28 de agosto de 2009

As Marquises e o Homem-Elefante do Rossio

Há uns anos atrás, numa qualquer publicação britânica, era publicado um artigo anti-português, onde um alegado jornalista mostrava o homem-elefante do Rossio, como a derradeira prova do atraso português. O tom jocoso era mais ao menos este "Gastam milhões em estádios e desgraçados como este não consegue tratamento para a sua doença".

Naturalmente que a abécula britânica estava enganado, pois em Portugal ninguém pode ser internado sem o seu consentimento (A menos que se trate de uma situação potencialmente mortal ou contagiosa) e o Homem-Elefante nunca quis ser tratado, pois isso significaria a sua ruína económica.
Sem qualificações, onde iria ele arranjar um emprego que lhe garantisse umas três centenas de contos, isentos de impostos, que consegue, mostrando as suas chagas no Rossio?

Vem isto a propósito de uma campanha bem intecionada contra as marquises de aluminio lançada por uma executiva da Unilever.
Eu também gostaria de voltar a ver a João XXI assim:

Foto roubada com carinho ao Delito de Opinião

Mas quem não deve estar a achar piada deve ser António Costa. A contrução das marquises é um dos meios mais importantes de financiamento da Câmara, pois ao montarmos uma, a câmara embolsa o dinheiro das multas (Multa por Obras sem autorização, Multa por alteração não aprovada de uma obra de arquitectura, mais IMI por aumentar a área do Apartamento, etc e tal).

A câmara age assim como o Homem-Elefante do Rossio, ganha dinheiro a mostrar as chagas da cidade

3 comentários:

João Amorim disse...

Desque 1974 que nos disseram que "era tudo nosso". Uma viagem de avião Porto-Lisboa permite ver que no litoral só falta construir em cima da água. A "marquise" é um dos símbolos do 25 de Abril.

Carlos Lacerda disse...

Luís Bonifácio,
não sou apaniguado do Costa da Câmara nem do pai das santanetes (porra, longe vá o agoiro) no entanto, esta prosa é paralela à da "abécula britânica". Ao retirar uma conclusão enviesada de um facto real, que proveito tirar do que escreve? Nenhum, senão o de comprovar a raivinha surda sua, contra o tal Costa, o da Câmara.
Cumprimentos
Carlos Lacerda

Luís Bonifácio disse...

António Costa apenas faz parte deste texto pelo lugar que ocupa. Se o presidente fosso o falecido Abecassis lá estaria escrito "Abecassis" em vez de "Costa".
Para o caso é indiferente o partido que governa.