30 de agosto de 2005

Sair, sem nunca ter entrado


Para as empresas estrangeiras não espanholas, Sarsfield Cabral tem razão, a saída de empresas do território nacional tem sido por causa do declínio da produtividade, entre outras razões.

Mas em relação às empresas espanholas, Sarsfield Cabral não tem razão. Como pode uma empresa sair se nunca chegou a entrar?
As empresas espanholas em Portugal são, na sua grande maioria, antigas empresas Portuguesas vendidas ao capital espanhol. A sua compra teve como único objectivo eliminar a concorrência Portuguesa, produtora de produtos mais baratos que as suas congéneres espanholas. Um caso paradigmático foi o sector da cerâmica de construção (tijolos). As melhores empresas deste sector foram compradas por espanhóis e logo a seguir encerradas, eliminando-se assim a concorrência.

Exemplos como este são Às centenas. Na realidade, fábricas espanholas instaladas de raíz no nosso país, foram uma pequena minoria, e essas continuam a funcionar.

O Capital Espanhol é um capital predatório, o seu único objectivo é o de eliminar a concorrência nacional, protegendo o seu mercado e dominando o nosso. Mas o principal problema de Portugal não é o capital espanhol em si. O principal problema é a classe dirigente que nos “governa”, está completamente vendida a Espanha, muito mais vendida, que alguma vez, Miguel de Vasconcelos se vendeu, como o recente caso da Media Capital o demonstra.
O Pais está completamente aberto! e tem um letreiro a dizer “Roubem-nos que nós adoramos".

Será que vamos ter que usar da violência para colocar os espanhóis “in su sitio”?
Quando é que a nossa classe dirigente trabalha e protege aqueles que os elegeram e não a “europa”? Será que teremos de lhes “ chegar a roupa ao pêlo”?

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