19 de agosto de 2007

A demissão do Estado

A justiça e a segurança são funções basilares do Estado de Direito, que apenas o estado pode desempenhar, pois ele e só ele, tem capacidade para o fazer correctamente.
Quando o estado se demite do desempenho das suas funções básica, o resultado é a instauração do caos.
Caos, porque perante a passividade das autoridades, quem quer prevaricar sente-se encorajado a o fazer. Caos, porque, perante a passividade das autoridades, quem se sentir ameaçado irá tomar a defesa e a justiça pelas suas próprias mãos.
O ignóbil acto de vandalismo, e violência, realizado por um bando de criminosos contra um campo de milho, devidamente legalizado e dentro de uma propriedade privada, perante a passividade (apoio) das autoridades e total ausência de consequências para os vândalos, é um perigoso sinal que encorajará os vândalos a realizar mais acções violentas. E é um perigoso sinal porque os agricultores, após anos de insultos e esquecimento por parte do poder central, ao assistirem à passividade da GNR e ao apoio de forças políticas aos crimes realizados em Silves, tomarão nas suas mãos a defesa do seu parco ganha-pão.

O Portugal de Sócrates está a tornar-se um loval perigoso.

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