21 de fevereiro de 2009

Importa-se de clarificar?

"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável"
margarida moreira, Directora regional de educação

Eu já não pertenço à geração que, educada debaixo da pata fascista de Salazar, era obrigada ao perfeito domínio da língua, falada e escrita, bem como de outras matérias lectivas. Na minha geração havia uma ambivalência no ensino. Uns professores fascizantes, através de métodos pidescos, ensinavam os alunos a língua portuguesa. Outros bem mais progressistas e imbuídos do espírito do 25 de Abril, achavam que ensinar era coisa do passado e que o domínio da língua era perfeitamente dispensável na sociedade progressista do futuro.
Naturalmente esta visão prevaleceu de modo a que alguém mais novo que eu nem sequer detectaria qualquer incongruência semântica na frase da douta directora-regional.
Eu pelo menos consigo detectar o erro, a ponto de não compreender o que é que a insigne educadora infantil, arvorada em directora-regional pretendia afirmar.