26 de janeiro de 2009

Às vezes eles passam-se

Eu não sou nem quero ser critico literário. Sobre economia tenho alguns conhecimentos, mas prefiro sempre ler a opinião de quem sabe mais que eu.
Por isso quando quero saber que livros comprar leio sempre a opinião de quem sabe, tal como Eduardo Pitta, que conjuntamente com a Isabel Coutinho é quem mais sabe do assunto na blogoesfera e Portugal. Quando quero saber de economia geralmente sigo a opinião de alguns economistas e de Pedro Arroja em particular.
Por isso às vezes fico surpreendido quando Eduardo Pitta se põe a divagar em campos que não são os seus, tal como este panegírico a defender que o tempo gasto a despachar o Estudo de Impacto Ambiental do Freeport é perfeitamente normal e justificável, tal como tinha feito atrás criticou uma entrevista de Medina Carreira, que não tinha visto e acabou por falar de coisas que Medina Carreira não falou!
Não caro Pitta, não é nem normal nem justificável, porque o tempo médio de um processo de EIA situa-se entre 180 a 270 dias (Para empresas e projectos "normais"). Diga-se de passagem que se o tempo que demorou o processo de EIA do Freeport fosse normal, então Portugal teria um PIB 10 a 15% superior, só pelos investimento estrangeiros que foram para Espanha por o tempo necessário ao seu licenciamento em Portugal ser injustificavelmente longo.
Pedro Arroja por seu lado, que tem feito postais onde fala, e bem, sobre temas que os media escamoteiam (A questão do spread da dívida), aparece hoje com a mais elaborada teoria da conspiração sobre os últimos desenvolvimentos do caso Freeport, a qual sinceramente o diabo não se lembraria.
De acordo com Pedro Arroja a "reactivação" do caso Freeport não é mais que uma urdidura do governo Inglês, que fazendo recurso do seu MI5, tenta assim destruir o governo de Portugal com o único objectivo de nos fazer sair do €uro e assim dar o golpe de misericórdia na moeda única, situação, que beneficiaria e muito a £ibra.
Enfim às vezes eles passam-se!

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