31 de dezembro de 2005
Jaz morta e apodrece
Esta rejeição, motivada por "Falta de certificados de eleitor", documento emitido pelas Juntas de Freguesias, traz-nos à memória o pior da 1ª república, onde as juntas de freguesia só emitiam atestados de residência (Documento necessário para o recenseamento eleitoral) a quem pertencesse ao partido que a controlava.
Nunca nesta 3ª Republica, um cidadão não comprometido com o Polvo Partidário, conseguiu que ver uma candidatura sua aceite pelo Tribunal Constitucional.
É estranho.
É imoral.
É uma farsa.
E poderá muito bem vir a ser letal
Pobre República que Jaz morta e apodrece.
Publicado também em "O Eleito"
Habemos GALP?
29 de dezembro de 2005
Ostracizado mas não esquecido
Chamo a atenção a uma excelente sintese biográfica sobre uma das mais importantes personalidades da segunda metade do Séc. XX português - O Professor Marcello Caetano, escrita no Portugal Contemporâneo.
Para nos apercebermos da grandeza intelectual deste homem, basta dizer que em 30 anos de Democracia ninguém o conseguiu suplantar no Direito administrativo, cujo livro que escreveu continua a ser a biblia de quem quer entender alguma coisa sobre esta área do Direito.
Para além do Direito, Marcello Caetano dedicou-se também à história medieval Portuguesa, sendo os seus escritos sobre as cortes de 1254 e 1385, obras de referência a nível mundial.
27 de dezembro de 2005
Pequenas reflexões sobre eleições em Portugal
[Eça de Queiroz, in Distrito de Évora, 14 Março de 1867]
Não podia estar em maior desacordo com a aplicação deste texto de Eça de Queiroz, à actual situação de Portugal. As situações não são comparáveis.
Na primeira República o panorama foi muito pior, o recenseamento era mais restrito. Nas eleições de 1913 apenas existiam 400 000 eleitores recenseados (menos de 50% que em 1894, para uma população 50% superior) e a taxa de abstenção foi de 62.5%, (150 000 votos expressos) nas restantes eleições o número de cidadãos recenseados nunca ultrapassou os 600 000, excepção feita ao consulado de Sidónio Pais em que o número de cidadãos recenseados chegou aos 900 000, com uma taxa de participação de 57% (510 000 votos expressos) – mas convém referir que nesta eleição, os boletins de voto apenas continham uma única opção, Sidónio Pais!
Nada mau para um regime que gritava: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Durante o Estado Novo, foi o que se sabe, as eleições eram uma fantochada, em tudo semelhante às eleições da 1ª República.
Até ao 25 de Abril, o texto de Eça, escrito em 1867 assenta como uma luva (No Parlamento não está a representação nacional, está a representação oficial […] Aquela representação não é nacional, é ministerial: não representa o povo que a rejeita e que a censura, representa simplesmente os homens que lhe dão os cargos opulentos e os estipêndios largos)
A partir de 1975, o panorama mudou totalmente, o recenseamento eleitoral não possui qualquer restrição (apenas a da idade) é obrigatório por lei, e as eleições são inteiramente Livres.
A partir de 1975 o Parlamento eleito, é-o por todos os Portugueses sem excepção. Quem não se dá ao trabalho de se deslocar às assembleias de voto, para exercer o seu direito, não pode vir depois criticar, que os Deputados são preguiçosos, não fazem nenhum, são de péssima qualidade, etc. e tal.
Isto não quer dizer que o sistema seja perfeito, longe disso!
A representatividade actual não é a ideal, certas figuras de cartaz, são-no até ao dia das eleições, pois a seguir rumam aos seus postos bem remunerados e deixam a cadeira a algum funcionário partidário desconhecido.
O sistema actual gerou Políticos incompetentes, mas nós Portugueses, continuamos eleição atrás de eleição, a votar nesses mesmos incompetentes, dizendo entre dentes “eles são todos iguais”, e suspirando que num dia de nevoeiro, alguém caia de pára-quedas e tome as medidas há muito ansiadas, mas nunca desejadas pela Nação.
O que se pode ainda dizer é:
No Parlamento está a representação nacional, mas esta representa simplesmente os homens que lhe dão os cargos opulentos e os estipêndios largos!
Publicado também no "O Eleito"
26 de dezembro de 2005
O Dito-por-não-dito
23 de dezembro de 2005
15 de dezembro de 2005
Fotografias Potemkine
A página assinalada por Pacheco Pereira é referente a uma exposição da colecção Prokudin-Gorskii, exposta na Biblioteca do Congresso em Washigton.
Apanha do Chá - Chavka (Crimeia)
As fotos foram tiradas entre 1907-1910, ou seja, poucos anos antes da revolução Bolchevique destruir a Santa Rússia, são a versão fotográfica da “Aldeia Potemkine”, pois mostravam ao Czar, que se mantinha fechado no Hermitage de São Petersburgo ou em Tsarkoie-Selo, um país faz-de-conta, pois debaixo da aparente serenidade que irradia das espectaculares imagens de Prokudin-Gorskii, escondia-se uma miséria social que chocou o ovo da serpente Bolchevique.
Aldeia de Kolchedan (Urais)
O termo “Aldeia Potemkine “, teve a sua origem numa Visita à Crimeia que a Czarina Catarina II, a grande, realizou em 1787.
Reza a história que o Principe Potemkin, na altura Primeiro-ministro e líder da campanha militar que conquistou este território para o Império Russo, mandou erigir dezenas de povoações, cujas casas se limitavam a fachadas aparentemente ricas, ao longo das margens inóspitas do rio Dniepr, com o objectivo de a Czarina acreditar na grande riqueza do novo território e assim engrandecer Potemkine aos seus olhos.
Hoje em dia, os modernos historiadores, duvidam que isto tenha realmente acontecido.
No entanto, esta história entrou para os mitos urbanos e o termo “Aldeia Potemine” usada em contexto político, refere-se a qualquer construção falsa, física ou figurativa, destinada a esconder uma situação pouco edificante ou potencialmente danosa para alguém ou a transmitir uma imagem completamente oposta à realidade.
13 de dezembro de 2005
Smoke
12 de dezembro de 2005
Um filme pouco POP
Vendo a fotografia, publicada na TVI, a “agressão” não passou afinal de um mero toque no ombro do candidato.
Naturalmente que os operacionais da campanha vão explorar este sucesso até à exaustão, mas pelo menos não teremos encenações desta estirpe no resto da campanha.
9 de dezembro de 2005
Dr. Viegas e Mr. Hide
A casa da música poderá ser qualquer coisa boa, mas neste momento apenas podemos afirmar “Poderá”.
Apenas Serralves e o Seiva Trupe se salvam no desastre cultural portuense.
Uma das principais provas deste desastre, é o facto de que o pior “alinhador de rimas” que a língua portuguesa conheceu, Carlos Tê, é considerado o “Poeta do Porto”.
A nível dos homens com exposição pública, a cidade também pouco ou nada oferece.
Nos últimos anos o Porto, entregou a sua representação a verdadeiros “Pitecantropos Erectus”, tal como Manuel Serrão ou o inclassificável Tino das Rãs, para gaúdio dos empedrenidos lisboetas, que murmuram “Estão a ver que temos toda a razão, aquilo não passa de uma paisagem selvagem”. Se englobarmos os comentadores do pontapé na bola, então teremos um bando de “Australopitecus aferensis”
Neste deserto cultural salva-se Francisco José Viegas (FJV), Homem de Letras Portuense que consegue passar uma imagem diametralmente oposta aos homens da pré-história, seus conterrâneos.
O que espanta é que até FJV, de quando em vez, é atacado pelo vírus da “Andradite Aguda”, e adopta uma postura mais digna de um “Guarda Abel” que de eminente homem de letras que efectivamente é.
Sinceramente, FJV seria o último adepto do FC Porto que eu imaginaria a celebrar com uma garrafa de espumante uma derrota europeia do Benfica.
Eu sei que ser afastado das competições europeias, por uma equipa com nome de gabinete de design de comunicação, é duro, mas não justifica a “Andradite aguda”.
Nestes maus momentos é melhor lembrar que já aconteceram coisas piores, como ser afastado na primeira eliminatória por uma equipa da 4ª Divisão de Inglaterra. Pelo menos o Artmédia era da 1ª Divisão.
Ou será que isto era apenas número e FJV se encontra a escrever uma versão moderna, lusitana e portuense do romance de Stevenson, “Dr. Jekill and Mr. Hide”
5 de dezembro de 2005
Ouro do Brasil - A Abelha Rainha
Clique na seta para ouvir
4 de dezembro de 2005
25 anos
Volta Gabi, que estás perdoado!
Tens de compreender que até então, não tinha aparecido ninguém pior que tu.
E eu que vomitava de nojo, aquelas pérolas da lingua portuguesa aplicadas à filosofia Futebolística tais como:
Modorra
Entre o já insuportável "Todos contra Cavaco, porque sim!", a luta entre duas facções para controlar o PS, o combate entre dois garnizés, para ver que lidera a esquerda, os silêncios de Cavaco "alexandrino" Silva e os velhos e já gastos lugares comuns que todos debitam, nada consigo aproveitar. É uma "Seca" de todo o tamanho.
Em suma, lá para Janeiro diremos
Tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes
PS (Post Scriptum): Pelo menos, seria bom que o próximo chefe da "coisa", não fizesse tristes figuras a condecorar corruptos condenados
Publicado também no O Eleito
2 de dezembro de 2005
A República Portuguesa no seu melhor
José Maria Duarte Júnior, natural da Guia e empreiteiro da construção civil, , foi agraciado pelo Estado com as insígnias do grau de comendador da Ordem de Mérito Civil, em Setembro de 2003.
A cerimónia de condecoração foi presidida pelo chanceler das Ordens de Mérito Civil, padre Vítor Melícias, que na ocasião, e em nome do Presidente da República, Jorge Sampaio, afirmou que o condecorado representava “o agradecimento de Portugal ao homem, ao cidadão e ao benemérito que dedicou toda a sua vida ao trabalho, à família, à sua terra, a Portugal e àqueles que na comunidade mais necessitam”.
Que palavras tão bonitas! Até fiquei comovido.
Mas quem é José Maria Duarte Júnior?
Profissão: Empreiteiro
Não pagou Imposto de Sisa em 1992 e 1993;
Não pagou o IRS em 1995, 98, 99 e 2000;
Foi condenado por CORRUPÇÃO ACTIVA em 1996 (Juíz - Ricardo Cardoso)
Em 1997, um ano após a sua condenação, foi agraciado a medalha de ouro da Câmara de Pombal pela sua acção de beneficência.
Medalha de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Albufeira.
Nova penhora de bens em 2005 para pagamento de dívidas ao fisco.
Leia a notícia completa no Correio da Manhã
Oh não! É Natal outra vez
Mas tudo isso é suportável. O que é deveras insuportável é a música ambiente que nos persegue até nas ruas.
Já vomito pelos olhos o “Frostie, the snowman, ou o “Santa Claus is coming to town” e pelos ouvidos o Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras, que ao desejar “A todos um bom Natal”, liberta em mim instintos infanticidas
1 de dezembro de 2005
Vivam os Heróis da Restauração da Independência
O dia da redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a nação
A fé dos campos de Ourique,
Que coragem deu valor
Aos famosos de quarenta
Que lutaram com ardor
P'ra frente
P'ra frente
Repetir saberemos, as proezas de Portugal
Ávante
Ávante
E a voz soará triunfal
Ávante Mocidade de Portugal
(Hino da Restauração)
Hoje pelas 16h00, na Praça dos Restauradores realizar-se-á a tradicional homenagem aos Heróis da Restauração da Independência de Portugal.
Aproveite enquanto for permitido!
29 de novembro de 2005
French Kyss
Um regresso que se saúda.
28 de novembro de 2005
Correio Electrónico enviado à Sr.ª Ministra da Educação
Venho por este meio expressar a minha profunda indignação pela perseguição de carácter Nazi, que você e os serviços do seu ministério decretaram à Igreja Católica Apostólica Romana, pilar da nação Lusitana e da civilização ocidental, matriz fundamental da sociedade de liberdade e paz na qual nós vivemos.
Não basta fundamentar a sua acção numa qualquer lei, esta é uma questão de princípio e de justiça.
O ministério que você dirige tem vindo, desde há muitos anos a destruir sistematicamente o nosso sistema educativo, fazendo com que hoje em dia, os níveis de escolaridade e literacia da população Portuguesa sejam uma autêntica anedota de mau gosto, quando comparados com os restantes países da União Europeia.
Você e o ministério que dirige estão a colocar a nossa própria existência, como país, como pátria e como cultura em perigo!
Você esconde-se cobardemente, justificando a vil acção com base em queixas. Mas quem é que se queixa? Porque é que você não leu ao país, aquilo que esse mísero grupo de biltres frustrados, a que você abedece, escreve?
Se não sabe eu transcrevo aqui alguns extractos da mensagem de ódio que exalam
Esta é sobre a impressionante Procissão que Lisboa inteira assistiu recentemente:
"O patriarca Policarpo vai consagrar Lisboa à Virgem Santíssima […] Consagrando-lhe a cidade, oferece-lhe crentes e ateus, virgens e delambidas, polícias e ladrões, drogados e passadores, igrejas e lupanares, casinos e escolas, como se a cidade fosse uma coutada da ICAR e as pessoas, os animais de um jardim zoológico."
Esta é sobre um sínodo da Igreja Católica
"Em três semanas de reclusão, sob o olhar indiferente de um Cristo com ar de passador de droga, rodeados de santos com aspecto demente e da Virgem parida e insatisfeita, 256 celibatários debitam trivialidades e convencimento. Têm a clientela a preservar, um livro estúpido a defender e rituais obsoletos a manter."
Estes são apenas dois pequenos excertos que mostram que estes animais dizem dos crentes católicos, aquilo que Adolf Hitler e seus seguidores nunca disseram do povo Judeu.
A senhora devia ter vergonha na cara, em estar às ordens desta corja de canalhas, que compõe este clubezeco e não à ordem do povo Português, que elegeu o seu governo.
Não venho pedir para colocar crucifixos em cada sala de aula, venho apenas chamá-la à razão, pois se você tivesse um mínimo de dignidade e bom senso, pura e simplesmente diria ao país que é indiferente que uma sala de aula tenha ou não um crucifixo é apenas um critério da própria escola.
Luís Bonifácio
27 de novembro de 2005
Combate!
VÁVÁ
Apetece-me dizer:
Umbiguismo
26 de novembro de 2005
Triste Fado o nosso
Depois, riscaram os Heróis das páginas da nossa história;
Agora querem retirar os crucifixos, simbolo primeiro da nossa cultura ocidental.
Os governantes aceleram a fundo, rumo à destruição da nossa pátria, destruíndo o sistema de ensino, fazendo com que as escolas despejem fornadas de inocentes ignorantes, que mais não servem para servir às mesas os estrangeiros que nos visitam. Triste destino que a classe política Portuguesa traçou para todos nós, há muitos anos a esta parte.
24 de novembro de 2005
Deixem falar quem percebe do assunto
23 de novembro de 2005
The OTA Files
Ausente em Parte incerta
16 de novembro de 2005
Apanhados!!!
De realçar o último video, onde ao Bandido da estrada marginal, a boca lhe foge para a VERDADE.
Um Ano de Cartas
Um ano passado e publiquei cerca de uma centena de textos com Cartas que cobrem o periodo 1911-1914, 3 anos em um e ainda faltam cerca de 500 cartas (1915-1928).
Este é um trabalho enorme, mais do que havia previsto e se já era dificil quando acumulava o hobbie de historiador com a minha vida profissional, mais ainda quando acumulo a minha vida profissional com a frequência, até agora bem sucedida, de uma pós-graduação.
14 de novembro de 2005
NOVA FLORESTA ERROU!
Como podem ter lido aqui, eu estava particularmente com pouca fé na sua absolvição, pois apesar de me parecer a única explicação lógica. (Na realidade o caso nem sequer deveria ter passado a fase de inquérito), a ultima sessão do julgamento parecia que a condenação era mais que certa, por muito absurda que parecesse.
Leia a sentença aqui.
Recomendo particularmente este postal do Manuel da Grande Loja.
13 de novembro de 2005
A minha Visão da França – Experiência Pessoal
Na Universidade era frequentada por muitos estudantes descendentes de várias comunidades, incluindo a Francesa. Os estudantes de origem Magrebina, filhos e netos de estrangeiros estavam perfeitamente integrados na Sociedade, com hábitos civilizacionais idênticos aos dos Franceses e mantinham na mesma a sua religião e cultura maometana, sem qualquer espécie de problema. Respeitavam as mulheres da mesma maneira que um Francês e isso não constituía qualquer fonte de conflito com a sua cultura árabe. Em suma nada os distinguia dos seus colegas franceses de várias gerações.
Isto representava um bom exemplo de integração, na pior região de França para um magrebino – A ALSÁCIA*
Seria bom que a generalidade dos meios de comunicação e da classe política tratasse o problema com que a França se debate, com o realismo necessário, pois os confrontos de rua em França são a luta das Trevas contra a civilização da Luz. É uma ameaça que não afecta só a França, mas sim toda a Europa Ocidental e a sua civilização de Liberdade.
* - O Termo “Pied-Noir”, com que a sociedade francesa apoda os Franceses expulsos da Argélia após a independência desta, não é um termo francês, na realidade é um termo criado pelos árabes no século XIX para designar os colonos Franceses. Estes sobretudo a partir de 1870 eram constituídos, na sua esmagadora maioria por refugiados Alsacianos que fugiam à ocupação alemã da sua terra. O traje tradicional Alsaciano, caracteriza-se por uma bota preta usada tanto pelos homens como pelas mulheres, daí o nome “Pied-Noir" (Pés Pretos) com que foram chamados pelos árabes.
A minha Visão da França – A (des)integração Muçulmana
Este tipo de afirmação é profundamente redutor e a sua consequência é o aumento da simpatia pelas ideias de Le Pen na classe média que se sente insultada pelos meios de comunicação e demais classe política.
É certo que de uma maneira geral, os Franceses são “Chauvinistas” e não vai muito “à bola” com estrangeiros. Mas haverá algum país que não o seja, sobretudo aqueles de onde os emigrantes são oriundos?
Portugueses em Bidonvilles (Anos 60)
A própria comunidade Portuguesa em França foi, no início ostracizada, mas esse ostracismo existiu apenas enquanto os Portugueses ocuparam a escala mais baixa do tecido social francês. A partir de meados dos anos 70, a progressiva melhoria da sua condição económica, a sua diluição no meio das urbes de França e a melhoria das capacidades no domínio da língua francesa integraram-na completamente na vida francesa. Para ajudar ainda mais a sua integração, os seus filhos eram baptizados com nomes franceses, sendo hoje plenos cidadãos do hexágono, com provas de cidadania dadas, não sendo tratados de maneira diferente dos franceses de várias gerações.
A comunidade islâmica, na sua grande maioria, adoptou o percurso inverso. Guetizaram-se, rejeitaram a cultura Francesa e hoje a 3ª geração continua a chamar-se Abdel, Moahmed e Aziz, numa clara recusa da integração na sociedade Francesa.
A praga do Multiculturalismo ajudou, e muito, ao problema que hoje se vive. Esta perniciosa ideologia cultural desculpabiliza todo e qualquer comportamento menos próprio de qualquer comunidade não branca e não cristã (O inverso já não acontece), permitindo a continuação de práticas medievais, atentatórias da própria cultura do país de acolhimento, tais como a negação de direitos às mulheres.
Afirmar, como afirmam os meios de comunicação, que todos os muçulmanos são vitimas, é reveladora de uma enorme cegueira e não faz mais que atirar gasolina para uma fogueira.
12 de novembro de 2005
Assim vai a Justiça em Portugal (II)
Data do Crime: Algures em Setembro de 2004
Arguidos: Leonor e João Ciprinano
Condição social dos arguídos: "Zé-Ninguém"
Amigos dos arguídos: Inexistentes
Início do Julgamento: 12 de Outubro, às 09h30, no Tribunal de Portimão
Fim do Julgamento: 11 de Novembro de 2005, às 15h00, no Tribunal de Portimão
Sentença:
Leonor Cipriano - 20 anos e quatro meses de prisão;
João Cipriano - 19 anos e dois meses de prisão.
E se a mãe da Joana se chamasse Ana Gomes, como seria feita Justiça?
Vem aí o Açaime
ASSEMBLEIA DA
REPÚBLICA
Lei n.º 53/2005de 8 de NovembroCria a ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social,extinguindo a Alta Autoridade para a Comunicação Social
Artigo 6.ºÂmbito de intervençãoEstão sujeitas à supervisão e intervenção do conselho regulador todas as entidades que, sob jurisdição do Estado Português, prossigam actividades de comunicação social, designadamente:
a) As agências noticiosas;b) As pessoas singulares ou colectivas que editem publicações periódicas, independen-temente do suporte de distribuição que utilizem;c) Os operadores de rádio e de televisão, relativamente aos serviços de programas que difundam ou aos conteúdos complementares que forneçam, sob sua responsabilidade editorial, por qualquer meio, incluindo por via electrónica;d) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem ao público, através de redes de comunicações electrónicas, serviços de programas de rádio ou de televisão, na medida em que lhes caiba decidir sobre a sua selecção e agregação;e) As pessoas singulares ou colectivas que disponibilizem regular-mente ao público, através de redes de comunicações electrónicas, conteúdos submetidos a tratamento editorial e organizados como um todo coerente.
Profissão de Fé
A imagem de Nossa Senhora de Fátima desfila em procissão entre a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e a Praça dos Restauradores. Nesse precurso não cabe nem mais uma agulha. É impressionante.
A vista destas imagens já está a pôr os cabelos em pé aos cães raivosos jacobinos, que remetidos ao exercício da escrita, ainda não perderam a "esperança" de mandar umas bombas para dentro de Igrejas e procissões como estas, como era costume no tempo em que mandava o seu "Santo Protector", o porco Afonso Costa.
A canalha Jacobina está, neste dia 12 de Novembro, assanhada como cães raivosos e babam esta escrita nojenta, que abaixo transcrevo, própria para ser escrita em papel higiénico, pois só assim lhe poderiamos dar alguma utilidade.
"[...]Hoje, a Senhora de Fátima está em Lisboa, rodeada de padres, bispos e outros ociosos, à espera de a levarem a percorrer o caminho das prostitutas, proxenetas e carentes sexuais que arriscam a SIDA, a hepatite, a blenorragia e a sífilis.[...]
[...]O patriarca Policarpo vai consagrar Lisboa à Virgem Santíssima como quem adjudica uma ilha tropical para oferecer à amante. Consagrando-lhe a cidade, oferece-lhe crentes e ateus, virgens e delambidas, polícias e ladrões, drogados e passadores, igrejas e lupanares, casinos e escolas, como se a cidade fosse uma coutada da ICAR e as pessoas os animais de um jardim zoológico de que a diocese fosse a proprietária.[...]
[...]Um destes dias o xeique Munir sai desembestado da mesquita para consagrar a cidade a Maomé e, se a moda pega, solta-se da sinagoga um rabino que consagra Lisboa a Yavé.[...]
Mas que prosa raivosa de alguém que não tem fé, mas mantém "esperança" no seu nome.
11 de novembro de 2005
Assim vai a Justiça em Portugal (I)
"em tribunal penal (...) exige-se o afastamento de toda a dúvida sobre os factos e as respectivas autorias e culpabilidades". Percorrendo o processo, os desembargadores depararam-se, segundo dizem, com "uma dupla e insanável dúvida quanto à veracidade das imputações feitas ao arguido e quanto à pretendida inocência deste". E, citando Figueiredo Dias, defendem que "avançar para a pronúncia (julgamento), com as ditas incertezas", constituiria "um ataque ao bom nome e reputação do acusado".
Os desembargadores da Relação de Lisboa consideraram o reconhecimento fotográfico feito pelos jovens que dizem ter sido abusados por Paulo Pedroso, ou visto o ex-deputado em casas onde ocorreriam abusos, muito frágeis. Para além de entenderem que as declarações desses jovens são pouco "credíveis", "fantasiosas", "inquinadas"
Até aqui tudo bem! Faz tudo sentido. Mas quem não é versado nestes temas de jurisprudência tem de usar o seu senso comum e comparar com outras sentenças sobre crimes similares.
O Tribunal da Relação de Coimbra publicou em 9 de Março último e assinado pelos meritíssimos juízes Belmiro Andrade, Oliveira Mendes e Elisa Sales, um acórdão relativo a crimes sexuais, do qual destaco as seguintes passagens:
(Tal como os seus colegas de Lisboa, os Desembargadores de Coimbra também se apoiam em Figueiredo Dias)
"[...]É certo que, em matéria de apreciação da prova em julgamento vigora o princípio in dubio pro reo. Significando que “em caso de dúvida razoável” após a produção de prova, tem de actuar em sentido favorável ao arguido - formulação de Figueiredo Dias, Direito Processual Penal, Ed. de 1974, pág. 215, citando a doutrina nacional e estrangeira no mesmo sentido[...]"
No entanto não se limitaram à formulação de Figueiredo Dias, velha de 30 anos. Consultaram também outra jurisprudência Nacional e assim:
"[…]Sendo cedo que, como refere o Ac. STJ de 02.02.2004 citado na resposta “Nos crimes sexuais o depoimento da vitima é muitas vezes a única prova directa, por se tratar de factos cometidos na intimidade de um numero limitado de pessoas… podendo, de per si, fundamentar uma condenação» […]"
Os Desembargadores de Coimbra decidem assim o seu acórdão:
[…]Assim, sendo o depoimento da assistente credível e corroborado em aspectos periféricos por outros meios de prova, mantendo-se em audiência, com amplo contraditório e com base na imediação, a condenação do arguido surge como muito provável, ou em todo o caso mais provável que a absolvição. Devendo por isso o ser pronunciado."
Apenas acrescento que o arguido de Coimbra, é um comum mortal, tal como eu ou os meus caros leitores, enquanto que em Lisboa o arguido era um politico com poder e protegido pela maçonaria.
Assim vai a nossa Justiça, Vergonha de Portugal
Correlação perfeita
PJ Investiga Millenium. Possível fraude no IVA com negócios de imóveis
Esta Semana:
Millenium vai transferir Fundo de Pensões para a Segurança Social. Déficite pode baixar 3 % com esta operação.
Qual o coeficiente de correlação entre estes dois factos?
1.00 - Correlação perfeita
Assim vai Portugal, onde quem tem dinheiro pode perfeitamente "comprar" a sua impunidade a um estado onde tudo procura "$acar o $eu".
10 de novembro de 2005
De Cavalo para Burro
9 de novembro de 2005
Necrologia
7 de novembro de 2005
O Verdadeiro IGnobel!
RE:RE: Cavaco! Eu não acredito
Isso nem pensar, apesar de ser o chefe de governo em período difícil (nada comparado com o período 83/85), foi um PM medíocre, apenas não demos por isso, pois veio Santana logo a seguir.
Cavaco. Eu não acredito!
1º - O facto de ter governado em período de crescimento, logo após 11 anos de depressão, crise profunda e contenção.
2º - A mediocridade relativa dos seus sucessores à frente do governo.
3º - Os anos de silêncio que se remeteu após 1995.
Cavaco Silva não foi o Primeiro-Ministro extraordinário que a sua imagem apresenta e uma parte importante dos Portugueses acreditam. Aliás, a crise que hoje vivemos é apenas o resultado de más decisões e estratégias erradas, tomadas durante os seus governos.
Em 1986, o destino de uma indústria têxtil baseada na produção por subcontrato estava já traçado. Quem entendia alguma coisa deste sector industrial, pensaria que os fundos europeus seriam canalizados para os sectores de distribuição e marcas, em detrimento da produção. Os governos de Cavaco assim não pensaram, milhões e milhões foram enterrados nas fábricas do Vale do Ave, onde pontificavam membros do próprio governo nas estruturas dirigentes.
Desde 1986 que se ouve ecoar que a população Portuguesa não possui as qualificações profissionais, nem o nível educacional necessário para poder dar o “salto em frente”. Ao contrário de apostar na reactivação das escolas industriais e comerciais, a Formação foi vista como um mero negócio, ou melhor, como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. No Vale do Ave davam-se “cursos de formação” a trabalhadores quase analfabetos, cujas “aulas” se limitavam a uma mera recolha de assinaturas. Passados 20 anos, os desempregados desta zona do país possuem exactamente as mesmas habilitações que outrora, Apenas sabem dar nós em fios.
Neste últimos 20 anos, não faltou quem alertasse para a situação, não faltou quem apontasse caminhos. Porter disse-o, pouca gente o quis ouvir. O sector vinícola escutou-o atentamente e hoje em dia é dos poucos sectores competitivos da agricultura, até mesmo da economia, nacional.
É certo que nem tudo se pode apontar a Cavaco, por parte do PS nunca houve a mínima disposição de se efectuar um pacto de regime, como aconteceu em Espanha.
Cavaco esteve 10 anos com maioria absoluta e nunca teve uma estratégia que se visse. Porque é que agora, passados 10 anos a terá?
Eu não acredito!
5 de novembro de 2005
Como se cria um monstro
Usando de métodos de trabalho revolucionários
A Auto-Estrada está a ser construída a uma velocidade recorde
Que deixa as autoridades Francesas surpreendidas
Bem como a própria Moirama trabalhadora
Mas não consigo perceber tanto afã para construir esta AUTO-ESTRADA que vai acabar no Eliseu, para ser utilizada apenas por uma unica pessoa.....
3 de novembro de 2005
Mais Cartas Portuguesas
2 de novembro de 2005
31 de outubro de 2005
Al Carajo!
Vergonha ou mera encenação
Profissão: Político
Em tom exaltado, Mário Soares disse que Cavaco era um político profissional por receber uma reforma respeitante aos dez anos que ocupou o lugar de Primeiro-Ministro.
Esta frase é reveladora do estado confrangedor do cérebro de Mário Soares, coloca aos outros os seus próprios defeitos.
É um facto que Cavaco Silva foi um politico profissional desde o Congresso da Figueira da Foz até à noite das eleições presidenciais de 1995. Daí para diante, Cavaco foi o que sempre foi. PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, manteve a sua filiação no seu partido, e apenas interveio publicamente algumas vezes, menos que os dedos de uma mão.
As afirmações de Soares ainda são mais descabidas, pois se em Portugal existe um político profissional, esse político é Mário Soares. Originariamente um advogado de barra, Soares já não exerce esta profissão desde o longínquo ano de 1974. Desde há 31 anos que Mário Soares vive única e exclusivamente da política. Tudo o que tem foi-lhe dado pela política, incluindo a sua fundação, paga com o dinheiro de todos nós.
30 de outubro de 2005
Com apoiantes deste Calibre....
O artigo está cheio de prosas deste estilo:
“É ESPANTOSO que […] Manuel Alegre diga e desdiga […] as palavras que disse sobre se era ou não candidato à presidência […]”
“Recordo muito bem, tê-lo ouvido numa noite, lá para os lados de Viseu, dizer que sim, mas que não […]"
Acho ESPANTOSO que Maria Helena Correa (sem i) se recorde tão bem das hesitações de Alegre, mas que sofra de amnésia total perante o anúncio, com pompa e circunstância ainda não fez um ano, da passagem à reforma do agora candidato a presidente, de que é apoiante.
Pergunta ainda Maria Helena Correa (sem i).
“Que leva Manuel Alegre a estar contra o seu amigo Mário Soares”
Não quero ser moralista, mas ser amigo é avisar antecipadamente este, que está interessado a candidatar-se ao mesmo lugar e não fazê-lo por interpostas pessoas ou pelos meios de comunicação social, fazendo de conta que o amigo nunca existiu.
A certa altura, porém, a escrita de Maria Helena Correa (sem i) fugiu-lhe para a verdade ao escrever que:
[…] o candidato escolhido pelo seu próprio partido, Mário Soares.[…]
A candidatura de Mário Soares não é, ao contrário do agora apregoado, uma iniciativa independente do Partido, pois tal como o mesmo disse na cerimónia de apresentação da candidatura, “Só avancei quando soube que o meu partido me apoiava”.
Apesar de todos os candidatos apregoarem que as suas candidaturas são 100 % independentes dos partidos, nesta corrida apenas Alegre o é. Mesmo Cavaco Silva, também o pode, em certa medida, afirmar a sua independência, mas no seu caso isso deve-se unicamente ao estado de orfandade em que deixou o PSD.
Maria Helena Correa (sem i), termina o seu texto com palavras verdadeiramente execráveis sobre Manuel Alegre:
[…] Lamentável esta queda do Poeta. Lamentável, e, afinal, previsível, ou não. Lamentável este fim de carreira, porque vaticino com esta forma de conduta um final com uma história sem história […]
Cara Maria Helena Correa (sem i), o poeta não vai cair, pois o Poeta só agora se levantou e com a sua decisão deixou o buraco de Vate oficial do regime e passou a ser um poeta de Portugal. A sua postura e a sua pose de cavaleiro, não a pose de D. Quixote, cavaleiro da triste figura, mas o paladino da decência, da honra e da amizade, que ao cortar as grilhetas que o amarravam ao anquiloso PS faz com que hoje em dia seja mais respeitado, à esquerda e à direita, que alguma vez o foi. Manuel Alegre passou a ser de todos, evitando desta maneira o triste destino de José Afonso, para sempre agrilhoado nas masmorras dos amanhãs que cantam.
Espero que no próxima dia 9 de Janeiro, as ultimas palavras de Maria Helena Correa (sem i) se apliquem ao candidato que diz ser apoiante, Mário Soares, que com apoiantes deste calibre dispensa qualquer adversário.
29 de outubro de 2005
Dois anos ao serviço da cultura e conhecimento
Durante estes dois anos o blogue do Nuno Guerreiro divulgou e divulga aspectos essenciais da cultura judaica, tão desconhecida em Portugal, país que no passado ocupou um ponto central na diáspora deste povo tão incompreendido.
Apenas temho um pequeno reparo a fazer.
O Lema do Rua da Judiaria é uma frase de Ben Zoma - "Quem é sábio? Aquele que aprende com todos".
Eu acho que esta pergunta pode ter ainda mais uma resposta - Aquele que procura ensinar a todos.
Parabéns Rui.
Que esta Rua cresça sem parar.
Justiça à Portuguesa
O processo de António Caldeira é uma verdadeira amostra de como um sistema pesado perde tempo com investigações e que no final leva a julgamento um cidadão cumpridor com base em factos que, na minha opinião de leigo, apenas chegavam para concluir ao fim de 5 minutos de investigação que António Caldeira nunca desobedeceu a coisíssima nenhuma.
Os factos eram apenas os que a seguir vos conto, na linguagem de leigo em matéria jurídica:
Algures no ano transacto um tribunal emite uma ordem que proíbe a divulgação de peças em segredo de justiça. Ao que parece esta ordem foi emitida antes da publicação por parte de António Caldeira de peças processuais relativas ao caso Casa Pia.
Qualquer ordem de um tribunal tem de ser comunicada aos interessados, se estes forem a Opinião Pública em geral, a ordem é publicada nos jornais de grande circulação.
Ora no caso de António Caldeira nada disto se passou. Nem António Caldeira foi formalmente notificado, nem o tribunal publicou qualquer informação nos jornais.
Para aumentar a Kafkianidade deste processo, o advogado de António Caldeira solicitou ao tribunal uma certidão relativa a esta ordem. A resposta que recebeu foi de que essa peça processual (A ordem que proibia a publicação de peças processuais da Casa Pia) não poderia ser fornecida, pois a mesma encontrava-se SOB SEGREDO DE JUSTIÇA!!!!!
Resumindo, António Caldeira foi acusado de ter desrespeitado uma ordem do tribunal, ordem essa, que por lei, nunca lhe poderia ter sido comunicada.
Um caso assim montado num país decente nunca chegaria a tribunal. Em Alcobaça, Portugal no ano da graça de 2005 chegou.
Julgado por uma juíza visivelmente imberbe e uma delegada do MP que mais parecia uma múmia paralítica, de tão muda e queda que esteve durante toda a sessão. Esta última apenas do seu torpor nas suas alegações finais, nas quais debitou um texto visivelmente preparado antes da audiência.
Assim vai a justiça em Portugal. Mais de vinte pessoas que perderam uma manhã e uma tarde de suas vidas, mais umas dezenas de quilos de papel gasto, centenas de horas de trabalho do sistema judicial e milhares de contos de despesa pública, que poderia ter sido empregue noutros casos com maior utilidade para o nosso país.
A António Caldeira, o nosso “Primus inter paris” a ser levado a julgamento, envio daqui o meu fraterno apoio que estarei sempre disposto a lhe prestar.