Segunda-Feira desloquei-me ao Palácio de Justiça de Lisboa para ser ouvido como testemunha de António Caldeira. O Palácio da Justiça é aquele monolito marmóreo de cor cinzenta, plantado no topo do parque Eduardo VII. Por dentro o ambiente consegue ser pior.
Lá vemos uma profusão de mármores escuros intercalados com painéis de azulejos muito "sixties", que mais tarde fizeram as delicias dos emigrantes nas paredes exteriores das suas casas "Tipo Maison".
O ambiente é lúgrebe, corredores enormes e vazios onde cabem viaturas e só pode potenciar o estado de depressão de quem lá entra.
As cores do edifício estão no entanto muito adequadas aos funcionários que aí trabalham que são de um cinzentismo confrangedor, fuzilando com o olhar os utentes que a eles se dirigem, aumentando ainda mais o seu estado depressivo.
A crise da justiça, porém, não mora ali. Ao acreditar nas notícias que falam dos milhares de processos em atraso, sobretudo nos cíveis, esperava encontrar o palácio cheio de litigantes para os processos a decorrerem nos seus 5 juízos e 16 varas. Encontrei um edifício vazio. O Palácio estava vazio, quase ao abandono. O caso de António Caldeira era o único, num piso que oficialmente tem 4 varas a funcionar.
NOTA: Atendendo aos acontecimentos recentes de Vieira do Minho, aconselho o responsável máximo pelo Palácio de Justiça a mandar pintar as portas das retretes, não vá o seu posto ser de "confiança politica".
NOTA: Atendendo aos acontecimentos recentes de Vieira do Minho, aconselho o responsável máximo pelo Palácio de Justiça a mandar pintar as portas das retretes, não vá o seu posto ser de "confiança politica".
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