23 de janeiro de 2007

Caso Esmeralda - Luís Vilas-Boas

Antes de escrever este postal, devo dizer que tenho pela pessoa de Luís Vilas-Boas a maior das considerações, é uma autoridade consagrada no campo da defesa da criança, gere eficientemente o Centro Aboim Ascensão e é um homem que defende as suas ideias, contra tudo e contra todos, como no caso da adopção de crianças por homosexuais, onde foi ignobilmente vilipendiado pela artilharia Gay e politicamente correcta deste país.

Mas não posso deixar de criticar as cambalhotas que Luís Vilas-Boas deu no caso Esmeralda.
Há dois anos atrás Luis Vilas-Boas dizia, ao Correio da Manhã, o seguinte:

O presidente da Comissão de Acompanhamento da Lei da Adopção, Luís Villas-Boas, considera que o acolhimento de Esmeralda pelo casal Luís Gomes e Maria Adelina não tem valor jurídico. “A adopção é um vínculo jurídico produzido apenas em Tribunal e por uma sentença de um juiz. Não havendo isso, não há nenhuma adopção. O acolhimento particular de uma criança não confere direitos sobre ela”.
A maior preocupação neste caso deve ser proteger o superior interesse da criança e evitar situações traumáticas, considera Luís Villas-Boas. O responsável pelo Refúgio Aboim Ascensão adianta que o facto de Esmeralda não conhecer o pai poderá ser minorado com vinculação progressiva. “Uma hipótese viável é o acolhimento temporário num centro com outras crianças e promover a aproximação ao pai biológico”, sugere.
Segundo Luís Villas-Boas, “a Lei portuguesa tem de ajudar” Baltazar Nunes a assumir a paternidade. “O não cumprimento da ordem do Tribunal é uma desobediência qualificada"
(Bold colocado por mim)
Ontem no Circo Romano do Prós e contras, Luís Vilas-Boas sempre se referiu ao Sargento Gomes como o “Pai Adoptivo” e Baltazar, não teria outro remédio senão aceitar uma adopção partilhada com o casal, sujeitando-se a um regime de visitas próprio de um pai divorciado.
O que fez Luís Vilas-Boas mudar de opinião, iliteracia não é com certeza, será conspiração?

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