema é que agora ficaram os "Clones"

27 de agosto de 2007

O Charroco

Desde sempre que a cara de José Sá Fernandes, vulgo "O Zé", me fazia lembrar qualquer coisa, que até hoje não tinha conseguido identificar.
Ao ler este postal engraçado do João Caetano Dias, sobre o azeite, o vinho e as corvinas, lembrei-me que sempre que via a cara de José Sá Fernandes, vulgo "O Zé", o que me vinha à cabeça era o "Charroco" e as parecenças não se ficam só pela cara.

Ao consultar esta página, deparei-me com este primoroso texto escrito por Sofia Santiago.

"Charroco, um peixe de aspecto estranho que não prima pela simpatia mas que, ainda assim, é um exemplar interessante[...]"

[...]Trata‑se de um peixe robusto, ligeiramente deprimido[…]*

[...]O charroco é considerado um predador que se alimenta de crustáceos, moluscos e pequenos peixes[...]**

[…]As escamas são pequenas e estão embebidas numa substância viscosa que cobre todo o corpo, passando despercebidas. O corpo parece, por isso, estar coberto por uma pele semelhante à das rãs. Em "comum" com este anfíbio tem, aliás, outra característica: emite sons semelhantes a um coaxar, mas não repetidos, que são produzidos pela bexiga gasosa[…].

[…]Embora desengraçado e feio o charroco é afamado até pela poesia de António Gedeão. E depois de cozinhado pode dar‑nos um prazer sublime! Não sendo uma das espécies principais, é utilizado na caldeirada de peixe, sendo obrigatório, pelo menos, na famosa caldeirada à setubalense[…].

* - Em vêz de "Ligeiramente deprimido" o mais adequado seria "Bastante deprimente"
** - Crustáceos -Ameijoas; Pequenos Peixes - Corvina; O Azeite e o vinho são para acompanhar

24 de agosto de 2007

Sempre às ordens

Eram 22 horas e 39 minutos de ontem quando começou a reposição no servidor de iscsp.utl.pt os arquivos do CEPP que, assim, voltam a poder ser consultados: http://www.iscsp.utl.pt/cepp.
Agradeço à blogosfera o apoio recebido nesta luta.
Agradeço também à imprensa que fez eco de alguma coisa que me ultrapassa.

22 de agosto de 2007

Petição

Fundado em 1998 pelo Professor Catedrático José Adelino Maltez, no seio do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP/UTL), o Centro de Estudos do Pensamento Político (CEPP) foi ponto de partida para a mais ambiciosa iniciativa de divulgação científica em língua portuguesa no âmbito das Ciências Sociais: o Repertório Português de Ciência Política (RPCP). Em 2000, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) atribuiu um financiamento ao RPCC e o Investigador responsável achou por bem formar uma equipa, sem olhar ao cartão partidário, para dar objecto e objectivos de trabalho ao CEPP, transformando-o no depositário online do projecto aprovado. Durante o período em que laborou, o Centro cresceu para além das nossas melhores expectativas e tornou-se, reconhecidamente, num acervo de consulta obrigatória para académicos e curiosos: 183 MB, doze mil ficheiros que tinham, até agora, mais de uma dezena de milhar de citações nos principais motores de pesquisa.

Em 2003, numa altura em que registava mais de 1300 acessos únicos/dia, foi desferido o primeiro golpe contra o CEPP: culminando um processo de constantes boicotes, sob o pretexto de falta de verbas, a equipa foi dispensada e a actividade do Centro cessou em 12/03/2003. Desde então, todo o acervo, mesmo sem actualizações, passou a estar disponível na Internet como arquivo morto. Finalmente, em Agosto de 2007, novamente sob pretextos obscuros ou puro desmazelo, os (ir)responsáveis pela remodelação do Sítio do ISCSP deram a última estocada e retiraram o CEPP da rede, aniquilando um trabalho de dezenas de anos do seu director e de um par de outros da sua equipa e privando milhares de utilizadores do acesso aos seus conteúdos(http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/abertura.php link quebrado). Até essa altura o CEPP era arquivo; hoje, está apenas morto!

Num país onde escasseia o investimento na pesquisa e difusão gratuita de matérias científicas, a obliteração do Repertório constitui uma perda irreparável para todo o espaço lusófono.

Sendo assim, os peticionários abaixo-assinados exigem:

1- A imediata reposição dos conteúdos do CEPP, indevidamente eliminados ou extraviados do servidor web do ISCSP
2- Que os carrascos do CEPP sejam identificados e responsabilizados
3- Que os poderes públicos responsáveis pela aplicação das leis constitucionais sobre a liberdade de aprender e ensinar garantam um sistema de protecção de dados e do património cultural, principalmente pela manutenção em rede destes investimentos culturais.
Assine aqui esta petição

Tarde de Tauromaquia

Realizou-se mais uma tradicional corrida da Senhora da Agonia em Viana do Castelo, Casa cheia como já é tradição. No entanto a tradicional manifestação dos piolhosos amiguinhos dos animais não se realizou. Acho que estavam em Silves.

21 de agosto de 2007

600 €

Há uns meses atrás em Benavente, terra pacata onde resido por opção foi sobressaltada por um hediondo crime. Uma empregada de um posto de abastecimento de combustíveis foi assassinada a sangue-frio por um grupo de facinoras que roubou os 50 € da caixa.
Na altura o país reagiu com emoção, tendo o governo ocupado as manchetes com o anúncio de um projecto-piloto chamado "Abastecimento seguro".
Como ao fim de uma semana os assassinos foram apanhados o crime de Benavente foi rapidamente esquecido.
Neste fim-de-semana, em Valença a cena repetiu-se, tendo o funcionário sido baleado duas vezes na cabeça. Neste momento o prognóstico é muito reservado, sendo as lesões sofridas consideradas já irreversíveis.

Pergunta-se: Onde está o projecto-piloto Abastecimento Seguro?

Ao que parece está pronto e a funcionar em 10 postos de abastecimento, estando prevista a sua instalação em mais 50 postos. Ou seja num universo de 2500 postos, mostraram interesse em aumentar a segurança 60 postos (2.4 % do total).

Qual o motivo de tão fraca adesão:
Os senhores "empresários" têm que investir a módica quantia de 600 € (Seiscentos) e queixam-se que é um montante muito elevado.

Ou seja, para estes palhaços a vida humana não vale 600 € e ainda têm o desplante de vergonhosamente vir à frente das câmaras sacudir a água do capote e dizendo que "o governo é que tem de aumentar a segurança dos Postos de Abastecimento".
A sorte deles é que o Ministro da Administração Interna parece ser um Palhaço, pois caso fosse minimamente competente, tornaria obrigatório o sistema de segurança e obrigaria os "empresários" a investir, não 600 €, mas no mínimo 1200 €.

Se o "empresário" do posto de abastecimento de Valença tivesse investido 600€, talvez Jorge Rocha não estivesse no estado em que se encontra, e do qual parece que não irá sair, e para o qual não chegam 600, nem 6 000, nem 60 000 € para pagar a dor da sua família.
Infelizmente "empresários" deste calibre está Portugal cheio. Não investem um centavo, pagam mal e porcamente aos seus colaboradores, e quando toca a assumir responsabilidades, dizem apenas "a culpa é do governo" eu apenas estou aqui para embolsar os meus chorudos lucros".

Estes "empresários" de m$@€% metem-me mais nojo que os eco-vândalos de Silves

Uma pergunta

Será que se o Agricultor de Silves tivesse plantado Cannabis geneticamente modificada (Com niveis de THC duplos do normal) em vez de milho, os eco-vândalos teriam "fumado" a plantação toda?

20 de agosto de 2007

Um par de patins


A esperança volta a entrar na Catedral
Adenda das 17h30:
Parece que o novo treinador do Benfica é o Camacho. É melhor que o técnico de ar condicionado, mas não acho que Camacho seja o bom treinador que a generalidade dos meus colegas adeptos pensa que é. Uma coisa é treinar uma equipa, outra fazê-los correr ao som do calão castelhano. No entanto a entrada de Camacho permite-nos voltar a ter esperança.
No entanto o verdadeiro culpado da situação do Benfica continua incólume, sereno e imperturbável.
Luís Filipe Vieira é o único responsável pelo facto de o Benfica entrar no quarto ano consecutivo no qual o treinador em exercício, não teve voto na elaboração da equipa.
Luís Filipe Vieira um homem que já fez falir um clube de futebol e que, por artes mágicas aparece na lista dos 100 Portugueses mais ricos, arrisca-se a assim a aumentar o seu curriculum, repetindo na Luz aquilo que já fez em Alverca.
Já saiu o Veiga;
Já saiu o Santos;
E Você, Filipe Vieira, está à espera de quê?
Cantinho do Holigão: Será que os cabeçudos ainda estão satisfeitos com o Leixões? Afinal de contas coube aos Matosinhenses a honra de permitir que o Benfica volte a sonhar.

19 de agosto de 2007

Chumbo neles

O Paulo Gorjão está procupado pelo facto de o "Sarge" estar pintado com tintas com Chumbo.

Eu acho que não se deve procupar, pois de certeza que quando tinha a idade do filho fartou-se de abocanhar os carrinhos da Corgi ou da Matchbox e também, tal como eu, deve ter passado horas a brincar com o Mercúrio do termómetro que se tinha partido. E tal como eu o Paulo deve estar aqui para as voltas.

Por outro lado acho que o seu puto não deve levar o "Sarge" à boca, mas não é por causa do chumbo, pois hoje em dia, os carrinhos da Corgi em bom estado e com a caixa original, alcançam pequenas fortunas nos leilões da especialidade. Por isso daqui a uns anos a coleção completa dos carrinhos do "cars" em bom estado e nas caixas originais deve também atingir uma boa maquia. Por isso guarde-os bem, é "dinheiro em caixa".

Eufemismos


Não tenho dúvidas que se ela estivesse viva, adoraria arrancar com a foice umas cabecitas a uns vândalos verde-eufémicos.

A demissão do Estado

A justiça e a segurança são funções basilares do Estado de Direito, que apenas o estado pode desempenhar, pois ele e só ele, tem capacidade para o fazer correctamente.
Quando o estado se demite do desempenho das suas funções básica, o resultado é a instauração do caos.
Caos, porque perante a passividade das autoridades, quem quer prevaricar sente-se encorajado a o fazer. Caos, porque, perante a passividade das autoridades, quem se sentir ameaçado irá tomar a defesa e a justiça pelas suas próprias mãos.
O ignóbil acto de vandalismo, e violência, realizado por um bando de criminosos contra um campo de milho, devidamente legalizado e dentro de uma propriedade privada, perante a passividade (apoio) das autoridades e total ausência de consequências para os vândalos, é um perigoso sinal que encorajará os vândalos a realizar mais acções violentas. E é um perigoso sinal porque os agricultores, após anos de insultos e esquecimento por parte do poder central, ao assistirem à passividade da GNR e ao apoio de forças políticas aos crimes realizados em Silves, tomarão nas suas mãos a defesa do seu parco ganha-pão.

O Portugal de Sócrates está a tornar-se um loval perigoso.

Miséria

O encerramento do portal de história contemporânes, fruto de anos de labor de José Adelino Maltez é uma vergonha para Portugal e em particular para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Numa altura em que a demografia nacional transformará as Universidades Portuguesas em salas com cadeiras vazias a Universidade Técnica de Lisboa decide regredir para a idade média, retirando mais de 180 mb de preciosa informação sobre a história contemporânea nacional, este acto não é mais que a versão moderna da queima de livros das bibliotecas escolares dos liceus de Portugal, ordenada em 1975 por diligentes "educadores" Gonçalvistas.
Se não está na net, é porque não existe!
O CEPP era uma importante fonte de consulta, pois lá se encontrava agregada informação dispersa por milhares de livros. Eu próprio o utilizava amiúde para o meu blogue Cartas Portuguesas, agora lá terei que voltar aos alfarrábios.

Quem vai ao mar....


O Leixões entrou com o pé direito na Primeira Liga.

O empate com o Benfica aceita-se perfeitamente, no entanto, como Leixonense e sócio do Benfica desejava a vitória dos homens do mar.

Incongruente?

Nada disso! Se o Benfica quer lutar pelo seu lugar natural tem de ter um treinador. Caso o Leixões tivesse ganho hoje, talvez o Vieira abrisse os olhos. Assim quando acordar talvez já seja tarde.

Nota: Os "cabeçudos" ficaram todos contentes. Mas o Leixões não necessita dos seus apoios para nada, mesmo não podendo utilizar os jogadores emprestados pelo "cabeçudo-mor", os homens do mar não perderão a oportunidade para que este ano, para o lado das antas, os portistas façam jus ao nome por que são conhecidos em Matosinhos.

14 de agosto de 2007

14 de Agosto

Hoje comemoram-se os 622 anos da gesta heróica da Batalha de Aljubarrota. Nesses tempos 10 Castelhanos não chegavam para um Português. Nos campos de São Jorge, o brilhantismo do Mestre de Avis e a liderança e visão estratégica do Santo Condestável escreveram uma das páginas de glória da nossa história.

Hoje a realidade é bem distinta. Os Castelhanos continuam a valer pouco. No entanto continuam a projectar uma força inexistente, similar à do Exército de D. João de Castela. No entanto a diferença reside em Portugal. Os portugueses de hoje, ao contrário dos Portugueses de 1385, acreditam que a força de espanhola é ainda maior que aquela que os próprios espanhóis julgam possuir.

Há pouco tempo atrás, num daqueles seminários, promovidos por entidades governamentais, dedicado ao intercâmbio Portugal/Espanha, os empresários espanhóis disseram o que costumam dizer nestas ocasiões, todos começam os seus discursos dizendo:

Hola, éu estóu apriendendo el Pórtugués, más nau hablo bem, perdonarme péro boy hablar en español.” – Todos sem excepção meteram esta “cassete”.

Os empresários portugueses, daqueles que se acham muito importantes, mostraram o verdadeiro tamanho da sua dignidade e estatura moral dirigindo-se aos presentes em “castelhano”. Isto em Portugal e numa conferência com “tradução simultânea”.

Mais do que uma nova Aljubarrota, Portugal necessita de um novo 1º de Dezembro, para mandar estes mentecaptos aprendizes de Miguel de Vasconcelos ou Cristóvão de Moura pela janela fora.

13 de agosto de 2007

Confesso!

Nunca li Miguel Torga!
Não que ele tenha alguma culpa nisso, na altura em que devia ter começado a lê-lo, não o fiz devido à irritação que me causava a peregrinação que a corja dos Políticos lhe fazia para lhe beijar a mão, ou as citações qude fazem de suas obras, feitas sempre por duas razões - Por tudo e por nada.
As citações de Torga, e outros, que os politicos fazem cheira sempre a "Deixa lá dizer estas frases que o meu acessor escreveu aqui, para que eu, que nunca li nada mais complexo que um Tio Patinhas, passe aos olhos do povo por um intelectual".
Dizem que Torga não gostava destes "Beija-mãos", mas estava lá sempre, com cara de poucos amigos, é certo, mas estava presente.
Por isso acho que a ausencia de um representante do governo nas cerimónias do centenário de Torga é uma boa noticia, pode significar o primeiro passo na operação de limpeza do escritor transmontano, radicado em Coimbra, além do facto de o clima das comemorações ter sido bastante mais desanuviado, apesar da presença de Cavaco, que não deve ter perdido a oportunidade para fazer mais umas "citações"
NOTA: Ou a minha vista me enganou ou estava um membro do governo (Laurentino Dias) a assistir ao "Festival da Canção Emigrante"?

9 de agosto de 2007

Traduções

O Dolo Eventual escreve sobre um triste tradução do título de "O Padrinho" no Brasil que é "O poderoso chefão". No entanto as más traduções não são apanágio dos nossos irmãos sul americanos. Elas atacam em todo o lado.
A famosa série "Hills Sreet Blues" era conhecida no Brasil por "Chumbo Grosso". Em Portugal a tradução foi feita por alguém com absoluto desconhecimento dos EUA, para o qual o termo "Blues" tinha a ver com "música" e não "Azuis" (nome porque são conhecidos os polícias de Nova Iorque) pelo que a conhecemos como "Balada de Hill Street".
O mesmo erro foi cometido pelos Espanhóis "La canción triste de Hill Street.
Talvez históricamente, o maior erro de tradução a nível mundial seja o "Robin dos Bosques", nome porque é conhecido em todo o mundo não Anglo-Saxónico, o popular herói da Floresta de Sherwood. "Hood" significa "Vingador" e não Bosque que em Inglês se diz Wood.

7 de agosto de 2007

Obsolescência

O exemplo do Fluviário acontece num Concelho do Alentejo que perdeu 50% da sua população nos últimos 45 anos. Espero que seja o pontapé de saída para a inversão dessa tendência.

À entrada de Mora, quem vem pela N2 de Montargil está aquilo que pode ser considerado um "monumento" à desertificação do interior do país. Quem por lá passa deve ficar confuso sobre o que aquela estrutura foi, só, perdida e abandonada no meio de um descampado. Poucos, talvez apenas quem a chegou a utilizar até há 10 anos atrás, é que reconhecerão a passagem desnivelada da Estrada Nacional 2 sobre a linha férrea Évora-Mora, tornada duplamente obsoleta, pela desactivação da linha e pelo alargamento da EN 2, usada para levar os veraneantes mais rápido à barragem de Montargil.

6 de agosto de 2007

Espirito de Iniciativa

Ontem desloquei-me pela primeira vez até ao Fluviário de Mora, construído na margem esquerda da Ribeira da Raia, junto ao açude do Gameiro, perto da vila do Cabeção.

A visita vale bem a pena a deslocação e acho que Mora vai-se transformar num ponto obrigatório de passagem . O Fluviário possui duas zonas distintas. A primeira onde está representado um rio, desde a nascente até à foz, dividido em vários habitats.os quais são povoados pelas espécies existentes, ou que já existiram no nosso país

Num segundo andar em aquários, estão várias espécies exóticas, do amazonas, do Oriente, de África, incluído as famosas Piranhas e uma Anaconda (Bebé, naturalmente).

Paralelamente foi construída uma praia artificial na albufeira do Gameiro, com a possibilidade de desportos náuticos e um parque de campismo, isto num sitio onde há uns anos atrás ia pescar e não via vivalma durante um dia inteiro.
Já conhecia bem Mora e o seu concelho, devido a incursões gastronómicas a Cabeção e a ribeira da Raia é um dos meus locais favoritos de pesca e posso dizer que nestes 4 meses, Mora deve ter recebido mais visitantes que nas últimas 4 décadas,o impacto que tem e vai ter na economia local será extremamente positivo. De referir que o investimento foi Municipal e o Estado Central apenas atrapalhou com a sua burocracia pesada. Mas quando o homem sonha, a obra nasce....

À atenção de certos "regionalistas" cuja ocupação a tempo inteiro é a de estarem de mãos nos bolsos, sem fazer nada a não ser ladrar contra o estado centralizado em Lisboa....
O Fluviário é um exemplo de que apenas são necessárias boas ideias e força de vontade.

El Liberalismo

Costumo dizer que "Todos os Espanhóis são vigaristas até provarem o contrário".
Até agora tudo o que vem de Espanha prova a validade da minha afirmação.
Enquanto em Espanha as melhores perspectivas de um licenciado em Medicina eram as de ser taxista o resto da vida, aqui d'el-rei, que em nome da livre circulação, Portugal teria que aceitar o seus licenciados em Medicina desempregados.
Cambada de Gilipollas

4 de agosto de 2007

Da estante


Número 4 da Revista bilingue LUSITANIA - Journal of reflection and oceanography, dedicada ao Tema "O abjecto, A América". Editada em Nova Iorque

O Hitler preto morreu impune!


Cabeças de trabalhadores africanos cortadas pela UPA de Holden "Hitler" Roberto
Holden Roberto, o genocida líder racista Angolano, morreu calmamente em Luanda sem nunca se ter sentado no banco dos reús, para responder pelos crimes contra a humanidade, que mandou praticar.

Assim ficarão sem justiça os milhares de homens, as mulheres, crianças no berço e no ventre de suas mães assassinados a seu mando, em nome da "liberdade", liberdade essa que o poder pós 25 de Abril sancionou em Alvor.

Crianças massacradas por Holden "Hitler" Roberto

Que este Fi!*© da P&®# arda no fogo lento dos infernos, em nome dos mártires inocentes do norte de Angola.

Ecos do passado


Évora - Julho 2007 (Pichagem de 1979)