10 de agosto de 2008

Não apaguem a memória - Os Censores adormecidos


Na figura está a capa da Edição da revista Paris-Match de 4 de Fevereiro de 1961. Nessa altura, segundo uma certa corrente do estudo da História, o país vivia debaixo de uma férrea censura que tudo cortava com o seu lápis azul, mantendo os portugueses na ignorância do que se passava em Portugal e no mundo. Teoricamente, de acordo com esta corrente do estudo da história, nenhum Português leu, em Portugal, este número da Paris-Match.

Mas a realidade parece ser diferente, pois este número foi comprado em Portugal.

Ainda pensei que a reportagem fosse laudatória para o Regime de Salazar. mas enganei-me. Henrique Galvão e os seus apaniguados eram apresentados não como Piratas, mas como Aventureiros, Cavaleiros da távola redonda da era moderna, que conduzem o "Potemkine da era nuclear, que representa uma das nações mais velhas da Europa e que transporta, talvez, o seu próprio destino"

Não estou a afirmar que no regime salazarista não havia censura, mas uma coisa é certo, este tipo de revistas, tal como o José da Grande Loja, demonstrou com um número da Time, circulavam livremente no Portugal de Salazar.
A reportagem ocupa 11 páginas e o seu texto pode ser lido abaixo
Santa Maria 1
Santa Maria 2
Santa Maria 3
Santa Maria 4

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