2 de janeiro de 2008

Um Portugal em que a ASAE não toca

Existe ainda um Portugal intocado pelos inspectores da ASAE. Um Portugal que é um paraíso para o dumping de produtos estrangeiros. Coisa que não parece preocupar de sobre maneira o seu inspector-geral, mais preocupado, vá-se lá saber porquê, com o número de restaurantes existentes em Portugal do que com a saúde financeira das empresas que tentam levar este país para a frente.

As fotografias acima foram tiradas por mim na semana passada, numa grande superfície de Lisboa e documentam a violação do disposto no Decreto-Lei n.º 238/86 de 19 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 42/88 de 6 de Fevereiro, mais concretamente o seu art.º n.º 1, cuja fiscalização compete à própria ASAE.
Neste pequeno exemplo, e dentro de uma grande superfície existem milhares, podemos ver uma série de produtos onde a língua portuguesa está completamente ausente. Existem produtos em língua espanhola, Inglesa, incluindo mesmo uma coisa que aparenta ser um sabonete com o rótulo redigido em 4 (Quatro) línguas diferentes, menos a língua do país onde está a ser vendido.

Eu penso que deve haver alguns inspectores que façam as suas compras em grandes superfícies, pelo que já se devem ter deparado com esta situação, mas como vejo estes exemplos em TODAS as grandes superfícies deduzo que a ASAE nunca tenha feito qualquer "raid" (com metralhadoras, passa-montanhas e coletes à prova de bala) a este tipo de comércio.

Porquê?

Aceitam-se opiniões, mas vamos partir do princípio que as grandes superfícies são deixadas em paz apenas porque o senhor António Nunes gosta muito da cadeira onde está sentado!

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