28 de julho de 2006

A Gestão da Guerra

Um dos mais difíceis exercícios de gestão que existe é a gestão de uma guerra. Não estou a falar da gestão militar de um conflito. Falo daquilo que hoje em dia assume cada vez maior importância que as movimentações no terreno – O combate e a percepção da guerra nos meios de nos meios de comunicação.

A resposta do estado de Israel, que estamos a assistir no sul do Líbano, é mais do que justa e, em minha opinião peca por tardia. Neste momento as acções Israelitas parecem não estar a correr muito bem no capítulo da informação.

Na Europa, Israel parte em Desvantagem. Tem contra si a maioria dos meios de comunicação. Tem contra si importantes países europeus - França, sempre a mostrar-se “independente” e a Espanha que, ao contrário de Portugal, nunca perdeu o seu Anti-Semitismo de há 500 anos atrás e agora, aliada a um Primeiro-Ministro débil e anti-americano primário se encontra na vanguarda das criticas ao democrático estado israelita.
Israel Tem contra si o facto de, como país ocidental que é, não permitir a captura e difusão das vítimas do terrorismo.

O Hezzbolah, pelo contrário, para além de ter a simpatia generalizada dos meios de comunicação ocidentais, não tem qualquer pudor em mostrar imagens de “alegadas” vítimas de bombardeamentos sempre “civis” e sempre “mulheres e crianças”.
Até na própria blogoesfera certos bloguistas que pensava serem mais eticamente evoluídos não se coíbem de mostrar e difundir as fotos da “alegadas” vítimas do “terrorismo sionista”.

Como Israel é um estado democrático onde impera a Liberdade, no terreno as acções de Israel são imediatamente noticiadas em todo o mundo, ao passo que no lado do Hezzbolah as reportagens que nos permitem ver, são em tudo idênticas às feitas pela RTP em Angola e Moçambique antes do 25 de Abril.

Para além destes óbices, temos de adicionar os erros que são feitos por Israel:
Foi um erro ter permitido a crianças escreverem mensagens em granadas;
Foi um erro ter bombardeado zonas residenciais! Mesmo que o bombardeamento se justificasse, as imagens que chegariam ao Ocidente seriam captadas após a devida preparação feita pelo Hezzbolah.
Foi um erro ter morto 4 observadores da ONU.

Estes erros são um maná para os jornalistas anti-israel, a pouco e pouco vão conseguindo alterar a consciência da opinião pública ocidental, que continua a recusar aceitar a ideia de que está tão ameaçada quanto a Sociedade Israelita.

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