8 de fevereiro de 2008

Muros



A Helena Matos gosta muito deste muro. Afirma ela, com admiração, que este muro impediu ataques suicidas em Israel durante um ano, tal como Erich Honecker afirmava que o muro de Berlim servia para impedir a entrada da cultura degenerada ocidental na Alemanha de Leste.
Talvez Helena Matos tenha alguma razão. Mas o Muro não impediu o recente ataque terrorista em Dimona.
Quase todos os Muros dividem e isolam, dão uma sensação de segurança, é certo, mas são sempre franqueáveis e a longo prazo contribuem para a separação entre comunidades, o que se torna grave no Médio Oriente, onde essas mesmas comunidades se deveriam aproximar de forma a enterrarem definitivamente os seus medos e os seus preconceitos. O Muro de Israel, de que se mostra na imagem uma secção vista do topo do Monte Sião em Jerusalém, não vai impedir totalmente os ataques suicidas, mas vai, a longo prazo, separar ainda mais as duas comunidades, contribuindo desse modo para 0 aumento do ressentimento e consequente extremar de posições no Médio Oriente.

No parágrafo anterior referi que quase todos os muros dividem e isolam. Isso afirmei, porque existe pelo menos um que une. E distam escassos 2 Km um do outro.


O Muro das Lamentações, lugar mais sagrado da Religião Judaica, é um muro de união. Está aberto a todas as confissões ateus inclusive, pois ninguém pergunta a religião de quem o visita. A entrada é LIVRE

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