7 de setembro de 2005

Lucros ilícitos

O António Duarte da Grande loja lamenta-se com o facto de a Galp indexar o preço de venda da gasolina a um índice e variá-lo quando o índice sobe e mantê-lo quando o índice desce.
Mas nesta questão dos preços da gasolina existe uma questão ainda mais grave
Ao indexar o preço da gasolina à cotação do petróleo actual, as empresas petrolíferas estão a praticar um critério de valorização das existências através do NIFO (Next In - First out). Ou seja a gasolina quando sai de Sines, é valorizada não com base no preço do petróleo com que foi fabricada, mas sim com o preço do petróleo que está a sair nos campos petrolíferos da Arábia Saudita. Esta prática foi muito utilizada no Brasil dos anos 70/80 e que deu origem à hiperinflação.
Tal prática deveria ser imediatamente proibida pelo governo, o qual deveria congelar os preços ou diminui-los de modo a reflectir o critério de valorização, normal, corrente e justo, chamado FIFO (First In - First Out). Ou seja o preço da gasolina que hoje está a ser colocada na bomba deveria reflectir o custo do petróleo com que foi fabricada e não o custo do petróleo que está a ser produzido hoje na Arábia Saudita.
Para além de provocarem uma subida artificial da inflação, as empresas petrolíferas estão a embolsar lucros enormes provenientes deste recebimento antecipado de 90-120 dias.

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