23 de fevereiro de 2008

SEDES ... de poder

Toda a blogoesfera fala da tomada de posição da SEDES, intitulada "Um difuso mal-estar". O Primeiro-Ministro até deixou cair a máscara quando interrogado sobre o documento.

Não vou aqui divagar sobre o documento, já há muita gente a fazê-lo, se bem que a maioria se limita a transcrevê-lo, mas depois de ler o documento, continuei a explorar o seu sítio e por curiosidade tentei saber o que é a SEDES. Facilmente cheguei a estes nomes:

Campos e Cunha
- Ex-ministro das finanças de Sócrates;
Mira Amaral - Ex-ministro de Cavaco;
Amílcar Theias - Ex-ministro do Ambiente de Santana (O tal dos veteranos de guerra);
Morais Leitão - Ex-Ministro de Sá Carneiro;
Valente de Oliveira - Ex-Ministro de Cavaco;
Faria de Oliveira - Ex-Ministro e grande gestor público;
João Salgueiro - Ex-Ministro de Sá-Carneiro e Balsemão e patrão dos banqueiros;
Bagão Félix - Ex-Ministro de Durão e Santana;
Oliveira Martins - Ex-Ministro de Guterres e Presidente do Tribunal de Contas.

Ao ver estes nomes, e com alguma surpresa, constatei que sob o nome de SEDES se esconde pura e simplesmente o CENTRÃO. A SEDES é constituída, muito provavelmente, pelos únicos Portugueses que não sentem rigorosamente nenhum mal-estar, bem protegidos que estão nos seus "tachos" ou a gozar principescas reformas por meia dúzia de anos num "tacho" qualquer do passado.

Será que estes senhores nos acham estúpidos a ponto de acreditarmos que a decadência e o mal-estar em Portugal começou há 3 anos atrás com Sócrates? E que antes (Quando eles tinham responsabilidades governativas) era tudo um mar de rosas?

Uma coisa posso afirmar peremptoriamente. Sócrates é, neste momento, o menos culpado deste difuso mal-estar.
Este difuso mal-estar que vivemos é apenas o resultado das más politicas que o CENTRÃO adoptou nos últimos 30 anos. Se a isto adicionarmos que muitas dessas políticas têm por base decisões assinadas pelos próprios membros da SEDES e subscritores deste documento.

Este documento é uma absoluta TRETA, elaborado pelos próprios responsáveis pelo difuso mal-estar que vivemos, não é nem mais nem menos, que uma vergonhosa tentativa de branquear a sua mísera acção à frente deste país e lavar assim as suas mãos como Pôncio Pilatos, colocando-se mais uma vez na linha de partida para voltarem a ocupar mais uma cadeira do Poder.

De resto o documento é pouca mais que inócuo, Foi escrito em 2008, mas podia ter sido escrito em 1808, 1908, 1915, 1919, 1926, 1973. Razão tem Ferre
ira Fernandes.

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