28 de agosto de 2009

As Marquises e o Homem-Elefante do Rossio

Há uns anos atrás, numa qualquer publicação britânica, era publicado um artigo anti-português, onde um alegado jornalista mostrava o homem-elefante do Rossio, como a derradeira prova do atraso português. O tom jocoso era mais ao menos este "Gastam milhões em estádios e desgraçados como este não consegue tratamento para a sua doença".

Naturalmente que a abécula britânica estava enganado, pois em Portugal ninguém pode ser internado sem o seu consentimento (A menos que se trate de uma situação potencialmente mortal ou contagiosa) e o Homem-Elefante nunca quis ser tratado, pois isso significaria a sua ruína económica.
Sem qualificações, onde iria ele arranjar um emprego que lhe garantisse umas três centenas de contos, isentos de impostos, que consegue, mostrando as suas chagas no Rossio?

Vem isto a propósito de uma campanha bem intecionada contra as marquises de aluminio lançada por uma executiva da Unilever.
Eu também gostaria de voltar a ver a João XXI assim:

Foto roubada com carinho ao Delito de Opinião

Mas quem não deve estar a achar piada deve ser António Costa. A contrução das marquises é um dos meios mais importantes de financiamento da Câmara, pois ao montarmos uma, a câmara embolsa o dinheiro das multas (Multa por Obras sem autorização, Multa por alteração não aprovada de uma obra de arquitectura, mais IMI por aumentar a área do Apartamento, etc e tal).

A câmara age assim como o Homem-Elefante do Rossio, ganha dinheiro a mostrar as chagas da cidade

De volta

De volta à Lusa Pátria, vindo de um país que daqui a dez anos estará anos-luz à nossa frente. As férias para além de permitir descansar da meu dia-a-dia também permitiram descansar da moddorra e silly-season Portuguesa.
Valeu o facto da intangibilidade da língua turca, pois ao fazer zapping pelos canais, verifiquei que existem 4 programas ao mesmo tempo sobre Bola (não sei o que diziam, mas pareciam clones de Rui Santos sem gravatas garridas), mas pelo menos dois deles tinham umas Turcas bem jeitosas a apresentar.
Vendo as notícias deduzi que na Turquia não há gripe A e os telejornais dedicavam a maior parte do seu tempo aos fogos que grassavm num pais chamado de Yunanistão, mostrando imagens dos valentes bombeiros turcos que ensinavam aos Yunanistanenses como apagar fogos. Ao fim de 3 dias e ao ver a BBC, conclui que o Yunanistão, era a Grécia e assim sendo compreendi as laudatórias reportagens sobre os heróicos Bombeiros Turcos e os incompetentes bombeiros Yunanistanenses (Gregos).
De resto recomendo uma visita à Sublime Porta, mas fujam de uma coisa chamada Pacha Tours. É deitar dinheiro ao lixo. O país é desenvolvido e basta alugar um carro e por-se a passear. É melhor, mais rápido e mais barato.

16 de agosto de 2009

Vacanças

Vou ali e já venho
Até dia 25.
Fiquem bem e divirtam-se

A não perder

11 de agosto de 2009

INDULTO, PENSÃO, COMENDA e PROMOÇÃO

A ala monárquica do 31 da Armada alcançou o Jackpot.

Ouve quem rotulasse esta acção como TERRORISMO.

Se o for, e pela definição oficial que a República Portuguesa dá ao Termo "Terrorista", vão ser tomados os seguintes passos:
  • Será instaurado um processo crime e os do 31 vão ser condenados, e terão que indemnizar (em alguns euros) as formigas barbaramente assasssinadas no decorrer da acção terrorista;
  • 5 segundos depois da condenação, o Presidente da "dita-cuja" emitirá um INDULTO que anule a decisão judicial;
  • O mesmo presidente emitirá uma ordem para ser concedida uma PENSÃO por feitos relevantes;
  • No dia 10 de Junho serão todos agraciados com uma COMENDA;
  • Se algum membro do grupo for militar, será PROMOVIDO a General.

Na República Portuguesa são estas as 4 palavras que definem um TERRORISTA:

INDULTO, PENSÃO, COMENDA e PROMOÇÃO

10 de agosto de 2009

Não é Photoshop! Foi mesmo verdade

Onde se prova que basta uma pessoa para Restaurar a Monarquia.
Os republicanos necessitaram de milhares

Procura-se Bandeira

Parece que o trapo verde-rubro que ontem estava a flutuar na Câmara Municipal de Lisboa vai ser leiloado pelo 31 da Armada no E-Bay.
Fontes garantem-me que o produto da venda vai ser doado à comissão das comemorações do centenário da república, com a condição expressa em ser gasto fora dos limites do concelho de Lisboa.
Como nós sabemos, a comissão possui uma dotação paga por todo o país de 10 000 0000 de Euros, a qual vai ser gasta totalmente nos limites do Concelho de Lisboa.

A verdadeira Bandeira Nacional

Já flutua na Praça do Município
O Ionline apoda a iniciativa de Terrorismo. Um apodo destes só pode ser uma determinação superior da Maçonaria. A sorte deles é os Monárquicos Portugueses serem civilizados e não embarcarem em métodos republicano/maçonicos de conquista do poder, tal como bombas, e assassínatos pelas costas, que o poder instalado pretende comemorar num orgásmo onanista de milhões de euros.

Na ERC não há adeptos do Belenenses

Depois de investigarem as preferências clubísticas dos membros da Entidade Reguladora da Comunicação-Social (ERC) e concluirem pela não existência, dentro do organismo, de adeptos do clube "Os Belenenses", O "Público" fez saber na semana passada, através de uma nota editorial, a intenção de não acatar uma das mais recentes directivas da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

O documento do regulador, embora sem carácter vinculativo, recomenda que os meios de comunicação social suspendam, durante o período de pré e de campanha eleitoral, os comentadores que estejam incluídos nas listas dos partidos que se apresentem a eleições.

8 de agosto de 2009

Adeus Raul (Dom Roberto) Solnado

Morreu Raul Solnado, um gigante das artes cénicas de Portugal.

Um pouco por toda a imprensa e blogoesfera ecoam lembranças de Solnado, mas todas elas apontam sempre para a sua faceta humorística , que era excelente (Nenhum humorista de hoje ainda lhe conseguiu chegar aos calcanhares). Para trás, infelizmente ficou o Raul Solnado, o excelente actor dramático.
A geração da minha idade apenas teve a oportunidade de ver esta faceta no Filme de Fonseca e Costa "A balada da praia dos cães", onde Solnado intrepreta magistralmente a figura do chefe de brigada da PJ, Elias Santana.

Para trás e para o esquecimento fica a sua maior intrepretação. O
João Barbelas (Dom Roberto), um filme de José Ernesto de Sousa, realizado em 1962 em produção totalmente independente.
Neste filme realista, Solnado intrepreta o papel de um manipulador de marionetas ambulante, que calcorreia as ruas de Lisboa numa vida miserável que existia realmente na Lisboa dos anos 60.
O relato do filme é de uma vida de miséria onde os bons momentos são os sonhos irrealizáveis de João Barbelas e Maria (Glícinia Quartin) numa Marvila degradada e miserável, onte como aliás ainda hoje se mantém.
Para além de Solnado e Quartin, contracenam neste filme aqueles que viriam a ser a coluna vertebral do teatro português, Niculau Breyner, Rui Mendes e Adelaide João.



Apenas vi este filme uma vez na Televisão e não deveria ter eu mais de 12 anos, uma vez bastou para nunca mais o esquecer e para aprender que Raul Solnado, mais que um humorísta era na realidade uma grande, grande Actor.


Infelizmente na inteligentsia nacional, cinema Português está reduzido às comédias de António Silva e Vasco Santana e filmes como Dom Roberto, ou noutro registo distinto o Chaimite continuaram bem guardados nas prateleiras empoeiradas dos depósitos.


Á família, e em particular à neta que lhe segue os passos os meus mais sinceros pêsames.
A ler também o postal do José, na sua Porta da Loja

5 de agosto de 2009

Quero... Perder, Posso... Perder e Mando ... Perder

Não há nada a esperar do acto eleitoral que se avizinha.
A lista de candidatos a deputados do PSD, saída da cabeça de sua líder e contra os desejos das estruturas locais é um regresso ao passado.
Quando o povo espera e desespera por renovação, Manuela Ferreira Leite, dando provas de um autismo Cavaquista que julgava morto e enterrado, atira-nos com nomes do passado como os Ex-Ministros incompetentes Couto dos Santos e João de Deus Pinheiro, vindos directamente da prateleira dos Reformados e António Preto e Helena Lopes da Costa, da prateleira dos Arguídos,
Com estes candidatos, fico com a impressão de Manuela Ferreira Leite odeia o parlamento muito mais que o Português comum. Com os elementos que apresentou, só não percebo porque é que o "Emplastro" também não é candidato ao Parlamento pelo PSD.
Se aos "nomes sonantes" adicionarmos o facto de Passos Coelho e Miguel Relvas não serem candidatos e no segundo lugar da Lista em Lisboa ser entregue a Maria José Nogueira Pinto, fanática apoiante de António Costa e do PS nas Eleições Autárquicas, fico com a impressão que Manuela perante a hipótese de ganhar as eleições de Setembro, tenha pura e simplesmente decidido tudo fazer para perder.
T
odas as lutas fraticidas que assistimos recentemente no PSD, passarão a ser consideradas, após Setembro de 2009, bricadeiras de crianças, se compararmos com a intensidade das lutas internas que se seguirão ao acto eleitoral.
A lista de candidatos do PSD ao Parlamento, não é uma afirmação de mudança, é uma afirmação de passadismo e na realidade não passa de uma plantação de ventos, para mais tarde Manuela Ferreira Leite colher as tempestades que pelos vistos merece.
A Laranja mudou de cor!
Em vez de Laranja, está AZUL

3 de agosto de 2009

Viver à moda dos anos 90

Quando a Isabel Coutinho começou a trabalhar no jornal Público, que foi, salvo erro, o seu primeiro e até agora único emprego, não tinha telemóvel nem computador, nem ligação à net. Nesses anos já tinha telefone fixo, mas a melhor maneira de saber se estava em casa era descer ao passar no trecho final da Rua da Regueira, deitar uma olhada e ver se havia luz na sala.
Agora, passados quase 20 anos, quando o telefone fixo, quando existe, é um mero adereço decorativo, com telemóvel, internet, kindle e uma miriade de gadjets electrónicos, já não nos lembramos como era a comunicação no ínicio dos anos 90.
Durante uma semana, a Isabel vai viver como se tivesse voltado aos anos 90. Vai usar o computador como máquina de escrever, vai ter o telemóvel desligado, bem como a ligação à net. Contactá-la, só ligando por telefone escrito, um escrevendo uma carta.
Será que vai sobreviver?