16 de dezembro de 2006

Pedro Arroja - Crónicas de um Universo paralelo

Desde que Pedro Arroja chegou à blogoesfera que o Blasfémias passou a ser bastante mais interessante. Os postais dele são verdadeiras pérolas lunáticas. O Homem não vive neste universo, deve escrever os seus textos num paraíso artificial ou num qualquer Universo paralelo, conectado ao nosso por um buraco negro situado algures na freguesia das Antas da cidade do Porto.
Neste Postal, Pedro Arroja teoriza sobre a corrupção no Sector Público e o Sector Privado, afirmando que a corrupção não existe neste último, existindo apenas no Primeiro. Até tem razão, mas não pelos motivos que apresenta. Na realidade para haver corrupção é necessário que o "corrompido" seja funcionário público, ou de alguma maneira ligado ao "interesse do estado".
Quando alguém na esfera privada compra mercadorias ou serviços mais caros, pois irá obter daí um benefício pecuniário pessoal prejudicando a empresa onde trabalha, este crime não é enquadrado pelas leis de combate à corrupção.
Mas isto não invalida o facto de no sector privado se pratiquem esquemas de "luvas". Pratica-se e muito. Apenas difere do sector público numa única coisa: A probabilidade de ser apanhado é mais elevada que na esfera pública.
Mas até aqui nada de novo! As opiniões a favor da economia libertária do Dr. Arroja são por demais conhecidas e este texto nada lhes acrescenta. O objectivo deste texto é meramente comercial.
A certa altura o Dr. Arroja faz estas lunáticas afirmações:
e não se fica por aqui
Trocando por miúdos:
Milhões viram Baía a tirar um frango de dentro da capoeira em plena catedral. Apenas Olarápio Benquerença é que estava com a visão 10/10. Todos ou outros é que viam mal.
Milhões viram Ricardo a defender uma bola dentro da baliza. Apenas o árbrito é que via bem. Milhões de portugueses estavam com estigmatismo.
Milhões viram, via TV, vários jogadores "daquela equipa que menos perde" a dar murros ao árbrito no Estádio Mário Durte. Estávamos a ver mal, pois isso nunca se passou. Até o prórpio agredido disse que nada se tinha passado e o seu relatório, escrito após uma conversa com um agente de "vocês sabem quem".
Milhões viram um jornalista a ser espancado em pleno relvado das Antas, em directo na TV. Estavamos miopes, aquilo nunca se passou! Até o próprio jornalista, após telefonema de "vocês sabem quem", disse que nada se tinha passado.
O Dr. Arroja, nado e criado em Lisboa, comporta-se como um cristão convertido ao Islamismo, tem de demonstrar o seu amor inequívoco por Alá, nem que para isso tenha de passar por parvo aos olhos das pessoas normais. No entanto aceito que esta seja nos dias que correm, uma boa estratégia comercial, para um gestor de fortunas Alfacinha em terras tripeiras.

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