Via Blasfémias cheguei a esta noticia terrivel sobre o estado da "Europa"
O administrador da “Comedie-Française”, Marcel Bozonnet decidiu retirar da lista de peças a representar uma peça de Peter Handke “Viagem ao país sonoro” por este autor ter estado presente no funeral de Miloseviç.
As opiniões de Handke são conhecidas desde há mais de 10 anos, a peça “censurada” não exprime qualquer ponto de vista pró-servio, mas o director da comedie, lembrou-se de o riscar da agenda.
Olivier Py, director do Centro dramático de Orleans, num texto apoiado por 150 individualidades, entre as quais Gao Xianjian, prémio Nobel da Literatura, apoia a decisão de Bozonnet.
Jacques Blanc, director da Scéne Nationale de Brest, vai mais longe, apela a que todos os teatros da Europa (verdade!!!) proíbam as obras de Handke durante um ano, afirmando, hipocritamente que este apelo não é nenhum acto de censura. Para piorar as coisas, o texto deste senhor foi publicado no Liberation, jornal fetiche da esquerda caviar europeia.
A hipocrisia reina em França, onde qualquer tentativa de censura de um autor que lamba as botas de Fidel Castro é veemente atacada, enquanto arma imediatamente a fogueira para qualquer autor que apoie qualquer posição politicamente incorrecta. O que não é de estranhar num país que tenta criminalizar as opiniões que negam o holocausto nazi, o genocídio dos arménios, (as vítimas boas) enquanto que, ele próprio nega peremptoriamente a ocorrência de um qualquer “genocídio” na guerra da Argélia (as vitimas más).
As opiniões de Handke são conhecidas desde há mais de 10 anos, a peça “censurada” não exprime qualquer ponto de vista pró-servio, mas o director da comedie, lembrou-se de o riscar da agenda.
Olivier Py, director do Centro dramático de Orleans, num texto apoiado por 150 individualidades, entre as quais Gao Xianjian, prémio Nobel da Literatura, apoia a decisão de Bozonnet.
Jacques Blanc, director da Scéne Nationale de Brest, vai mais longe, apela a que todos os teatros da Europa (verdade!!!) proíbam as obras de Handke durante um ano, afirmando, hipocritamente que este apelo não é nenhum acto de censura. Para piorar as coisas, o texto deste senhor foi publicado no Liberation, jornal fetiche da esquerda caviar europeia.
A hipocrisia reina em França, onde qualquer tentativa de censura de um autor que lamba as botas de Fidel Castro é veemente atacada, enquanto arma imediatamente a fogueira para qualquer autor que apoie qualquer posição politicamente incorrecta. O que não é de estranhar num país que tenta criminalizar as opiniões que negam o holocausto nazi, o genocídio dos arménios, (as vítimas boas) enquanto que, ele próprio nega peremptoriamente a ocorrência de um qualquer “genocídio” na guerra da Argélia (as vitimas más).
Mas não é só em França, mesmo no nosso país toda a gente se lembra, que quem se indignou com a decisão de Sousa Lara de não propor uma obra de Saramago para um prémio qualquer (uma mera opinião e não um acto de censura), foram os mesmos, Saramago incluído, a quererem queimar vivos os autores dinamarqueses dos cartoons de mafoma.
A liberdade de expressão não é um valor relativo, é o valor mais absoluto que existe e tal como afirma o tribunal europeu dos direitos do homem é nas opiniões que magoam, chocam ou inquietam, que este valor encontra todo o seu sentido.
Esta Europa está a tornar-se num lugar muito perigoso, onde a definição de liberdade está entregue a pessoas sem carácter nem doutrina precisa, que oscilam à maneira do director da Comédie, que ora faz vista grossa, ora se escandaliza com as atitudes de Handke, como muito bem afirma Diogo Pires Aurélio.
Por cá reina o silêncio comprometedor, Baptista Bastos no pouco literário Jornal de Negócios e Diogo Pires Aurélio no Diário de Noticias as excepções.
A liberdade de expressão não é um valor relativo, é o valor mais absoluto que existe e tal como afirma o tribunal europeu dos direitos do homem é nas opiniões que magoam, chocam ou inquietam, que este valor encontra todo o seu sentido.
Esta Europa está a tornar-se num lugar muito perigoso, onde a definição de liberdade está entregue a pessoas sem carácter nem doutrina precisa, que oscilam à maneira do director da Comédie, que ora faz vista grossa, ora se escandaliza com as atitudes de Handke, como muito bem afirma Diogo Pires Aurélio.
Por cá reina o silêncio comprometedor, Baptista Bastos no pouco literário Jornal de Negócios e Diogo Pires Aurélio no Diário de Noticias as excepções.
Sem comentários:
Enviar um comentário