8 de fevereiro de 2007

Um RAP pouco inteligente

Recebi um mail a pedir que deixasse de ver o programa dos gatos fedorentos. É um mail inútil, pois nunca fui espectador desse programa!
Para mim nunca gostei desta cópia de subúrbio dos Monty Python, não que alguns dos números não sejam bem conseguidos, sobretudo aquelas em que os "gatos" não aparecem, mas para chegar ao humor dos Monty é preciso bem mais que boas intenções.
A estrela da companhia é Ricardo Araújo Pereira (RAP). RAP tem em si a semente de um grande humorista, mas dificilmente ela germinará. O problema de RAP é que em Portugal é impossível fazer humor sem se debruçar sobre 2 aspectos da vida portuguesa:

Política e futebol
e RAP gosta de fazer humor sobre estes dois aspectos da vida Portuguesa, mas tem um senão que mais nenhum humorista Português tem. RAP é um militante politicamente activo do Bloco e Benfiquista assumido
Sobre a primeira, RAP propagou o seu apoio ao Bloco em plena campanha, tecendo comentários de mau gosto sobre o PCP. Escreve habitualmente na visão artigos de propaganda, aprovada pelo BE, travestida de humor. RAP apoiou com estrondo o SIM ao aborto livre e transformou o programa dos gatos numa coisa que “dizem que é uma espécie de tempo de antena”.
Quanto ao desporto, o melhor é nem falar. Benfiquista tal como eu, adoras brincar com o treinador da equipa rival, achando que isso é o máximo, os benfiquistas (alguns) gostam, os sportinguistas nem pensar e os Portistas, por seres do Benfica, também não.

Ricardo, por acaso não pensaste por que é que ninguém sabe a cor Politica e o clube de:
Vilhena;
Herman José;
Mafalda Mendes de Almeida;
Nuno Artur Silva;
Joaquim Monchique;
E muitos outros

É apenas porque eles sabem que só sendo independentes é que o público lhes dá audiência. Todos riem, os visados, os adversários dos visados e os indiferentes, ao passo que no teu programa, nem sequer consegues fazer rir os que são do teu clube!

É triste e pouco inteligente a tua atitude, mas pode ser que nem sequer chegues a cair do pedestal onde adoras estar. Num país que consegue rir com a indigência dos “Malucos do riso”, naturalmente consegue achar graça ao teu programa que “dizem ser uma espécie de tempo de antena”

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