Via Sacra, atribuída ao atelier de Manoel da Costa Athaíde, pintor nascido em Minas gerais. Contemporâneo de António Francisco Lisboa, o Aleijadinho
Estamos em plena época da Páscoa, para os cristãos é a celebração da Ressureição de Jesus Cristo, ou seja celebra-se a vitória sobre a morte. Para os Judeus, a Páscoa (Pesach) é a celebração da libertação e fuga do Egipto do escravizado povo Judeu, liderado por Moisés. A Páscoa é, para a civilização ocidental uma celebração de vitória.
Esta Páscoa que hoje vivemos é também uma celebração de uma vitória, uma vitória da cidadania portuguesa contra uma classe dirigente completamente desligada daqueles que os elegeram e pela qual sentem muito pouco respeito.
Nesta Páscoa não podemos passar sem a leitura do postal de António Caldeira - Páscoa da Cidadania, a partir do qual fiz o título deste postal.
Nesta Páscoa também não podemos passar sem o artigo de opinião que José Pacheco Pereira escreveu hoje no Público. Surpreendeu-me bastante pela positiva, Pacheco Pereira, usualmente tão crítico com os seus companheiros da Blogosesfera, escreveu hoje um excelente elogio do trabalho realizado desde há dois anos por António Caldeira. Pena é que durante dois anos, Pacheco Pereira tenha primado pelo silêncio, sobretudo quando António Caldeira enfrentou os tribunais.
Hoje em dia não há lugar para políticos sem nível e sem classe. Hoje em dia não há lugar para aprendizes de ditadores, Salazares de baixa estatura moral e cívica que acham estar a salvo de criticas através de benesses, lugares e pressões sobre quem tem poder de influência da opinião pública.
Hoje em dia qualquer cidadão tem os meios de fazer chegar à opinião pública imagens, documentos que possam comprometer um político ou qualquer outro vulto público. Estes terão forçosamente de se adaptar ou sair de cena.
Hoje em dia qualquer cidadão tem os meios de fazer chegar à opinião pública imagens, documentos que possam comprometer um político ou qualquer outro vulto público. Estes terão forçosamente de se adaptar ou sair de cena.
A realidade tecnológica de hoje em dia não se coaduna com esqueletos escondidos no fundo do armário, há sempre maneira de dar a volta à fechadura e abrir as portas. Isto é válido tanto para os políticos como para a estratégia dos próprios países, se os blogues estão, a pouco e pouco, a mudar os velhos hábitos dos políticos, outras ferramentas tecnológicas disponíveis à distancia de um clique, podem mostrar realidades que certos governos pretendem esconder. Com o Google Earth, podemos esquadrinhar a superfície de todo o mundo, ver com enorme detalhe as bases militares Russas e Norte-Americanas e as obras dos complexos nucleares do Irão. Coisas que enquanto puderam ser escondidas dos olhos da opinião pública e dos governos adversários, contribuíram enormemente para guerras e escaladas armamentistas.
Mas o que se passa hoje em dia não caiu do céu, é um movimento que se desenvolve desde há pelo menos 150 anos. O advento da fotografia mudou o mundo. Antes da Fotografia as batalhas eram retratadas em enormes épicos quadros, que mostravam uma batalha sempre heróica e sobretudo limpa.
Na Guerra da Crimeia, a fotografia não representou o lado heróico e romantico da guerra, mostrou o seu verdadeiro lado, mostrou os mortos a serem comidos pelas moscas, mostrou os soldados em condições inimagináveis de higiene e salubridade e a morrerem de disenteria, mostrou um inferno na terra.
Lentamente o desenvolvimento tecnológico começou a mudar as mentalidades, mas até bem recentemente a divulgação destas e outras verdades dependia de um meio que as pudesse fazer chegar ao grande público. Durante 150 anos este meio foi a comunicação social. Primeiro os jornais, depois a rádio e mais tarde a televisão. Estes meios representavam a última fronteira passível de ser controlada pelo poder governamental.
Lentamente o desenvolvimento tecnológico começou a mudar as mentalidades, mas até bem recentemente a divulgação destas e outras verdades dependia de um meio que as pudesse fazer chegar ao grande público. Durante 150 anos este meio foi a comunicação social. Primeiro os jornais, depois a rádio e mais tarde a televisão. Estes meios representavam a última fronteira passível de ser controlada pelo poder governamental.
Por isso é que a mudança de mentalidades começou primeiro nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, países vincadamente liberais onde o controlo dos meios de informação foi sempre diminuto ou até mesmo inexistente. Gradualmente este controlo foi perdendo força em muitos países, há medida que os ventos da liberdade e democracia se espalharam pelo globo.
O que há de novo actualmente é que o desenvolvimento tecnológico acabou com os meios de comunicação social, como a última fronteira onde o controlo pelo poder era possível.
Hoje em dia com os Blogues e meios como o You Tube e outros similares qualquer pessoa pode emitir a sua opinião, pode fazer a sua noticia, pode desmascarar uma mentira ou uma grosseira falta de nível e educação como a protagonizada pela nossa Ministra da Educação no passado Fim-de-Semana em Santa Maria da Feira.
Estamos a entrar numa nova época, época essa que contribuirá para uma liberdade global, onde quem quiser ser figura pública terá que medir bem tudo aquilo que faz, tudo aquilo que diz e sobretudo, não poderá ter nada a esconder.
Estou certo que esta nova perspectiva encerra riscos e pode dar azo a abusos, mas globalmente a sociedade será mais livre menos complexada e por isso bastante melhor.
Estou certo que esta nova perspectiva encerra riscos e pode dar azo a abusos, mas globalmente a sociedade será mais livre menos complexada e por isso bastante melhor.
Tenham uma boa Páscoa e sejam Bons e Responsáveis Cidadãos
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