28 de abril de 2005

A Bolsa dos Cromos

Imagem: Tabacaria.org

A minha aprendizagem do sistema capitalista começou muito cedo, logo na Escola Primária.
Na escola do Adro, em Matosinhos, quando tocava a intervalo, reunia-se a bolsa dos cromos, na qual se realizavam transacções. Nestas transacções não havia dinheiro envolvido (Na altura, anos 70 também não havia). Existia um complicado sistema de cotações estabelecido com base na dificuldade em obter o cromo pela via normal (Saquetas com 4, ou rebuçados no caso dos futebolistas). Assim sendo o cromo 210 da colecção do Vickie, o Viking, chegou a ser transaccionado por 50 cromos dos mais fáceis. Os valores mais exorbitantes eram alcançados quando o cromo pretendido fechava a colecção.
Em 1974, tive que dar uma equipa completa do Leixões e do Benfica (Dos rebuçados Universal), para obter o cromo do “Big-Boy da Union Pacific” que completou a minha colecção dos comboios. Mas valeu a pena, como fui o primeiro da escola a completar a colecção, a minha caderneta circulou por todos os alunos da escola. Senti-me como o Oliveira se sentiu após ter comprado a PT multimédia.

Sem comentários: