5 de janeiro de 2008

A conspiração

Quando o Banco de Portugal decidiu intervir no BCP, tirando da cartola a Caixa Geral de Depósitos, pensei que tal solução se devia ao facto de o BCP poder estar perto da bancarrota e que a solução seria um recurso de última hora destinado a evitar o colapso do Banco.

Com a noticia do Público fiquei a saber que tudo não passa de uma conspiração destinada a obter o controlo do maior banco privado pelo maior banco público.
A insuspeita Visão vais mais longe. Para a revista de esquerda, a operação não passa de uma conspiração da Maçonaria destinada a roubar à Opus-Dei o controlo do BCP.

Os 500 milhões, atribuídos pela CGD, com a assinatura de Armando Vara, referem-se apenas ao primeiro semestre de 2007. Falta saber quantos milhões foram emprestados o segundo.
O Banco de Portugal apenas interveio depois de os accionistas conseguírem alcançar as posições que lhes interessavam, e provavelmente fê-lo a seu pedido.

Nota: Entre a lista de accionistas beneficiados com o empréstimo da CGD está Goes Ferreira, o tal a quem o BCP perdoou um empréstimo de 15 milhões, destinado a comprar acções do BCP. Será que a CGD está preparada para lhe perdoar novamente? Talvez sim, a troco do seu voto favorável à eleição das mesmas pessoas que aprovaram o empréstimo.

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