13 de novembro de 2005

A minha Visão da França – Experiência Pessoal

Em 1989, ao abrigo do programa Erasmus, passei um semestre na Université d’ Haute-Alsace em Mulhouse.
Na Universidade era frequentada por muitos estudantes descendentes de várias comunidades, incluindo a Francesa. Os estudantes de origem Magrebina, filhos e netos de estrangeiros estavam perfeitamente integrados na Sociedade, com hábitos civilizacionais idênticos aos dos Franceses e mantinham na mesma a sua religião e cultura maometana, sem qualquer espécie de problema. Respeitavam as mulheres da mesma maneira que um Francês e isso não constituía qualquer fonte de conflito com a sua cultura árabe. Em suma nada os distinguia dos seus colegas franceses de várias gerações.
Isto representava um bom exemplo de integração, na pior região de França para um magrebino – A ALSÁCIA*

Seria bom que a generalidade dos meios de comunicação e da classe política tratasse o problema com que a França se debate, com o realismo necessário, pois os confrontos de rua em França são a luta das Trevas contra a civilização da Luz. É uma ameaça que não afecta só a França, mas sim toda a Europa Ocidental e a sua civilização de Liberdade.

* - O Termo “Pied-Noir”, com que a sociedade francesa apoda os Franceses expulsos da Argélia após a independência desta, não é um termo francês, na realidade é um termo criado pelos árabes no século XIX para designar os colonos Franceses. Estes sobretudo a partir de 1870 eram constituídos, na sua esmagadora maioria por refugiados Alsacianos que fugiam à ocupação alemã da sua terra. O traje tradicional Alsaciano, caracteriza-se por uma bota preta usada tanto pelos homens como pelas mulheres, daí o nome “Pied-Noir" (Pés Pretos) com que foram chamados pelos árabes.

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