30 de abril de 2005
O mundo de Hitler à beira da concretização?
Esta é uma boa maneira de celebrar o sexagésimo aniversário da morte de Adolph Hitler, cujos "Cientistas" tentaram nos campos de concentração, sem sucesso, a criação do "Homo Aquaticus", o ser humano que respirasse debaixo de água.
Será que a ciencia genética dos nossos dias vai demonstrar que os "Nazis", na realidade, estavam muito avançados no tempo?
Um Abril de águas turvas (2ª Parte)
Nos últimos 30 anos as autarquias locais apresentaram-se ao país como o expoente do dinamismo dos tempos da democracia. No caso da rede eléctrica, de abastecimento de água e vias de comunicação assim foi, pois a visibilidade e a mais valia destes investi-mentos traziam muitos votos para a reeleição. Assim que estas infraestruturas básicas forma construídas, as autarquias continuaram o seus trabalho numa óptica de visibilida-de por votos, o que se traduziu na construção de verdadeiros palácios autárquicos, fon-tes luminosas gigantes, e uma infinidade de rotundas.
Aquilo que não se vê, não merece por parte das autarquias quaisquer investimentos, dentro desta categoria encontram-se os esgotos urbanos.
O retrato é alarmante, cerca de três quartos dos esgotos domésticos de Portugal são despejados directamente nos rios sem qualquer tratamento e não existe uma bacia hidrográfica com mais de 30% de esgotos tratados. Isto tudo após pelo menos 15 anos de as autarquias terem tido à sua disposição milhões de euros a fundo perdido.
Mesmo quando uma autarquia investe numa ETAR, fá-lo numa perspectiva meramnete eleitoral. Conheço casos caricatos de uma autarquia ter gasto milhões numa ETAR para esta ser inaugurada com pompa e circunstância num Sábado, véspera de eleições autár-quicas, sem que as canalizações de alimentação dos esgotos e de saída da água tratada existissem, mesmo em projecto. Apenas dois anos mais tarde é que estas canalizações foram construídas, podendo então a ETAR entrar em funcionamento, não sem que antes ter gasto mais uns milhares de euros, em novos equipamentos que substituíram os que se danificaram por terem estado inactivos.
Como corolário destes anos todos de irresponsabilidade do estado, autarquias e demais agentes económicos o resultado é que rios não poluídos em Portugal não existem. 30% deles estão fracamente poluídos e 70% estão fortemente poluídos.
As leis são para se cumprir
28 de abril de 2005
A Bolsa dos Cromos
Imagem: Tabacaria.org
A minha aprendizagem do sistema capitalista começou muito cedo, logo na Escola Primária.
Na escola do Adro, em Matosinhos, quando tocava a intervalo, reunia-se a bolsa dos cromos, na qual se realizavam transacções. Nestas transacções não havia dinheiro envolvido (Na altura, anos 70 também não havia). Existia um complicado sistema de cotações estabelecido com base na dificuldade em obter o cromo pela via normal (Saquetas com 4, ou rebuçados no caso dos futebolistas). Assim sendo o cromo 210 da colecção do Vickie, o Viking, chegou a ser transaccionado por 50 cromos dos mais fáceis. Os valores mais exorbitantes eram alcançados quando o cromo pretendido fechava a colecção.
Em 1974, tive que dar uma equipa completa do Leixões e do Benfica (Dos rebuçados Universal), para obter o cromo do “Big-Boy da Union Pacific” que completou a minha colecção dos comboios. Mas valeu a pena, como fui o primeiro da escola a completar a colecção, a minha caderneta circulou por todos os alunos da escola. Senti-me como o Oliveira se sentiu após ter comprado a PT multimédia.
Nada de novo na Ocidental Praia Lusitana
Esta personagem é a partir de ontem, o auto-proclamado paladino das vítimas do sistema de justiça português, tendo voltado a ocupar o seu lugar na liga e metro do Porto (Presidente) fazendo discursos acintosos para a Polícia e Magistrados, sem que ninguém tenha feito algum reparo sequer, e como nós sabemos, quem cala consente.
Valentim Loureiro é a figurinha que melhor representa uma certa classe política local, que age como proprietário do seu concelho, chegando mesmo a condicionar a política nacional do seu partido. O problema é que a raça do Major tem os seus clones nos outros Partidos, tal como Ferreira Torres no PP, Narciso, Felgueiras e Edite Estrela, no PS, só para citar alguns. Infelizmente não se vislumbra no horizonte um Portugal sem estes cromos.
24 de abril de 2005
Licenciamentos e inspecções
Um Abril de Águas Turvas
O gráfico seguinte mostra a percentagem de empresas industriais que possuem estação de tratamento de águas industriais (ETAR), depois de vários anos em que milhões de euros foram colocados à disposição das empresas e autarquias para o investimento em sistemas de controlo ambiental, nomeadamente as tão faladas ETAR.
No entanto este gráfico não nos dá apenas o estado das nossas bacias hidrográficas, ele mostra um retrato regional da indústria Portuguesa. Uma empresa que gera efluentes líquidos altamente poluentes e não os trata é uma empresa que possui uma gestão deficiente, virada para o lucro fácil e rápido, sem respeito pelo meio-ambiente e muito provavelmente sem respeito pelos seus próprios trabalhadores. Em muitas empresas a salário pago é muitas vezes inferior ao salário mínimo nacional. Esta prática configura uma prática de “Dumping” social e ambiental, onde as primeiras vítimas são as poucas empresas (7.5%) que investiram em sistemas de controlo ambiental, que investiram também em equipamentos de tecnologia de ponta e provavelmente possuem uma melhor gestão de recursos humanos. A existência de uma Inspecção-geral do Ambiente que ignora a existência das empresas, inspeccionando apenas as empresas cumpridoras, faz com que as empresas prevaricadoras não sintam qualquer incentivo em investir em sistemas de controlo ambiental que onerariam a sua estrutura de custos.
No vale do Tejo, o número de empresas que possuem ETAR (53%) é medíocre, apenas nos diz que no cômputo global do país, é nesta região onde estão as empresas industriais de ponta e com os melhores métodos de gestão. Em média, os ordenados pagos no vale do Tejo são superiores aos que são pagos nas restantes regiões industriais.
23 de abril de 2005
Mailing-List
Quer ver que o António "Mentiroso" Arnaut e seus capangas, acreditaram mesmo que D. José Policarpo iria ser eleito Papa?
22 de abril de 2005
Enterrar a cabeça na areia
Eu sei que os nossos pontos de vista sobre o Papa Bento XVI são diametralmente opostos. Você acha-o progressista, eu considero-o um imobilista face aos grande desafios que a igreja católica tem pela frente.
Ratzinger é o responsável pelos pontos mais negativos do pontificado de João Paulo II. O seu conservadorismo, sobretudo no que diz respeito ao excesso de zelo que representou a perseguição implacável à teologia da libertação, teologia essa, que necessitava, é certo, de certas correcções na rota, mas nunca a sua completa desautorização e excomungação. Esse facto fez com que a Igreja Católica se imobilizasse na América latina (onde vivem a maioria dos católicos no mundo), perdendo o estatuto de defensora dos pobres, excluídos e ostracizados das suas sociedades o que escancarou as portas às religiões evangélicas, que a troco de “milagres” a feitio e paraísos por dez reis de mel coado, conseguiram que últimos 25 anos a igreja católica Brasileira passasse de uma implantação de 98% para 75%, o que correspondeu a uma perda de cerca de 50 milhões de fiéis. Isto tudo aconteceu durante o pontificado de João Paulo II, que foi o Papa mais carismático do Século XX, possuidor de uma dicção envolvente e carinhosa, que arrastava multidões de crentes, e não só, atrás de si.
Bento XVI não é carismático, a sua voz fina é o oposto da voz quente e envolvente de João Paulo II, os evangelistas da América latina devem dar graças a deus, pois muito provavelmente conseguirão que o Brasil deixe de ser um país maioritariamente católico numa curto espaço de tempo.
Mas não é só na América Latina que a Igreja Católica se depara com um futuro pouco promissor. Apesar de João Paulo II ter conseguido difundir um enorme entusiasmo entre a juventude europeia, sobretudo nas suas viagens, verificava-se que apesar de genuinamente católicos, esses jovens europeus frisavam bem que eram “católicos à sua maneira”. Ou seja, não secundavam o Pontifice em muitas das suas determinações. O que explica a abrupta queda nas vocações e a diminuição na frequência nos serviços religiosos verificada no último quarto de século.
Mas o desafio europeu não está só na juventude. A Europa é um continente perdido, completamente entregue a uma laicidade dominante, e aqueles que não se revêem nesta laicidade não procuram a igreja católica, procuram o Islão, ou nos países em que o Islão está praticamente ausente, os evangelistas Sul-Americanos.
Hoje no Público (sem direito a link), Tymothy Garton-Ash, coloca o dedo na ferida:
“Entretanto, tanto a imigração como o projectado alargamento da União Europeia estão a transformar o Islão na fé mais dinâmica e com maior crescimento na Europa. Em Berlim, por exemplo, o Islão é a segunda maior confissão activa depois dos protestantes mas antes dos católicos.
Joseph Ratzinger tem todo o conservadorismo de João Paulo II, sem nenhum do carisma. Pode ser encantador, arguto e convincente no debate intelectual. Mas para uma audiência mais ampla a sua voz suave e muito colocada e os seus tranquilos gestos professorais não conseguem comparar-se com os dotes comunicacionais do grande actor que foi o seu predecessor.
(Bento XVI) pode viver para ver como será a UE em 2015. Esta Europa será seguramente mais islâmica nas suas regiões mais pobres e mais laica nas suas regiões mais ricas. Se será uma Europa melhor é outra questão.”
Partilho a visão de Garton-Ash sobre a Europa de 2015, mas eu não tenho dúvidas, essa Europa será uma Europa infinitamente pior.
Esperava que os cardeais do conclave tivessem tido isso em conta, infelizmente em vez de avançar para o futuro, aproveitando o grande trabalho de João Paulo II, que apesar de criticar certos pontos do seu pontificado, considero o maior Papa do Século XX, preferiram fazer como a Avestruz.
Perdem eles, perdemos todos nós.
19 de abril de 2005
18 de abril de 2005
Para o Avental Saridon
"Desculpa la...podes ter a tua razão..que a tens..mas não fui eu que escrevi a mensagem acima..não faço ameaças a ninguem...tenho a minha opinião e coloco-a..mas não provoco para a arruaça. Não tenho culpa que se permita a utilização de nickes de uns e outros...se quiser tambem posso entrar como luis bonifacio e colocar tudo ao contrario..clar que não o vou fazer..ms pode-se fazer...como fazem com o saridon..é assim. Como podes vêr na minha mensagem ao balbino..não o provoco..digo-lhe o que penso dele com correção"
este comentário pretendia ser um desmentido ao comentário assinado pelo Sr. "Saridon" colocado às 15h04 e que rezava assim
"Este Bonifácio tá a pedi-las, ó se tá. Leva com uma esfregona nas ventas que fica logo a saber o queé pertencer à quadrilha do Babuíno. 04.18.05 - 3:04 pm"
Pelo menos uma coisa é certa, o anónimo "Saridon" não é uma pessoa versada em Informática, pois se o fosse saberia que quando se deixa um comentário, fica sempre um rastro. Este rastro chama-se número IP e representa o número da ligação net do PC onde foi escrito o comentário.
O IP da mensagem das 15h04 é IP: 212.113.164.102
O IP do comentário deixado às 21h26 é: IP: 212.113.164.102
isto quer dizer que ambas as mensagens foram originadas no mesmo PC, pelo que o desmentido das 21h26 é uma absoluta mentira, destinada a lançar areia para os olhos dos leitores do meu blogue.
Agora meu caro "chihuahua que ladra mas não morde" "Saridon", se leu alguma coisa do meu blogue, saberá que eu sou uma pessoa que defendo os meus ideais sem nunca ter a necessidade de ameaçar quem não concorda comigo, aliás a maior parte dos meus amigos bloguistas nem sequer concorda comigo, mas não me obrigue a fazer uns telefonemas, para saber a que morada e a quem pertence o IP: 212.113.164.102.
Aconselho-o que hoje á noite se lembre das lições de boa educação que os seus pais lhe deram, e que você na altura não ouviu. Antes tarde que nunca!
17 de abril de 2005
Sol Português
16 de abril de 2005
Ontem e hoje
No século XVII e XVIII, flui para Portugal, vinda do Brasil, uma fortuna sob a forma de ouro e diamantes. Toda essa fortuna foi gasta em obras faraónicas, compradas sobretudo nos paises estrangeiros, e o pouco que foi bem investido, desapareceu nas invasões napoleónicas. Desse tempo restam apenas Palácios, Conventos, Igrejas e Aquedutos. As enormes fortunas ganhas nessa altura, desaparecerampouco depois. Quem se lembra hoje em dia de Farrobo, de Henrique Burnay, etc...
Hoje em dia, desde há 20 anos atrás, flui para o nosso país uma fortuna, vinda da Europa, sob a forma de fundos Europeus (Em quantidade bastante superior ao ouro do Brasil em valores actuais). Toda esta fortuna foi gasta em obras faraónicas, centros culturais enormes, industria que já se sabia não ser viável, bens de equipamento estrangeiro. Os pouco empresários que os usaram para efectivamente melhorar as suas empresas, apenas o fizeram para as venderem por um bom preço, ao primeiro espanhol que viram.
Tal como há 200 anos atrás arriscamo-nos a que no futuro, apenas subsistam o Centro Cultural de Belém, a casa da músico, uns quantos estádios, umas pontes e auto-estradas.
15 de abril de 2005
13 de abril de 2005
A Saga dos 3600 nomes
Eu, tal como uma grande parte do país assistiu incrédulo e surpreendido com a notícia em que se entrevistava o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano e este anunciava a descoberta de uma lista com 3600 nomes de ex-agentes da PIDE/DGS, seus informadores e, como o Buíça-mor bem frisou, de Padres informadores da PIDE.
A notícia, na realidade não é notícia nenhuma, é pura e simplesmente um acto de chantagem. Contra quem? Não sei! Mas o chantageado já sabe.
Outra coisa não seria possível. Sendo a maçonaria uma organização que funciona com um elevado grau de secretismo, vem anunciar que, numa das suas raras cerimónias públicas, um dos seus membros anuncia alto e bom som, que possui essa sensível lista!!!
Mas os Buiças acham que nós somos uns lorpas ingénuos para acreditarmos nesta patranha?????
Quem será o objecto desta chantagem?
Quem é que está a incomodar os Buiças? Ou quem é que num futuro muito próximo poderá ascender a um alto cargo, cargo esse bastante incomodativo para a expansão dos “ideias” do G.O.L.
9 de abril de 2005
Bolinando
Bolinar é a arte de navegar contra o vento. A Caravela Portuguesa foi o primeiro navio de médio porte a conseguir fazê-lo, e esse facto abriu as portas da era dos descobrimentos, o qual foi o ponto de partida para uma epopeia humana, que teve o seu ponto mais alto em Julho de 1969, com a chegada do primeiro homem à lua, mas que ainda não terminou.
Iniciei com este texto sobre a volta da mina - Uma "bolina" histórica" a minha participação no Café Expresso, um blogue semanal que congrega um grupo de amigos que se conheceram na Blogoesfera, dos mais diversos quadrantes geográficos (Norte, centro, sul até Paris de França) e politicos, desde o Pedro Guedes até à fadista Valéria Mendes (que pareçe ser a favorita do Buiça) deste jardim à Beira-Mar plantado.
Os redactores do Café expresso, para além de mim, são:
Zé do Telhado do Tá de Chuva
Francisco Nunes do Planicie Heroíca
Golfinho do Golfinhu2
José Gonçalves do Bloquisto
Manuela do Passo a Passo
Maria do Puta de Vida
Paulo Querido do O Vento lá fora
Pedro Guedes do Ultimo Reduto
Inês F do Teacher
Raúl do Congeminações
Thita do ABC dos Miúdos
Valéria Mendes do Fadista Valéria Mendes
Vitriólica do Internet para as domésticas já
Wind do Webclub
8 de abril de 2005
Do lado certo da Barricada
Esta celeridade no sistema de justiça português é verdadeiramente estranha, e pouco tem a ver com a eficiência do Tribunal de Alcobaça, como a celeridade do processo Farfalha em Ponta Delgada tem mais a ver com a ausência de arguidos "de peso" ou que usam aventais fora da cozinha, que propriamente com o sistema de funcionamento do Tribunal de Ponta Delgada em si mesmo.
O mais estranho disto tudo é que António Caldeira não divulgou nada que já tivesse sido divulgado anteriormente. António Caldeira omitiu sempre o nome das testemunhas acusadoras, exactamente ao contrário de um alegado jornalista, personagem sinistra de nome Van Krieken, que publicou as peças processuais indicando claramente o nome das testemunhas, o que permitiu aos seus amigos “Buiças” e outros biltres, exercerem coação e ameaças sobre as mesmas.
Van Krieken nunca foi acusado de nada e continua impunemente, pois de tão boa protecção goza, a publicar peças asquerosas em defesa dos importantes pedófilos que se encontram neste momento, a contas com a justiça.
António Caldeira é o primeiro bloguista em Portugal a ser objecto de uma acusação que procura cercear o inegável direito de liberdade de expressão bem como o direito que qualquer cidadão nacional tem, de fazer todo o que lhe é humanamente possível para que esta sociedade em que vivemos seja um pouco mais justa e deixe de estar às ordens de uma mão cheia de Banqueiros, Advogados e Aventais.
A luta de António Caldeira é uma luta que diz respeito a todos os membros da Blogoesfera, pois a liberdade de expressão que aqui se respira está a incomodar muitos interesses instalados e é fundamental que eles não ganhem nem mais uma vez.
O verdadeiro Problema
e
“O problema português é que ainda fabrica pijamas a mais e automóveis a menos.”
Sérgio Figueiredo – Jornal de Negócios