10 de maio de 2006

Maternidades

Até há bem pouco tempo 30% da população Portuguesa tinha nascido na freguesia de São Sebastião da Pedreira e outros 20% na freguesia de Santo Ildefonso. Esta situação acontecia quando a lei obrigava o registo a ser feito na fregusia do nascimento e não na da residência dos pais.
Nunca ninguém se queixou, por isso a reacção das populações à reorganização da estrutura de apoio à maternidade e neonatologia, é própria de ignorantes e está eivado de um bairrismo serôdio, histérico e bacôco.

É claro que o governo não está isento de culpas, a explicação das medidas é pouco mais que nula, e perante a parvalheira da reacção pública, os governantes optaram por descer de nível.
Afirmar que a taxa de mortalidade infantil vai aumentar exponencialmente, caso a reforma não for para a frente é mais adequado ao Tino das Rãs que a um ministro do governo português.

A decisão de concentrar os serviços materno-infantis e neonatologia, não é uma decisão economicista (seja o que for o que este termo significa) é uma decisão que permite a optimização de meios técnicos e humanos de modo a que todos os partos possam contar com toda a assistência possível, (por exemplo: ter uma sala de recobro, ter equipas pluridisciplinares de urgência disponíveis para quaisquer necessidades, etc) e está suportada nas recomendações da Organização Mundial de Saúde.

É uma reforma que se impõe!
NOTA: Surpreendeu-me a total falta de preparação de Carlos Abreu Amorim no Choque Ideológico (RTP-N - 22h00) de hoje. CAA foi completamente cilindrado e encostado à parede por Cristina Azevedo nesta questão.

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