Após as declarações do comissário Almunia, que demonstram a validade do velho ditado "De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento", ergueu-se em Portugal um enorme clamor contra os novos inimigos externos (Agências de Rating, Almunia, FMI, etc).
Desde Sócrates a Cavaco, passando pela Associação Nacional de Municípios, que hoje, caricatamente, mandou uma carta a Bruxelas a pedir a cabeça de Almunia numa salva de prata, todos ladram, mas de concreto nada fazem, nem sequer dão mostras de algum dia querer fazer alguma coisa.
Aliás esta reacção meramente verbal é exactamente idêntica à tida pelo Partido Republicano Português em 1890 ao ultimatum Britânico.
Hoje tal como há 120 anos atrás Portugal por culpa própria está perante poderes que lhe são superiores abre as goelas e grita, esbraceja e pula, mas de concreto não se atreve a mexer uma palha.
Esta reacção à perda de credibilidade da República nos mercados financeiros internacionais é fútil, inadequada e vai ter como resultado o aumento do nível de descrédito.
Em ano de comemoração do centenário da "República", nada como regressar a esses "heróicos" tempos.
Até os resultados finais vão ser os mesmos.
8 de fevereiro de 2010
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