18 de abril de 2008

Portugal - Como se gasta dinheiro no país mais rico do mundo

NECESSÁRIO!
FUNDAMENTAL!
INADIÁVEL!
INDISPENSÁVEL!

Foi assim que ontem, António Costa se referiu ao futuro terminal de cruzeiros a ser construído na zona de Santa Apolónia, usando o edifício da Estação com o mesmo nome.
Sim, eu concordo com ele. Cidade Capital à Beira-Mar plantada não é digna desse nome se não tiver um terminal de cruzeiros. E Lisboa não é uma Capital qualquer. Lisboa é (caso os leitores, tal como eu não se tenham dado conta) capital do país mais rico do mundo.
Um terminal de cruzeiros é próprio da capital de um país pobre.
Dois terminais de cruzeiros ondica um país remediado.
Portugal, país mais rico do mundo, tem de ter 3 (Três) terminais de cruzeiros na sua Capital.
Sim, porque Lisboa tem já dois terminais de cruzeiros, separados pouco mais de 1 Km.

Ambos os edifícios foram planeados por Duarte Pacheco e projectados por Porfírio Pardal Monteiro, um dos nomes maiores da arquitectura Portuguesa dos século XX. O projecto original consistia nas duas estações ligadas por um conjunto de edificios de apoio. Edificios estes, que nunca chegaram a ser construídos. Isto para já não falar nos Frescos de Almada Negreiros na Estação Maritima de Alcântara, obra-prima da pintura Portuguesa do Século XX.

Estes dois edifícios são obras emblemáticas do modernismo português, considerados como os dois mais bonitos existentes na frente ribeirinha de Lisboa. Apesar disso, a falida Câmara de Lisboa e o Porto de Lisboa pretendem esconder estas obras de arte com contentores e torrar umas dezenas de milhões em Santa Apolónia, onde os Turistas se podem deleitar com as casas a cair e a "Very Typical" roupa a secar às janelas do Bairro de Alfama.

Costa não o disse, mas estou desconfiado que que a triste sina das duas estações maritimas se deve ao facto de serem considerados "Edifícios Fascistas".

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