29 de outubro de 2008

Relembrando

A Cristina Mendes Ribeiro faz uma justa homenagem ao Padre António Freire, Jesuíta ilustre e provavelmente um dos maiores eruditos de cultura clássica que alguma vez existiu em Portugal (Falava Grego antigo melhor, que nós falamos o Português contemporâneo).
Mas a grande superioridade do Padre Freire não residia na sua erudição, residia sim na sua extraordinária capacidade e facilidade de comunicação, para além da sua bonomia e boa disposição, que faziam encher a Igreja, onde os muitos universitários notívagos como eu, acabavam as suas "directas". 


27 de outubro de 2008

O Jumento sou eu!

Polícia, deixem os funcionários das Finanças em paz
O Jumento sou eu!
Foto picada no Corta-Fitas

26 de outubro de 2008

Vozes femininas - Maysa Matarazzo

No meu humilde entender, a maior cantora brasileira de todos os tempos.

Maysa Matarazzo - Ouça (1959)

25 de outubro de 2008

Os maiores

LEIXÕES

OS CABEÇUDOS MORRERAM AFOGADOS NA ERVA DAS ANTAS

VIVA O LEIXÕES!!!!

Vozes Femininas

Uma das grandes vozes femininas dos anos 70 - Annie Haslam dos Renaissance.


Renaissance - Carpet of the Sun (1977)

A República oferece uma nova "Vista" para o Tejo

Pouco se conhece dos planos do regime que nos governa para a comemoração do centenário.
Por enquanto apenas sabemos que os Lisboetas vão ganhar uma nova vista para o Tejo.
Aproveito aqui para mostar uma ante-visão dessa vista!


Vista do Tejo em Alcântara - Ano 2010
Também publicado no Centenário da República

23 de outubro de 2008

Dardos

Fui agraciado pelo Orlando com um simpático dardo o qual muito agradeço. 
Diz o "regulamento" que tenho agora de multiplicar este dardo por quinze.
Aqui vão os meus alvos (Não se preocupem, pois o dardo não pica).

Começemos pelos "Historiadores"
  • Para o Bic Laranja, Olisipógrafo-mor da blogoesfera, por nos mostrar que em tempos que já lá vão, Lisboa foi uma autêntica "Cidade Maravilhosa".
  • Para o Dias que Voam, pelos seus postais-adivinhas antigos e modernos
  • Para o Brief an Konrad de Ralf Wokan, o Alemão mais português que há memória (ainda mais que o Herman).
  • Para esse verdadeiro museu da imagem gráfica de Portugal que é a Revista Antiga Portuguesa da Mariana.
  • Para o republicano até à medula, Almocreve das Petas.
Agora aqui vão os dardos para dois amigos de infância.
Aqui vêm os prémio para quem AMA a sua cidade
  • Para o Tiago Azevedo Fernandes e o seu Baixa do Porto, o melhor fórum de discussão sobre as politicas municipais da Invicta. Para quando a medalha de ouro da cidade?
  • Para o Carlos Medina Ribeiro, principal animador do Sorumbático.
  • Para o WikiMinhoto Manuel Anastácio e o seu Da Condição Humana
Agora à esquerda!
E por fim para a direita!
  • Para a eléctrica Zazie pelo seu original Cocanha.
  • Para o Miguelista Paulo Cunha Porto, bloguista com provas dadas, agora no novíssimo Duro das Lamentações.
  • E para acabar, tinha que lançar o dardoo homem que sozinho enfrentou o sistema e ... ganhou. António Caldeira e o seu Portugal Profundo.
Informações sobre o Prémio Dardos:

“Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro(a) emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiro(a)s, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita, deve seguir algumas regras:

1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogues a quem entregar o Prémio Dardos.”

17 de outubro de 2008

O Sub-Prime futebolístico

O crescimento da economia Portuguesa foi, tal como a mundial, resultado de uma alavancagem baseada em financiamentos bancários a juros baixos.
Até há uns 18 anos, a grande maioria dos portugueses tinha de juntar dinheiro para poder pagar um simples televisor, ou qualquer outro electrodoméstico. Férias no Brasil apenas existiam em sonhos.
Nesses tempos também a presença da selecção em fases finais acontecia, tal como as férias no Brasil, nos nossos sonhos. 

Nesses tempos disputávamos as fases de qualificação taco a taco, e perdíamos, com equipas como a Escócia, Áustria e Irlanda do Norte ou a Bélgica. E no final das fases de qualificação apareciam os inenarráveis matemáticos da bola, com as suas máquinas de calcular a falar-nos das hipóteses que tínhamos em chegar ao sonho da fase final.

Mas depois tudo se alterou o crédito fácil permitiu aos portugueses comprarem toda a panóplia de electrodomésticos, os necessários e os supérfulos, e realizar o sonho das tais férias no Brasil.
E era tudo muito democrático, só se era alguém, se se fosse de férias a Punta Cana Riviera Maya e Koh-Samui.

Também na bola se assistiu ao realizar dos sonhos A presença em fases finais passou a ser um dado adquirido e os matemáticos do pontapé e do "moralmente ganhamos" ficaram desempregados. Com Scolari passamos a ser uma potência, se bem que vencida numa final, mas isso até tinha acontecido à Laranja Mecânica de Cruif. Éramos grandes.

Mas em 2008 os balões rebentaram!

Não há mais dinheiro para as férias no Brasil, para o plasma, para o carro e nem para a casa. O pais voltou ao que era. O teatro acabou!

Quase a entrar em depressão, os Portugueses constatam, horrorizados, que até a própria selecção, onde se depositavam os os restos do orgulho nacional, regrediu aos tempos antigos, a disputar jogos taco-a-taco com selecções de segunda e terceira, e a voltar-se para a "matemática".

A festa acabou!

A selecção voltou a estar à altura do país.

9 de outubro de 2008

Sá Fernandes chegou algo atrasado

O Zé que fazia falta mandou retirar um cartaz do PNR, que dizia "Imigração? Não!"
No caso de Portugal o Zé chegou a tempo. Mas a Espanha não.
Zapatero, seguiu à risca a proposta de Pinto Coelho e ...

[...] decidiu assim reduzir para quase zero a lista de estrangeiros contratados no país de origem, optando por que esses postos de trabalho sejam ocupados por cidadãos espanhóis[..]

E esta hein!!!!
Onde menos se espera, encontramos um apoiante do PNR.

7 de outubro de 2008

O Rumo da Pátria

Em direcção ao centro da tempestade.
Mesmo havendo quem esteja na ponte de comando e vaticine que os próximos dias vão ser solarengos.

6 de outubro de 2008

Teixeirada

Infelizmente Teixeira dos Santos não possui o humor que tinha o mais famoso ministro de Saddam Hussein, assim em vêz de nos rirmos só podemos mesmo é chorar.
A afirmação de Texeira dos Santos, feita hoje no Luxemburgo faz me lembrar Muhammed Saeed al-Sahaf (o popular ministro da informação Iraquiano), a garantir aos jornalistas e a pés juntos, que o exército Iraquino iria esmagar o exército Americano, numa altura em que os Marines ocupavam já a praça em frente ao Hotel de onde o ministro falava.

2 de outubro de 2008

BenficaTV

Imagine você que está num tasco rasca a ver um Jogo da bola.
A TV tem o som desligado e os únicos sons são os provenientes dos comentários dos adeptos que assistem enquanto bebem umas "mines" e escarram para o chão, no intervalo dos tremoços.

Os relatadores da Benfica TV são ...
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PIORES!

Algumas pérolas:
Carlos, "descodifica" esta substituição;
Isto está tão infernal que eu próprio não me consigo ouvir

E a Créme de la créme:

"Ruben Amorim deu o dito cujo mestre"

O relatador de serviço era um ex-jornalista da TVI que há uns anos atrás esteve quase a ser preso por ter, em directo, rasgado e pisado um acórdão do Supremo Tribunal. O que é apenas mais um exemplo do mau funcionamento da  Justiça Portuguesa.

Agora que Quique parece estar a dar a volta ao Benfica no Campo, os Benfiquistas voltam a sofrer, desta feita com a BenficaTV - Nem sequer estamos a salvo do inenarrável Malheiro.

Alguns apontamentos sobre eleições "republicanas"

Perante este texto de Artur Mendonça, um dos escribas do Almanaque republicano, o qual critica, no bom sentido do termo diga-se, a iniciativa da nossa comemoração do Centenário da republica

Sobre o texto de Artur Mendonça já respondi genericamente na sua caixa de comentários. No entanto, e para mais alicerçar a nossa posição resolvi abrir as “hostilidades” com algum material que me encontro a preparar para a Plataforma.

Diz Artur Mendonça que […] Na Monarquia já existiam eleições, mas também se sabe que elas de livres tinham só o nome. Mais, os monarcas tiveram o cuidado de votar leis que podiam impedir o progresso eleitoral dos republicanos criando círculos eleitorais mais amplos nas regiões urbanas de Lisboa e do Porto, onde tradicionalmente havia maior votação no Partido Republicano, para conseguirem realizar mais facilmente as famosas chapeladas (colocação de votos nas urnas)[…].
Nenhum de nós contesta esta afirmação, o que nós contestamos é que a partir de 1910, a situação alterou-se para … pior.
A legitimidade das eleições republicanas foi durante todo o período da 1ª republica ainda menor que na Monarquia Constitucional.
Este facto, vai fazer com que mais de 90% da população portuguesa esteja de facto fora do sistema de decisão, fazendo com que o regime ficasse completamente à mercê de golpes de Estado. Para a grande maioria da população portuguesa antes de 1926, ter um governo eleito ou ter um governo de ditadura era exactamente a mesma coisa, nenhum dos dois lhes pedia a opinião. Assim que uma ditadura esfriou os ânimos e sossegou o país, ficou calmamente no poder, durante 48 anos até cair, quase por acidente, de pura velhice.
O gráfico seguinte (ainda incompleto) representa o número de eleitores e votantes em todas as eleições desde 1834 até 1925. Os dados foram retirados da página da Biblioteca Nacional "Materiais para a história eleitoral e parlamentar 1820-1926"
Neste sítio não se apresentam explicações para a ausência do número de votantes em várias eleições.

A risca preta representa o início do período republicano. Se descontarmos o ano de 1918, eleição directa de Sidónio Pais, que a historiografia republicana oficial não considera como eleição mas plebiscito, vemos que durante o período republicano, com excepção de 1911, o número de Portugueses com direito a voto esteve ao nível dos últimos anos da monarquia e similar aos anos 1870 quando a população era 50 % inferior.
Longe ficaram os tempos de 1891-1895 quando 90% da população Portuguesa masculina maior de 21 anos (Então o universo legal de votantes) tinha direito a voto.
Mas se verificarmos o número de votantes, as diferenças ainda são mais gritantes. Nunca em 16 anos de república o número de votantes foi superior ao número de votantes do tempo da Monarquia Constitucional.
Quanto às chapeladas republicanas, que a história oficial afirma nunca terem existido aqui deixo dois exemplos:

Carta de Afonso Costa (então primeiro-ministro) a aconselhar um presidente de câmara, a dois dias de ser nomeado governador-civil que "não se perdesse por causas meramente formais um só dos nossos votos".

A segunda missiva vem de Luís Filipe Rodrigues, notário de Monção, aconselhando o meu bisavô, Raimundo Meira, então candidato a Senador, a enviar 800 listas (boletins de votos) para entrarem nas urnas de modo a garantir a sua eleição.

Que coisas destas aconteceram na Monarquia, sim, ninguém duvida disso. Mas o que a história oficial afirma é que entre 1910 e 1926 as eleições foram livres, justas, o que está tão longe da realidade quanto a história da Carochinha.

Nota: Este apontamento faz parte de um trabalho mais alargado sobre eleições no regime republicano a publicar na Plataforma

Publicado originalmente no Centenário da republica