Hoje foi assassinada uma grande mulher. Benazir Bhutto, herdeira política do seu pai, Zulfikar Ali-Bhutto. Assassinada tal como os seus dois irmãos, seguindo assim o mesmo destino trágico do seu pai.
Verdadeira mulher sem medo, tinha escapado recentemente a um outro atentado, minutos depois de ter regressado ao Paquistão. Mas essa recepção não a demoveu.
A sua coragem, o seu respeito pela democracia e o seu liberalismo metia medo a muitos, sobretudo àqueles que querem ver a anarquia instalada no Atómico Paquistão. Hoje conseguiram os seus intentos.
O sub-continente indiano (Paquistão, India e Ceilão) caracterizou-se por um poder dominado por dinastias. Isso é uma coisa normal em muitos países, mas o que não é normal é que o comando dessas disnastias tivesse sido sempre assegurado por Mulheres, quando culturalmente os países que governaram fosse dominada por homens.
Benazir Bhutto com Indira Gandhi, também ela assassinada, com Sirimavo Dias Bandaranaike, que assumiu o poder no Ceilão após o assassinato do seu marido e sobreviveu a atentados conjuntamente com sua filha Chandrika Bandaranaike, presidente do Ceilão durante 11 anos.
Estes são exemplos de "Mulheres de Armas", que não cruzaram os braços perante as adversidades culturais e políticas dos seus países.
Um exemplo a seguir num país onde mal consegue eleger uma dezena de mulheres para um parlamento de 230 deputados.
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